Cap 2-A queda

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Finalmente o ônibus chegou, subi nele e fui para a primeira fileira.
Onde eu sempre sento e eu acho que isso não é um acaso, eu não tenho ninguém pra conversar mesmo.

-E ai Carol ?? Como é que está o Luiz ??-Gritou um garoto aleatório.

-E a lá, ela está a fim do Luiz ?-Perguntou outro garoto aleatoria, acho que o nome dele era daniel.

-Foi o que o irmãozinho dela disse!-Disse o outro garoto que se chamava leonardo.

Como assim? Eu confiei no Bernardo,que sacanagem.
Agora o Luiz nunca vai me querer, não que ele quisesse antes,mas...

Nossa que vontade de chorar, mas eu só virei pra frente e voltei a escutar música.

Como se não desse para piorar quando o Luiz entrou no ônibus cantaram uma musiquinha muito escrota: "O Luiz está diferente, está, está diferente... Foi.... Foi ela sim... Foi a Carol que deixou ele assim, taradãao".

Ele ficou olhando como se não entendesse e sentou do meu lado, acho que ele não sabia quem eu era, mas Conversamos até de mais, acho que ele ficou cansado de tanto que eu falava, mas ele gostou do assunto. Finalmente cheguei na escola, como sempre sou a última do ônibus a descer porque não gosto que ninguém fique prestando a atenção em mim.
Comecei a descer aquela escadinha que tem no ônibus e eu não tinha visto que um garoto tinha ficado lá atrás e quando eu ia colocar o pé no chão ele me deu uma banda e um empurrão, eu cai bem feio, ralei meu joelho e tudo.
-Vai se Fuder!-Gritei irritada tentando levantar.

-Acho que quem está fudida aí é você.-Falou rindo

Que garoto chato.
Tentei levantar ,mas eu não conseguia, meu joelho estava doendo muito, meu branço franco e latejando, parecia que meu coração estava nele.
-Carol está tudo bem?
-Ahn ??-Não tinha escutado o que essa pessoa aleatória tinha dito.
Quando olhei para cima era o Luiz, me olhando com uma cara meio perdia e com raiva querendo saber quem fez isso comigo.
-Tudo bem?-Ele riu tentando me levantar.
-Não sei, eu acho que eu machuquei meu joelho e meu braço!-Falei ainda caída no chão.
-Vem cá deixa eu te ajudar.
Ele me ajudou a levantar, mas não deu muito certo de novo e por uma consequência divina ele teve que me levar no colo.
Meu deus to surtando.
Acho que por uma lado aquele idiota do Gabriel me ajudou um pouco.
Consegui sentir o tanquinho dele na minha costela e ele respirando bem fundo para tentar me aguentar, eu sei que isso não é muito romântico mas eu tenho 69kg, então acho que ele tem um pouco de razão.
Quando chegamos a secretaria, a bela diretora inútil e bêbada que parece o Albert Einstein nos aconselhou de uma forma muito gratificante:
-olá, o que estão fazendo aqui?-disse ela ajeitando o cabelo.
-licença senhoria patrícia, a Carol se machucou no ônibus e ela está toda sangrando é com o braço inchado.-falou luiz em um tom de desespero.
-leva a sua namorada para a enfermaria então né seu burro !-falou irritada.
Adorei quando ela falou que eu era namorada dele, mas é claro que eu neguei.
-não é isso que você está pensando, somos só amigos!!-falou ele
-não me interessa, tchau !-ela apontou para a porta com a intenção que ela saisse.
Ele virou as costas e abriu a porta passando comigo no colo e como sempre bufando cansaço.
Chegamos a infernaria, mas estava fechada.
-não acredito-disse ele pasmo.
-o que?-falei cançada.
Eu estava meio tonta porque meu braço estava doendo muito!!
-a enfermaria está fechada
-o que a gente faz?
-espera eu vou ligar para o meu pai!!
(CEL DO LUIZ)•••
-pai !!!
-alô, fala filho !! Tem como você vir aqui na escola muito rápido ??
-tem, mas me fala primeiro o que aconteceu!!
-a enfermaria está fechada e a minha-ele deu uma pausa-Amiga, eu acho que ela quebrou alguma coisa.
-tá calma eu já estou a caminho
(CEL DESLIGADO)•••

Amei a parte que ele deu uma pausa quando foi falar amiga, mas ainda não estou convencida de que ele quer alguma coisa comigo, e também eu acho que ele nem sabe quem eu sou.
Depois de alguns minutos o pai dele chegou.
-oi pai!! Ainda bem que você chegou !!
-cadê ela filho?
Ele tinha me colocado em uma salinha escura para que eu conseguisse deitar e descansar um pouco enquanto o pai dele não chegava.
-vou lá buscá-la
Ele veio comigo no colo e com uma cara de preocupado!!
-a quanto tempo ela está assim?
-não sei pai, uma hora talvez?
-e sangrando desse jeito?

O pai dele abriu a porta da enfermaria com um chute e me pegou no colo, me deitou na maca, não era lá essas coisas de confortável mas.
-ei Carol ??-falou o pai de luiz.
-oi-falei não conseguindo enxergar ele por causa da minha visão meio turva.
-eu sou o pai do Luiz, Leandro, mas pode me chamar de Léo.
-obrigada-tentei sorrir, mas estava muito cançada.

Ele pediu para que eu esticasse o braço e aí ele colocou uma agulha em mim, doeu um pouco, ele disse que era para poder voltar sangue para o meu corpo.
Eu estava meio zonza, mas conseguir ver ele limpando meus machucados.
-se importa se eu cortar a sua blusa? Seu braço está muito inchado e não dá para tirar sem cortar.
-tudo bem!!-Respondi com medo e com muita vergonha porque o Luiz estava lá e tipo ele ia me ver de sutiã e tal.
Ele começou a cortar a blusa e eu coloquei a mão que não estava com a agulha na cara pois tinha medo que ele me cortasse, sou muito medrosa nesses quistos.
Por incrível que pareça quando abri os dedos para enxergar alguma coisa, vi que Luiz estava virado de costas.
Achei muito fofo, nenhum garoto faria isso.
Eu falei que ele respeitava as mulheres.
Depois que ele começou a tirar o meu braço da manga da blusa.
Estava doendo tanto que eu acho que eu até desmaiei.
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Personagens: Luiz e carol

O melhor amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora