Miss Secret, Lea e Wilde

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Anne entrou em seu quarto e seu cliente estava lhe esperando, ou melhor, sua cliente. Não pense que seja alguém que frequente esses lugares, na verdade, muito longe disso e isso estava estampado em seu rosto. A donzela (donzelas frequentam bordéis?) parecia ter no máximo vinte e dois anos, seu cabelo era negro e sua pele tinha um tom amendoado, suas roupas eram uma das mais caras de toda a Londres e seu perfume era floral. Tudo nela era propício para conseguir algum marido. Ao pausar suas análises, Anne se aproximou da garota, que dera um passo para trás, estendeu a mão e disse em um tom confortante "Não precisa ter medo".

Mas a moça não acreditava nisso "Garotas honradas não pisam em bordéis, muito menos utilizam dos serviços de um" seus braços se cruzaram, tudo indicava que ela havia vindo no impulso e que perdera a coragem. "Mas você está aqui, não está?" Anne disse com sua melhor voz compreensiva. A menina sentou na beira da cama e colocou uma das mãos em sua nuca, trocava a direção do seu olhar do chão para Anne "Hoje fiquei noiva", a dona do bordel notou que essa seria uma história interessante, então sentou-se ao seu lado. "Mas... Eu sempre me senti atraída por mulheres. Nunca entendi isso, acho que é uma falha minha, Deus irá me castigar se eu ceder" percebendo que a voz da moça começava a ter um tom de desespero, Anne colocou uma mão na coxa da moça, que continuou "Vim aqui como uma ultima oportunidade para descobrir quão pecadora sou" as mãos de Anne subiam na coxa da moça e desciam para o meio das pernas, ela se aproximou do rosto da cliente até as pontas de seus narizes tocarem "Te dou uma noite e você pode viver da maneira que preferir" sem deixar tempo para resposta, ela beijou a moça. Anne não beijava todos seus clientes, apenas os que ela sentia uma conexão que se sobressaia às outras, e essa era uma delas, além de que, a jovem dona de bordel estava com pena daquela mulher. O beijo começou tímido por parte da moça, mas Anne fez questão de a fazer relaxar, suas mãos foram para o rosto e cintura dela

"Essa noite vou te mostrar um outro lado da vida" ela sussurrava entre os beijos. Logo a jovem já estava com seus dedos emaranhados no cabelo de Anne e sua mão tentando tirar a roupa dela. Anne segurou as mãos da moça e disse "Não se preocupe, apenas aproveite", ela deixou a moça e sentou-se em cima, começou a fazer um lento strep tease e a rebolar em cima da feminilidade da cliente. A prostituta era devorada com os olhos. Ao retirar sua roupa, as mãos da, antes tímida, mulher foram direto para os seus seios, ela havia ficado sentada, ainda com Anne em seu colo. Os lábios e língua delicados naquela região eram uma delícia para Anne, que pegou a cliente pela nuca, a puxando para trás, e dando um fogoso beijo. Anne preferia se relacionar com homens, mas o prazer que uma mulher pode dar para a outra é sem igual.

Fazendo com que a jovem deitasse, Anne desceu pelo corpo dela através de beijos e lambidas. A excitação da cliente já era tanta que ela começara a se masturbar. Ao chegar na região mais esperada, a prostituta retirou com jeito os dedos da cliente e lambeu toda aquela parte. Começou a mordiscar e a cliente se retorcia na cama, os lençóis não estavam mais presos ao colchão. A língua de Anne explorava os cantos, revezava com leves mordidas e pequenas chupadas. O grito de prazer da mulher era cada vez mais alto e com menos ar em seus pulmões. Até que gozou. Como parte da finalização de seu trabalho, Anne sugou todo o prazer externalizado na mulher. Fazendo o caminho de volta, ela passava sua boca pela barriga da cliente, dando chupões agressivamente prazeirosos. A moça não aguentou e puxou Anne para um beijo, ambas sentiam o gosto da moça, isso foi o que mais continuou a dar tesão nas duas. A prova de que ambas estavam chegando a níveis altos de prazer. A cliente ficou em cima de Anne, seu beijo desceu para o pescoço e parou nos seios da prostituta enquanto seus dedos masturbavam aquela mulher que lhe havia mostrado o poder do prazer que o sexo pode dar.

Após as duas terem atingido os mais altos patamares do orgasmo, permaneceram deitadas na cama. Passou um tempo para que conseguissem recuperar o fôlego, depois a cliente disse "Eu não era virgem. Meu noivo e eu fizemos uma vez. E foi semana passada..." Anne permanecia olhando para ela, esperando pelo final da história "Com ele senti prazer, mas não como minha irmã fala que devemos sentir. Na verdade, não o que temos a chance de sentir" ela se corrigiu, e não era para tanto, muito homens viam as mulheres somente como reprodutoras, então não se importavam em dar prazer para a esposa. Volta e meia apareciam mulheres contratando serviços tanto de homem quanto de outras mulheres para poderem sentir esse prazer. “E você me deu a oportunidade para isso hoje” Anne assentiu com o que escutou, seu olhar era compreensivo, mas dentro de sua cabeça ela se perguntava se a cliente iria levar para o lado emocional. Se fosse, a prostituta teria que liberar seu lado que contém compaixão para com os clientes.

Não aconteceu, a cliente se virou e levantou da cama, disse que não passaria a noite, pois tinha que voltar para casa antes do amanhecer, ninguém poderia dar por falta dela. Anne se levantou somente após a cliente deixar o pagamento na penteadeira e ir embora. Ela se vestiu e desceu para o salão, observaria o movimento e cuidaria do caixa.

Mal pisou no térreo e Rebecca puxou o braço de Anne, a levando para um canto “Taranee descobriu quem era” percebendo o olhar questionador, ela continuou “Não pedi detalhes, ela tem seus meios. Venha” e puxou a amiga até uma dispensa que mal era usada. Ao entrar, estava Lea sentada, brava e batucando sem parar os dedos em sua coxa. Os olhos de Anne arregalaram, ela sabia da personalidade de Lea, era rebelde e gostava de testar seus limites, mas... roubar?

Ao ver que as duas entraram na sala, a ruiva rolou os olhos.

Silêncio.

Anne estava em negação, sabia que Lea era alguém que poderia causar encrenca facilmente, mas nunca pensou que seria capaz de roubar quem lhe dava tantas coisas. Se tem algo que a senhorita Wilde não era, isso era ser como os proprietários dos outros bordéis. A porcentagem de suas meninas era maior do que em outras casas, elas tinham o direito de não trabalhar nos dias em que estão doentes e várias outras coisas.

Pode-se afirmar que ela era algo como um anjo para as meninas.

“Por quê?” ela perguntou desacreditada.

“O que seria um e outro a menos aqui nesse prostíbulo? Vocês já tem demais!” Lea decidiu não negar, havia sido pega no flagra por Rebecca, o mais inteligente era ser sincera.

“Não, nós temos uma vida melhor do que em qualquer outro prostíbulo da região, mas não temos demais. No dia em que tivermos demais, vamos começar uma vida decente e sair dessa situação” ser prostituta não era algo que Anne sonhava quando criança. Ela daria qualquer coisa por uma oportunidade para melhorar sua vida.

Mas era grata a sorte que teve ao nunca ter problemas em conseguir cliente, era apenas preciso estalar os dedos para que uma fila se formasse em sua frente.

“Se eu tivesse cem porcento, estaria longe daqui” Lea soltou entre um respirar e outro.

“Se você tivesse cem porcento, você e todas as meninas, esse bordel não existiria e vocês estariam trabalhando nas ruas e becos, ganhando uma miséria, doentes e sem condições para viver decentemente” Anne se alterou, ela odiava quando faziam pouco caso das coisas que ela fazia para outros “Não sou obrigada a escutar isso, cansei! Você está expulsa dessa casa!” ela chamou os dois seguranças com um leve movimento de seu dedo.

Dois homens entraram na sala e levaram a força a ruiva, enquanto saía, ela dizia “Ainda não acabamos, vadia!”

Silêncio.

Anne tentava se recompor, Rebecca, no canto da sala, apenas assistiu a toda aquela cena. Alguns segundos após isso, Anne se pôs a voltar para o salão. O problema havia sido resolvido então não havia motivos para cancelar a noite. Ela saiu da porta e viu aquela festa animada, suas moças com bebidas nas mãos e oferecendo ainda mais para os homens já bêbados. Rapidamente Anne se deixou contagiar pela felicidade aparente, pegou um copo de vinho e foi acolher um cliente recém-chegado, ninguém dali conseguia sentir o cheiro da fumaça que aos poucos preenchia o lugar.

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⏰ Última atualização: Jan 16, 2015 ⏰

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