Capítulo 6: "Essa pessoa não é o que parece ser"

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Camberra | Austrália | 17:03PM


-Savannah Clarke

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Cala a boca sua vadia filha da puta! — Ela disse e enfiou mais uma vez minha cabeça dentro do vaso sanitário.

— E-eu n-não consigo res-respi-pira-rar.— Falo com dificuldade, tentando ao máximo colocar força para não encostar no fundo do vaso.

— Vai sua desgraçada! Engole tudinho sua vagabunda! Não é bom? Prova o gostinho do que você é! Uma merda! Uma garotinha de merda! — Dessa vez  Charles empurra minha cabeça com mais força, fazendo por impulso eu engolir uma boa quantidade de água.

Devem estar se perguntando o que que estar acontecendo. Pois bem, vou tentar explicar.

Já estou a mais de sete meses nesse lugar. Até agora, o inferno em sete meses.

Tudo começou a acontecer no segundo mês de estudos. Professor de Artes modernas passou um trabalho para farzemos individualmente, apenas para a nossa turma avançada. Seria um dos primeiros trabalhos mais importantes para o nosso currículo para a faculdade. Quanto mais perfeito fosse a nossa apresentação, melhor seria para o nosso futuro.

E é nesse ponto que eu me arrependo amargamente todos os dias.

Decidir ser a melhor. Não a melhor, melhor de tudo. A melhor nas apresentações, apenas queria uma nota boa para passar na faculdade e um currículo perfeito.

Sair como a aluna número 1 na primeira apresentação de Artes modernas. E assim se foi, na primeira apresentação, na segunda, na terceira, na quarta e finalmente, na quinta. A minha vida de estudante começou a se tornar um inferno.

Lembram daquelas pessoas que perguntei a onde ficava a sala do terceiro ano a alguns meses atrás? As quatro meninas e três meninos? Então, eles não gostaram nada do meu mérito que vagava na escola todos os dias, "Parabéns Savannah!" "Você é incrível!" "Que ótimo trabalho!" "Seu futuro vai ser esplêndido!" "Mais uma vez seu rostinho no quadro de aluno número 1! Parabéns Savh!"

Primeiro foi com as ameaças:

— Para com isso antes que se arrependa para o resto da sua vida, ratinha. — Ashley diz me barrando no meio do corredor junto com Charles, Mônica, Ruth, Kimberly e Thomas.

— O que? Parar com o que? — Pegunto confusa tentando me afastar.

— Você sabe muito bem sua vadia. — Ruth aponta na minha cara.

— Eu não estou entendendo, com licenç...

— Fecha essa boca! Agora escuta, — Thomas pega na minha mandíbula e segura com força. — Se na próxima você ganhar de novo, saiba que foi avisada. — Solta de vez.

Killers'matar é sua única funçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora