O Playboy rodou

Amor tempestuoso

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.

Conversar com Gaara foi bom apesar de tudo porém mesmo sentindo que ele não estava com pena me incomoda a forma que ele estava sendo gentil depois de tudo, sempre fui uma das pessoas que mais impliquei com ele simplesmente por ele ser do grupo do Sasori e como todos meus amigos não suportamos essa gentinha irritante, no entanto confesso que não somos nem um pouco fácil de lidar. Admito que mantivemos toda essa rivalidade por capricho e por ser divertido ter alguém para zuar sabendo que não vão ficar calados e sim devolver na mesma moeda e as vezes até pior, um bando de adolescentes que queriam caos a todo custo mas não me arrependo nem um pouco, porém mesmo assim o que eu passei não justifica ele ser gentil comigo, provavelmente o truque de conseguir conquistar a amiga da garota que você gosta para ter mais chances. Percebi depois de um tempo que fiquei pensativa e deixei Gaara falando sozinho, nunca estive tão distraída e alheia a tudo como estou agora, sorrio para ele.

— Sua companhia foi um prazer mas acho que está na hora de você ir — olho para ele sorrindo, ele sorri também e se levanta do sofá.

— Acho estranho como não consigo te ler totalmente Yamanaka, consigo saber o que a Sakura pensa, exemplo, pelas as expressões dela mas você parece não demonstrar nada, é como um corcel totalmente indomável, gosto desse seu espírito de furacão — O ruivo diz sério, e eu como toda minha pose de modelo o olho.

— Não se pode medir furacões, Sabaku, mas caralho você fala de uma forma tão profunda que parece que saiu de um filme dele séc IXX, ama aulas de história né? — começo a rir, esse tipo de conversas poéticas e filosóficas não cola comigo, elas me fazem rir.

— Tenho que ser profundo e saber convencer para ser um bom advogado, e cumpri meu caso de hoje, te fazer rir.

— Que belo advogado vai ser, fará as pessoas dormirem com suas palavras profundas, parece um velho que toma chá da tarde e vê aqueles filmes preto e branco, nem porno deve assistir.

— Estou a me ofender com sua calúnia, bela jovem!

Eu e ele nos olhamos e caímos na gargalhada juntos, eu sabia tocar em assuntos assim com uma facilidade absurda, tenho mestrado em ser inconveniente, e pelo visto ele é formado em palhaçada, depois que paramos de ir ele vem até mim.

— Posso beijar sua mão, senhorita?

— Claro, meu senhor — estendo minha mão para ele, e então o Sabaku a beija mas seu olhar em nenhum momento desvia do meu, realmente um homem encantador, pena que não faz meu tipo e gosta da Sakura.

— Até breve, Ino — ele diz e vai embora do meu apartamento, apenas dou um simples "tchau" e volto a me deitar no sofá.

Ele realmente é alguém bem interessante porém mesmo assim ainda não sei se ele é a pessoa certa para a Sakura, ela é bem grandinha e sabe se cuidar sozinha sem precisar da opinião de ninguém no entanto não deixo de me preocupar com suas escolhas que são bem complicadas. Ela sempre soube o perigo que era se envolver sexualmente e sentimentalmente com o Uchiha e mesmo assim tentou sem olhar para si mesma e apenas para o que estava sentindo e na minha opinião não era o certo desde o início, eles poderiam estar na mesma sintonia na hora do sexo mas sobre sentimentos estavam em ritmos totalmente diferentes, os dois estavam em um relacionamento com duas batidas opostas e de certa forma foi falta de diálogo, toda vez que ela vinha desabafar eu sentia isso, ela se declarava e falava o que estava sentindo ouvia a opinião dele e depois fingiam facilmente que aquela conversa nunca aconteceu, e o Sasuke fechou os olhos para o que machucava a Sakura porque assim seria mais fácil continuar com a vida que ele vivia antes, os dois tem tanto a amadurecer, não nego que eles sintam algo forte um pelo outro porém a sintonia nunca foi a mesma.