RAIN || shikatema

único

Shikamaru percebeu que havia esquecido seu maço de cigarro no quarto de Temari logo após sair do banho e amarrar uma toalha na cintura. Estava sempre fumando, até mesmo enquanto secava os cabelos, e era o que pretendia fazer naquele momento. Bufou, nervoso por ser tão distraído, saindo do cômodo e se deparando com uma cena que o fez começar a suar novamente.

A loira havia o chamado para passar a noite com ela, já que estaria de folga no dia seguinte e não precisaria sair cedo. O Nara aceitou sem hesitar, visto que fazia algumas semanas que ambos não tinham um tempo sozinhos devido aos seus respectivos trabalhos. Não tinham nada muito sério, jantar barato em algum restaurante ou em casa mesmo, e muito sexo. Às vezes, se encontravam por acaso em alguma festa pois tinham bastante amigos em comum, mas nem se quiser ficavam juntos, apenas se cumprimentavam e voltavam para as suas rodas de colegas. Entretanto, há algum tempo, os dois haviam parado de se envolver sexualmente com outras pessoas, não porque se apaixonaram um pelo outro ― ou pelo menos assim pensavam ― mas sim por pura preguiça de começar a conhecer qualquer estranho até ter intimidade para fazer o que faziam.

Quando precisavam de sexo, procuravam um ao outro, e estava tudo bem pra eles.

Contudo, naquele dia, Temari pediu para que o moreno fosse à casa dela antes mesmo que ela chegasse do serviço. Usou a justificativa de que havia esquecido as janelas abertas e que provavelmente iria chover, necessitando de alguém para fechá-las. Shikamaru, com a maior preguiça do mundo, foi até a casa da garota reclamando pelo caminho. "Como uma mulher que se diz tão independente e inteligente sai de casa sem fechar as próprias janelas?" Ele se perguntava.

Como o mais novo passaria a noite lá, comprou uma pizza no caminho ― tanto ele quanto ela odiavam cozinhar ― e levou uma muda de roupas. Chegou, destrancou a porta usando a chave que ficava debaixo do tapete, colocou a comida na geladeira dela e se permitiu tomar um banho; sabendo que ela não se importaria. Enquanto lavava os cabelos negros, riu com o pensamento de como havia mudado desde que começaram a transar com certa frequência. O Nara de meses atrás jamais gastaria seu dinheiro suado pagando o jantar de qualquer mulher, ou sairia de sua preciosa cama após um simples pedido de uma garota para ir até a sua casa, ainda mais por aquele motivo nada urgente. Temari havia o dominado, não saía de seus pensamentos no dia a dia e era a única com quem dividira sua cama nos últimos meses, e isso não era mais segredo para ninguém.

Obviamente, Shikamaru preferia morrer a admitir isso. Temari era tão segura de si, egocêntrica e problemática, que o fazia tremer de medo só de pensar na possibilidade de ela usar esse sentimento contra si.

Ele soube que estava sentindo algo diferente quando começou a admirar até os seus defeitos. Tudo nela o entorpecia. Temari já desconfiava disso, e usava a suposta paixão dele à seu favor. Consequentemente, Shika quis voar na mulher quando saiu do banheiro e a viu se masturbando em sua cama. Apesar da tentação, e que tentação, respirou fundo e permaneceu parado, observando seu corpo esculpido pelos deuses se contorcer enquanto ela trabalhava seus dedos ágeis em sua zona erógena.

Nara, incapaz de expressar qualquer reação, preferiu não avisar que estava ali, e observá-la. Tinha plena certeza de que a loira estava fazendo aquilo porque queria que ele a visse. Era impossível ela não saber que não estava sozinha, afinal, Shikamaru havia tomado banho no banheiro da própria suíte do quarto dela, e de porta aberta.

Temari sempre tinha segundas intenções.

E Shikamaru se rendia a todas elas.

Ainda com o uniforme do trabalho, a mais velha gemia baixo e apertava os olhos. A camisa branca de botões tinha a maioria deles abertos, liberando os seios fartos que raramente eram cobertos por um sutiã. As coxas grossas foram libertas do tecido rígido da saia de couro, este fora levantada até a altura da cintura dela, deixando o acesso à sua intimidade, livre. A meia arrastão habitual da loira continuava em seu corpo, e Temari conseguia se tocar devido à um dos enormes rasgos entre suas pernas, que provavelmente havia rasgado por em consequência do atrito de sua pele. Mesmo estando vestida da cabeça aos pés, ela fazia movimentos habilidosos e certeiros onde mais sentia prazer e se controlava para não fazer qualquer tipo de barulho, o que só a deixava mais sexy.