Capítulo 2

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 Para vocês, da escritora:

 Olá! Gente, eu estou muito surpresa! Gostaria de agradecer pelas leituras, elas já passam de duzentas e isso me deixa incrivelmente feliz. Quando comecei a escrever, eu não esperava que alcançasse este número de leituras tão rapidamente. Estou adorando a ideia de poder compartilhar com todos vocês que estão acompanhando, um pedacinho de mim.

 Peço desculpas pela demora da postagem da segunda parte, realmente demorei um pouco, mas eu hoje consegui tirar um tempo todinho só pra vocês. Agradeço também pelos votos, fico realmente contente ao ver as minhas primeiras estrelinhas, e os comentários. Por favor, se vocês tiverem alguma crítica, alguma sugestão, deixe seu comentário. Ajudará muito no desenvolvimento da história, e assim vou saber se estou agradando ao meu público, que são vocês, pessoas tão importantes pra mim agora. 

 Vamos agora dar continuidade á nossa história, vejamos como está a nossa amiga Daphne.

Capítulo 2

 Abro os olhos e consigo ver que dormi sobre meu material de desenho. Olho em volta com a sensação de que não sei onde estou até conseguir me lembrar de que me mudei, e estou na minha casa nova. Que barulho irritante esse despertador tem! Mas pelo menos assim, será mais difícil que eu me atrase para algum compromisso.

 Ao olhar no espelho eu me deparo com uma marca enorme no meu rosto. Sim, eu dormi por cima da caneta! Espero que até a hora de sair de casa essa marca tenha saído. Tomo um banho e me arrumo para mais um dia de aula.

O dia está com cara de sem novidades. Eu deveria estar um pouco mais ansiosa, consegui um emprego e hoje será meu primeiro dia de trabalho, mas eu estou bem calma, e com essa sensação de que hoje nada será muito surpreendente. 

 Depois de alguns bons goles de café, e algumas torradas, o meu dia definitivamente começou. Saio de casa, e estou a caminho da escola. Enquanto esperamos o professor na sala de aula, sento-me ao lado de Vanessa, que está com cara de meio dia. É aquela cara de bem disposta e que aparentemente dormiu muitíssimo bem, animação total.

 -Ansiosa? -Ela me pergunta.

 -Sim, um pouco.

 -Você não me parece muito animada, Daphne. 

 -A essa hora da manhã, acho que eu não consigo Vanessa. - Eu digo dando uma risadinha sem graça.

 O professor chega à sala, e inicia-se a aula. Durante alguns momentos da aula eu me deparo pensando no sonho da noite passada, isso é meio comum de acontecer. Se não fosse coisa de louco, eu diria que sou apaixonada pelo homem com quem sonho quase todas as noites. Ele aparenta ser mais velho que eu. Tenho 17 anos, ele provavelmente tem o dobro, de 34 á 40. Eu não sei se me relacionaria com alguém dessa idade, sem preconceitos, mas se ele fosse real eu hesitaria em me envolver.

 Na hora do intervalo, eu saboreio um lanche junto á Vanessa, Ou Nessa, que é como comecei a chama-la a partir de hoje, ela parece ter gostado do apelido. Durante a nossa conversa, senta-se ao nosso lado o Juliano, rapaz da nossa classe. 

 -Olá, moças! -Ele diz.

 -Olá Juliano, bom dia. - Eu respondo, e a Nessa não diz nada.

 -E ai, Daphne? O que está achando do colégio?

 -Até agora eu tenho gostado, ainda não sei o que me aguarda nesse ultimo ano, e ainda não cheguei a conhecer a todos os alunos e professores.

 -Mas logo você passa a conhecer á todos, e pelo menos da maioria você vai gostar. Isso se você não for uma patricinha nariz empinado que não gosta de ninguém. - Ele diz sorrindo e movimentando a cabeça em sinal de negação olhando para Stella, que aparentemente se encaixa na descrição e só me olha de canto de olho, como se tentasse me inferiorizar.

 Juliano sai da mesa depois de um até mais, e eu estranho o comportamento dele. O tempo todo ele agiu como se a Nessa não estivesse ali. E ela também, se encolhia e se escondia dentro de toda aquela timidez que ela esbanja. Quando olho para o rosto dela, ela está muito vermelha, e não demora a dizer que vai ao bebedouro e já volta. Assim que ela volta, eu não resisto a uma pergunta: 

 -Porque você não disse nada?

 -Disse nada o que?- Ela responde com cara de assustada.

 -Você ficou calada o tempo todo que o Juliano estava aqui, fingiu que nem estava aqui.

 -Sabe da minha timidez Daphne, não faça perguntas com respostas óbvias.

  A resposta dela não me foi muito convincente, mas me contive com a resposta e continuamos o dia normalmente. Depois da aula, esperei a Nessa para almoçar na minha casa. Conversamos muito, não sei como conseguimos dar origem á tantos assuntos. Depois do almoço eu tomo uma xícara de café, como de costume, e nós duas seguimos para o sebo para nosso primeiro dia de trabalho.
 Dona Ester estava de prontidão nos esperando, ainda tinha algumas coisas para nos explicar e algumas duvidas que surgiram de ontem para hoje ainda precisavam ser esclarecidas. Atendi alguns clientes antes da hora da pausa, uns cinco ou seis. Na hora da pausa eu fui até a cozinha e preparei um dos chás da dona Ester. Ela realmente gosta de chás, tem chás de quase todos os sabores para se preparar todos armazenados nessa cozinha. 

Dona Ester entra na cozinha também e diz: 
- Você e a Vanessa se dão muito bem aparentemente, não é? 
-Sim dona Ester, nós duas juntas dará uma boa dupla. Gostei muito dela desde que começamos a nos conversar. Apesar de conhecê-la há pouco tempo, eu já a considero uma amiga.
-Tem momentos  que são assim, minha menina. Encontramos um irmão pra acompanhar por toda vida, e desde o primeiro momento, já sabemos reconhecer essas pessoas.

-Sabe, é graças á ela que pudemos nos conhecer.

-E eu sou muito grata por isso, menina.

Depois de voltar, fiz uma breve limpeza no balcão, onde encontrei vários livros que aparentam ser muito interessantes, o que me faz olhar em volta e pensar em quantos livros este lugar deve ter. Quantas informações, quantas histórias e ideias. Quantas memórias de quem as escreveu, e me senti muito feliz por pensar que eu estou aqui para ajudar todos estes tesouros a serem descobertos. 

Enquanto eu sonharOnde histórias criam vida. Descubra agora