CAPÍTULO 2

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PDV. LUZ TAVARES

DOIS MESES DEPOIS

Sabe quando você tem a sensação que está sendo observada? Mais não de um jeito esquisito?

Mais eu sabia quem era e muitas as vezes pegava ele me olhando e as vezes ele até sorria.

Cross é estranho e isso ficava cada vez mais claro.

- O que você quer Cross?- pergunto assim que me vejo sozinha com ele em um corredor.

- Quer sair comigo?- olho pra ele confusa.

- Espera você tá me convidando pra sair?- ele confirma com a cabeça. - Cross está me chamando pra sair?- ele revira os olhos.

- Por que não me chama de Sam?- dou de ombros. - Isso não importa gosto do jeito que você me chama mais só você pode fazer isso tudo bem?- balanço a cabeça.

Então quer dizer que Cross é uma coisa nossa?

O ser humano é tão fácil de se enganar e se deixar iludir.

Lindo isso dona Luz já está imagina uma casa com cerca branca e um cachorro correndo no quintal.

- Vai sair comigo ou não?- ele parecia frustrado pela demora.

- Claro - ele sorrir caminha na minha direção ficando cada vez mais próximo sinto sua mão calejada e quente na minha bochecha.

Fecho os olhos esperando com expectativa do que vem pela frente é como se o tempo tivesse parada e só existes nos dois aqui.

É claro que só tem vocês dois que o corredor está vazio sua tonta.

Sinto um frio na barriga quando seus lábios encostam na minha testa só então volto a respirar.

- Te pego às 20hs - ele me dá as costas e vai embora.

- Me pega onde Cross?- pergunto mais ele não responde - CROSS?- grito mais ele some quando vira em um corredor.

Mordo a boca e logo depois um sorriso surgir na minha boca.

- Tenho um encontro com Cross - falto tentando fazer com que a ficha caía. - Eu tenho um encontro com Cross - só entendo vejo a merda que eu fiz. - Eu não tenho roupa....

PDV. SAM CROSS

Depois daquele vez que eu quase atropelei ela passei na mesma rua várias e várias vezes na tentativa de ver ela de novo.

Só na faculdade já não era suficiente.

Estava estacionado com minha moto do outro lado da rua parando bem na frente da sua casa espera do ela abrir a porta sorrindo.

Pra quem disse que não iria mudar por nenhuma mulher... Bom eu não mudei Luz só não em conhecer e hoje eu tô disposto a fazer ela me conhece do melhor jeito possível.

Festa, lutas clandestinas e apostas e desse jeito que ganho a minha vida desde que me entendo por gente, tá bem tudo bem que não é só isso.

É desse jeito que consigo todo esse machucados e dinheiro pra bancar a minha faculdade e todo resto.

Eu não sou daqui e depois que aprontei na minha cidade natal tentei ficar o mais longe possível de toda merda que eu fiz.

São dois anos aqui e advinha o que aconteceu? Isso mesmo me meti em confusão.

Cada um faz o que pode pra sobreviver e tira proveito do que sabe fazer de melhor, sou bom em enganar as pessoas e tiro proveito disso sempre que eu posso mais não sou ganancioso demais só tiro o suficiente pra não sentirem falta.

MALÍCIA  [CONTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora