A triste escolha da noiva

O enconto

Era uma tarde de primavera, quando eu saía do pátio da escola para a casa do Avelino, porque estava com cede e queria saciar-la com a quissangua da tia Cristina; mas, o transito estava parado e o calor estava escaldante.
- preciso chegar mais depressa o possível! Dizia eu...
Passaram-se horas e nada; decidi então descer e começar uma longa jornada a pé. Fui andando ao ritmo lento enquanto, ouvia "Bonga" que me levava os pensamentos para a década de 90. Nem tinha percebido que a casa do Avelino estava logo a esquina , de tão alto que estava o som do cota Bonga "Mariquinha".
Bati a porta por quase cinco minutos e finalmente, Jessy a irmã mais velha Dele veio abrir a porta:
- Entra Kassandro
- Então, como estás?
-Estou é com muita sede! E vim também para despedir-me; pois parto hoje para Saurimo.
- Faça boa viagem! Disse Jessy com lágrimas nos olhos.
Fiquei pasmado e por alguns minutos fiquei pensando no motivo que lhe fazia chorar porém, não quis prolongar a conversa porque sabia que ela tinha um fraco por mim fazia alguns anos já; não era para acontecer nada entre nós porque não sou de ficar em casinhos com irmãs de amigos meus!
E lá fui para dentro, a quissangua estava tal como gosto.
Saí, continuei a jornada, tinha algumas coisas ainda para organizar. Era uma viagem diferente, não como aquelas que fazia com papái quando íamos para casa do meu tio mais velho.
Finalmente cheguei e comecei a fazer as malas: -botas, calças e camisolas primeiro, pensei eu!
- Talvez algumas camisas para o culto de sábado!
Nem tinha percebido que já passavam cinco horas do meio dia, finalmente chegou a hora da partida.
- Wi, temos de partir, o caminho é longa e o tempo não espera por ninguém! Disse meu amigo de viajem Alber. Colocamos as nossas bagagens no carro e começamos então a traçar uma nova meta com destino a felicidade, que buscamos a tanto temos.
- Está na hora de conhecer novos horizontes! Exclamamos nós, com um sorriso de triunfo.