BEATRICE CONSTANTINE
Eu mal tinha chegado a Chicago
quando o sol nasceu e eu estava cansada - cansada pra caralho! - Mas eu não deixei de admirar a beleza da minha cidade. Senti saudade.Mas apesar da beleza e do dia ensolarado, havia uma nuvem negra sobre a minha cabeça.
Uma vez o meu instrutor disse-me
que mostrar os seus medos é
demonstra as suas fraquezas. E que
deixa uma abertura para ser destruido. E por mais que eu adorasse
estar de volta, ninguem podia
perceber meu medo, porque as pessoas que moram nessa cidade são meus inimigos esperando a menor faísca de fogo pra me jogar na fogueira.Então arrumei meus óculos escuros no rosto e comecei meu caminho para fora do jatinho. Eu vim sozinha pois Cora ficou cuidando do meu pedido de ontem pra ela.
Rocco me esperava ao lado de um SUV preto e na frente dele tinha outro no mesmo modelo e cor. Havia alguns seguranças com ele, o que era com certeza necessário, afinal de dia eu sou dona de uma empresa milionária. Me a próximo dele e ele me entrega um copo de café.
- Bom dia Beatrice. - Pego o café de sua
mão.- Bom dia. Me atualiza, por favor. - Digo entrando no carro. Em seguida ele entra também e fecha a porta. Os seguranças entram no carro da frente e começamos a sair da pista de pouso do aeroporto.
Rocco abre um notebook e o
centraliza em seu colo.Eu preciso urgentemente dormir. Passei a viagem inteira lendo relatórios e assinando papéis.
- Seu pai manteve as vendas de
drogas abaxo do esperado deste
lado do continente. - Bastardo, ele amava complicar as coisas. - Os Vanderwall conseguiram atrair os nossos compradores, teremos grandes
obstáculos para trazê-los para nosso
lado de novo. Seu irmão mantém muitas informações confidências de datas de carregamentos e entregas, fórmulas e arquivos pessoas da familia entre outras coisas importantes, dentro de um sistema cripitografado criado por ele, então não foi possível acessar sem ele saber. A não ser essas informações, você está por dentro de tudo.- Os Vanderwall agora vendem drogas? Que eu me lembrava ele fabricavam e vendiam armas.
- Eles cresceram muito enquanto você esteve fora. O senhor Vanderwall se aposentou e agora seu filho mais velho Hideo Vanderwall, que comanda.
- Interessante. Eu teria chance de ter uma aliança com eles?
- Não. Estamos em uma guerra idiota de subalternos entre as duas mafias e ele roubou clientes nossos.
- Tudo bem. Encontre quem começou essa guerra idiota e traga pra mim. Quero um dossiê completo do Vanderwall e seus principais aliados. Quero tambem, um dossiê da minha família, registro de tudo o que gastaram, com quem andam e se encontram nos ultimos 6 meses, namorados, noivos, amigos... Tudo. Eu quero tudo deles. Faça um
balanceamento entre informações novas e já conhecidas entre os negócios. Qualquer coisa que ache que preciso saber, eu quero. E sobre a morte do meu pai, entregue a investigação pra Cora ela vai cuidar disso pra mim.- Sim, senhora. Eu vou te deixar no hotel que você sempre fica quando estar na cidade. E vou pedir a minha secretária, Melissa que traga o dossiê dos Vanderwall, mas o da sua família vou precisar de um ou dois dias. A reunião do testamento é as 16:00h, o carro vai estar aqui as 15:10h. Logo depois da reunião do testamento temos uma reunião com os acionitas, coisa breve, só querem te desejar seus pêsames e conhecer a nova CEO.
- Ótimo. Então peça a Melissa, a ficha dos acionistas também. Eu não me lembro muito deles.
- Sim, senhora. Chegamos.
O carro para em frente ao um grande prédio. Um dos melhores hotéis da cidade e os donos prezam pela privacidades dos hóspedes acima de tudo. Sempre que meu pai precisava de mim na cidade eu me hospedava nele.
Assim que abrem a porta do carro percebo Rocco respirar fundo.
- Se você deseja me falar algo Rocco, não espere pra depois. -Me viro para ele.-
- O que vai fazer com os clientes que trocaram de lado? -Ele fala num tom preocupado e baixo, creio que seja pro manobrista não escutar.-
- Preocupado com alguém do outro lado, Rocco? Se tiver, é só me da um nome. Eles vão estar do nosso lado de novo, em pouco tempo. Não se preocupe.
- Tudo bem. Te vejo na reunião dos acionistas, senhora.
Eu não consegui dormir quando entrei na suite, simplismente não consegui me desligar dos problemas que Rocco jogou no meu colo. Então entre mim e essa janela está a cidade das drogas, a cidade luz como dizia meu pai. E eu deveria reinar sob essa luz, deixar a minha marca. E eu faria isso, custe o que custar.
• • •
Chicago - 15:50h
Um dos seguranças que estava no banco do passageiro do meu carro, desce e abre a porta pra mim e depois empurra a grande porta de vidro do prédio a minha frente. A minha empresa, Indústrias Constantini. Logo que entro uma mulher baixinha e muito bonita com um terninho impecável aparece na minha frente.
- Senhora Constantine, eu sou Helena, era secretária do seu pai e agora sou sua. Me acompanhe, por favor. - E me leva até o elevador que já estava no térrio, esperando por mim aparentemente. - Vou te levar na sala de reunião que sua família estar. A senhora tem uma reunião com os acionistas as 16:40h eu tentei remarcar, mas foram insistentes. A senhora precisa de algo? - Ela finalmente para de falar e me olha.
- Não preciso de nada, obrigada. Mas vai ser um prazer trabalhar com você Helena.
- Obrigada, senhora. - O elevador para no nono andar. Ela sai e eu a sigo indo até um sala com portas duplas.
- É aqui. - Ela se prepara para abrir, mas a impeço.
- Eu assumo daqui, pode se retirar.
Assim que ela que ela entra no elevador de novo. Posso ouvir o falatório que vem lá de dentro. Uma voz está mais alta que as outras, e parece jovem demais para ser da minha mãe, então julgo ser Isabela.
Sabia que estava enrolando, então respiro fundo,e me preparo para entrar. Assim que abro a porta, todos os olhares se voltaram para mim, eu podia sentir cada olhar ser destinado, cada pensamento de dúvida, magoa e raiva. E talvez de espanto por eu realmente existir e não ser apenas um nome que era susurrado por essas paredes. Sebastian me olhava como se eu realmente fosse um fantasma, mas seu olhar continha algo que me incomodou, quase que ressentimento, Isabela como se eu fosse a ultima pessoa que ela desejava ver e minha mãe, bem, minha mãe me olhava, como se eu nunca tivesse ido embora.
- Você esta atrasada. - Minha mãe diz me tirando dos meus pensamentos e me fazendo andar.
- Beatrice? - Sebastian sussurra.
- É um prazer estar de volta família. - E vou pro meu lugar, na cabeceira da mesa ao lado da minha mãe e Sebastian.
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ESCAPE
РазноеEla foi moldada para ser perfeita. Beatrice Costantine foi criada longe da sua família sem ninguém ao seu lado. Tudo porque ela é a primogénita. Aos vinte e seis anos, assume o império que seu sobrenome carrega. Uma empresa milionário e a chefia da...