Oi gente tudo bem?
primeiro de tudo peço mil desculpas por não estar postando mais, não é falta de consideração, como eu disse para vocês eu não fiquei em quarentena, e agora descobri que eu estou grávida, e tive que lidar com enjoos e trabalho, e infelizmente estou um descolamento que me pede repouso, que leu meu livro anterior acompanhou meus relatos de quando fiquei grávida e tive um aborto a quase dois anos, então isso acarretou bastante coisas sobre mim, e não estava com cabeça para escrever mesmo estando com tempo agora.
Porém meu incentivo sempre foi através dos livros que leio, e lendo hoje me deu uma vontade enorme de continuar o livor, então chega de falar e vamos lá.
capitulo fresquinho para vocês, está sem revisão.
Alicia.
Se me perguntarem como cheguei ao hospital aquele dia eu não saberei dizer, só sei que uma hora eu estava saindo desesperada do meu carro indo de encontro ao Gustavo até ser afastado por para-médicos, tudo se tornou um borrão na minha mente, lembro que alguns minutos após chegar no hospital, a família já estava lá toda reunida como sempre, tia Jenny e tio Rafa destruídos em um canto, a culpa me consumindo em outro, eu sei que não tenho culpa do acidente, mas a cada vez que eu pensava que as coisas podiam ter sido diferente entre a gente eu senti culpa, sem nem saber o por que. Ficamos horas esperando noticias, ai veio o médico, aquele jeito polido de quem não se abala com nada, que fala de um estado critico de um paciente como se estivesse falado de qualquer coisa sem importância, assim recebemos a noticia que o Gutto estava em coma induzido, pancada muito forte na cabeça, que levou a um inchaço que poderia tem sequelas, mas só saberíamos mesmo quando ele acordasse, sem contar no rosto todo machucado, costelas trincadas e outras coisas que não entendo nesses termos médicos esquisitos.
Já fazem 15 dias, minha vida estacionou, eu vivo nesse hospital mesmo quando a tia Jenny diz que não precisa, eu sempre digo que estou bem, mas ela deve saber que não, por que ela cede todos os dias para que eu possa dormir na cadeira sentada ao lado do leito dele, é como se você, se alguém aqui já passou por isso sabe o que eu estou sentindo, eu só quero estar aqui quando ele acordar, eu quero que ele saiba que vai ficar tudo bem, e que depois de todos esses anos eu sou capaz de ficar ao seu lado, por que o que eu aprendi com tudo isso é que a magoá que eu estava sentindo não chega nem perto do medo de perde-lo.
E assim como eu sonhei finalmente aos poucos eu sinto seu de dos se mexerem ( o médico havia suspendido a medicação por que ele esta se recuperando bem), ele tenta abrir os olhos mais fecha os novamente e faz uma careta de dor.
- Hey, garotão.
digo e pego em suas mãos com as lagrimas já transbordando.
Ele tenta falar e não consegue, aperto o botão que chama a enfermeira e ela vem mais rápido do que eu imaginava e eu fico feliz com isso, ela da água para ele, e diminui a claridade do quarto fechando as persianas, aplica um remédio para dor e aos poucos Gustavo abre seus olhos e me olha.
- O que aconteceu?
pergunta com um pouco de dificuldade ainda.
- Você sofreu um acidente no dia que conversamos, um caminhão furou o sinal batendo no seu carro.
-No dia que conversamos, e a quanto tempo faz isso?
-15 dias.
- Minha cabeça dói muito.
- A enfermeira já aplicou um remédio para dor, você bateu a cabeça com força.
Ele fica em silêncio por um tempo, faz caretas quando tenta se mover pois tudo dói, minha tia e meu tio não demoram a chegar, assim como os outros, deixando o quarto pequeno para tanta gente, o médico até faz careta quando vem vem seu paciente, mas é amigo dos meus pais, e releva o transtorno.
Ele aperta Gustavo em todas as partes, faz perguntas bobas para ver o quanto a pancada na cabeça pode ter afetado, pois segundo ele podem ter alguma sequela temporária. Mas é só quando ele chega as pernas e que eu realmente vejo que ele tinha razão.
-Você sente isso?
-Não sinto nada nas minhas pernas doutor, o que está acontecendo?
as feições já mudam de felizes para preocupadas, o desespero do Gutto começa quando o médico diz que ele precisa de mais exames, nem da tempo de falar nada, logo estão nos expulsado e levando o Gustavo sabe se lá pra quê.
E eu faço a única coisa que tenho feito a dia, eu oro, peço para que ele esteja bem e que não seja nada sério, sei que o fato dele estar vivo já é um milagre pois do seu carro não sobrou nada mas peço só por mais um, que ele fique bem e que possa voltar para sua vida de antes.
O Gutto que voltou para o quarto não foi o mesmo que saiu dele, abatido e perdido, não falava nada, não respondia ninguém, deixando todo mundo preocupado.
- Bom, fizemos todos os exames que podíamos, o que posso dizer é que é uma sequela temporária, infelizmente não sei dizer o quanto, pode ser que seu filho volte a andar daqui um ano ou daqui um mês, vai depender da sua recuperação, dos remédio e claro da fisioterapia, tirando isso, ele esta bem, precisa de cuidados, ajuda em sua rotina em casa, como necessidades higiênicas e alimentação. Ficará hoje em observação, mas se tudo estiver bem amanhã já irá pra casa.
e sem mais o médico sai.
- Viu filho logo você estará bem
tio Rafa diz, mas não se era para o Gutto ou para ele mesmo ou minha tia, que abraçava um filho inerte e sem reação.
Aos poucos vendo que ele não estava bem, a família foi indo embora até restarmos apenas seus pais e eu.
Tia Jenny tentou ajudar ele a comer e ele não quis, como já havia tirado a sonda, teve que ir ao banheiro e detestou, meu tio e a enfermeira colocaram ele em uma cadeira dessas que tem um assento igual vaso e ela empurrou ele para o banho e para fazer suas necessidades, a cada movimento se houvia um xingamento.
- Vou montar tudo que ele precisa lá em casa, não posso ficar longe do meu filho.
Minha tia falava meio perdida e chorosa.
- Eu posso te ajudar no que você precisar tia.
- Eu vou ver uma cuidadora que possa auxiliar nas coisas que eu não sei fazer, arrumar um fisioterapeuta, todo equipamento hospital que posso ajudar nesse momento, o quarto dele é grande da para arrumar tudo isso lá.
- Dá pra vocês parar de falar como seu não estivesse aqui? Eu não quero ir para casa de vocês, que tenho meu apartamento, eu dou um jeito de me virar não quero ser um peso pra ninguém e me senti mais inútil do que eu já estou me sentindo.
- Filho eu só quero cuidar de você, e la em casa tem mais estrutura, espaço maior..
- Eu sei mãe, mas eu não quero que você largue a sua vida por mim, eu quero me virar sozinho, não quero estar incomodando na sua casa, e não quero você morando na minha. Posso parecer ingrato e egoísta , mas por favor eu só quero ficar sozinho .
Não opinei, nem podia, não era um assunto onde eu podia me meter, mas eu sabia que sozinho ele jamais estaria, e teria que engolir nossas presenças inclusive a minha.
Depois de muita discussão minha tia cedeu, ressentida e magoada mas entendeu que a vida não era sua, e que o filho não era mais criança, fez tudo o que pode, para que o apartamento do gutto ficasse confortável, e eu acabei me mudando pra lá sem pedir permissão só indo.
E ele teria que me engolir por que definitivamente ele não me conhece.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Doce tentação
RomanceSequência de tentação em dose dupla , agora com a história da filha do nosso Trio.