𝐛𝐚𝐥𝐚𝐝𝐢𝐧𝐡𝐚²

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Ei, esse capítulo é bem grande (E provavelmente ruim), recomendo pegar uma água!
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𝐫𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥 𝐩.𝐨.𝐯

Senti os tapinhas do Guaxi nas minhas costas e olhei pra ele emburrado. Era nosso sinal de quem ia pegar as bebidas, e pelo jeito sobrou pra mim.

Me levantei e fui até o bar procurando o primeiro espaço entre duas pessoas que não estavam se pegando ou pra se pegar e me encanxei ali. Pedi o Barman seis cervejas e um Gin com tônica pra mim, me sentei enquanto ele preparava a minha bebida e o que ele fez bem rápido até.

Observei ele brincando com as bebidas como se estivesse se exibindo, provavelmente estava. Assim que ele pôs o copo na bancada senti um toque no ombro. Me virei e dei de frente com um rosto que não via a muito tempo, Flavia.

Um filme se passou pela minha cabeça da última vez que eu a vi pessoalmente, pouco tempo depois do nosso término, e de todas as vezes que trocamos uma ou duas palavras pelo Twitter. Ela quase sorriu. Quase.

─ Rafael.

─ Oi, Flavia. ─ Disse tentando parecer animado com a situação.

Agora que eu tava em São Paulo isso podia acontecer, mas eu nem pensei na possibilidade, e logo aqui numa balada? Sério universo? Vai se fuder.

Precisamos dois estranhos se encarando, as palavras simplesmente não queriam vir, e acho que ela estava na mesma situação.

─ Já tem um tempo. Como tem estado? O que tem feito?

─ Você sabe, bem, eu acho. Não tenho do que reclamar. Bom, recentemente conheci uma pessoa divertida e tô ajudando ela com o calango.

─ Claro que não tem. E que bom, ajudando alguém, quem diria.

Ela sorriu, mas era tão óbvio que foi forçado que pareceu algo proposital.

De novo o silêncio constrangedor tomou conta, e por mais que a música estivesse tocando bem ao nosso lado ela parecia quase não existir. Eu abri a boca mas nem disse nada, ao invés disso eu escutei uma voz bem familiar me chamando e me virei mesma hora. Rafaela você me salvou aqui.

─ Por acaso ela tem cabelo rosa? ─ Ela perguntou rindo discretamente.

─ Ei Rafaela. Conhece a Flavia, ne?

Congelei esperando que ela quebrasse todo aquele clima de merda entre a gente, ela também ficou bem confusa a princípio, deu pra ver pela cara de tacho, mas logo entendeu a situação.

─ Ei, eu sou a Rafaela! ─ Ela estendeu a mão pra Sasa que apertou de volta. ─ É um prazer te conhecer, Flavia.

─ Você pode me chamar de Sasa. É um prazer Rafaela. ─ Ele levantou a bebida e depois virou o pouco que restava na garrafa, colocando sobre a mesa a garrafa vazia.

─ Eu ouvi que o Rafa te ajudou a crescer. Que bom pra você. ─ Acho que a Flávia tava sendo bem educada quanto a isso... A gente terminou de um jeito em feio, ela parecia estar sendo amigável, até demais.

─ Ah, sim! Ele é ótimo. Por conta disso eu me estabilizei bem em casa.

─ Que bom, fico feliz. Ele é ótimo mesmo, quando quer. ─ Ela rebateu com um sorriso no rosto e a Rafaela se encolheu meio sem graça.

ᴇɴɪɢʏᴍᴀ - 𝐑𝐚𝐟𝐚𝐞𝐥 𝐋𝐚𝐧𝐠𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora