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{Você vicia mais que droga mais que nicotina, e é por isso que eu não posso te ter por perto..}
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Marcela Veiga    

Tayler

Quando chegamos na casa da Jesselin eu comecei a repensar se eu realmente queria contar o que eu estava sentindo, porra véi é difícil fingir que eu não sinto nada, não consigo ficar perto dela, abraçar ela, sem sentir algo diferente.

  Eu nunca fui do tipo que é romântico e nem nunca quis, mas com ela sinto que eu devo ser. Eu nunca namorei, e a verdade é que nunca gostei de alguém de verdade, quando eu tinha 15 anos Jesse gostava de mim por mais que ela nunca tenha admitido, eu via como ela me olhava e eu gostava disso, gostava dela também mas eu nunca tive coragem de dizer.

Eu nunca namorei porque pra mim namorar é algo que é íntimo e eu nunca gostei de alguém ao ponto de ter esse tipo de relação, por isso eu só fico, e depois vida que segue porquê eu não quero nada sério com ninguém.

A não ser com ela.

- Porque você nunca reparou na Moly? - Ela solta do nada se jogando na minha cama.

- Porque? eu deveria? - Falo erguendo minha sobrancelha e ela me olha dando de ombros. - Ela não faz meu tipo.

- Desde quando você tem preferência Tay? - Ela sorri. - Você já pegou quase todas as meninas da escola, e aliás a Moly é muito bonita.

- Não disse que ela era feia, só disse que não faz meu tipo. Não gosto de meninas como ela, garotas que se apegam depois de uma noite.

Me sento ao seu lado tirando meus sapatos.

- A Moly não é assim, você que tá achando desculpas para dispensar garotas - Ela me empurra de leve e dá um sorriso diabólico - Ainda gosta de garotas né? Assim só pra saber mesmo.

- Ah qual é, claro que sim. - Começo e ela me olha sorrindo, e por um momento eu esqueço tudo ao meu redor, e como se eu estivesse hipnotizado naquela merda de sorriso perfeito.

- Se você estivesse gostando de alguém você me contaria né? - Ela me olha desconfiada. Sua voz me tira do transe.

- Mas é claro, que pergunta bosta é essa? - Ela me olha confusa, vejo que a desconfiança continua ali.

- Você está estranho esses dias.

- Estranho como? - Ela me olha e sorri.

- Está se comportando eu diria, não está ficando com nehuma menina nessa semana, porque? Tem certeza que não tá afim de ninguém? Ou tá virando gay e não quer me contar?

- Pode apostar que não tô virando gay, a não ser que você queira que eu vire um gay exclusivo pra vc.

- Oh sim eu quero muito amiga. - Ela ri e eu não consigo esconder uma risada

Me levanto.

-No momento eu só não tô afim de pegar ninguém. - Respondo por fim.

Na verdade eu quero e muito mas eu não diria isso para ela.

- Tá bem então, vamos fazer logo essa merda de trabalho pois eu quero comer. - Ela me olha sorrindo e passa a mão na barriga me fazendo rir com seu gesto.

•••

Olho para Jesse que agora pega no sono, eu estou fudidamente perdido nessa garota.

Que merda de coração.

Olho novamente para Jesse que agora se remexe um pouco se aconchegando no meu peito. Não tem como não reparar na sua beleza incrível, seus cabelos castanhos, seus lábios carnudos, sempre me impressionaram. Ela sempre se destacou de todas as outras garotas, quando eu a conheci fiquei impressionado com seu jeito de ser e como ela era incrivelmente natural em tudo que ela fazia, diferente das outras garotas ela é única.

Eu sinto uma enorme vontade de beija-lá agora, mesmo sabendo que é errado e que pode estragar tudo em nossa amizade, por isso quero esperar um pouco e fazer as coisas com calma, não quero que ela fuja.

Na noite anterior acho que deixei as coisas um pouco estranhas, eu realmente quero avançar e tentar algo novo mas tenho que ir devagar, coisa que está sendo muito difícil esses dias.

Ela se remexe um pouco e coloca sua perna entre as minhas roçando no meu membro que já está começando a se animar com aquela aproximação.

Aperto os olhos com força eu a levanto com cuidado para não a acordar. Tudo que eu presciso agora é de um banho gelado pra acalmar meu corpo pervertido.

•••

Quando saio do quarto Jess não está mais na cama, coloco minha roupa depressa e desço para a cozinha onde encontro Jess a devorar um pedaço de pizza como se fosse o último, dou um sorriso bobo ao ver ela comer, pra falar a verdade admiro o apetite dessa menina pra comer.

- Atacando minha comida como sempre - Dou a volta no balcão em direção a geladeira.

- Foi mal mas você sabe que eu adoro pizza de queijo com calabresa. - Ela sorri e revira os olhos apreciando a pizza o que me faz rir.

- Quer suco? - ofereço enquanto vou ao armários pegar um copo.

Jess assente e levanta para pegar seu próprio copo, em uma tentativa falha de conseguir alcançar o armário a cima da pia.

- Você é uma pulga, pare de tentar fazer coisas impossíveis. - Me aproximo do seu corpo e a presso na pia para alcançar os copos, seu corpo fica um pouco tenso quando me encosto nele, demorei tempo demais com o meu corpo pressionado contra suas costas e aposto que ela percebeu.

Limpo a garganta e me afasto depressa, tentando amenizar o clima estranho que ficou.

- An.. Toma aqui - Ofereço o copo e ela pega e sorri. - Então vou passar na sua casa as 7 e meia em ponto, não quero saber de birra pra não ir, muito menos uma das suas desculpas esfarrapadas de doença repentina.

Ela ri e faz cara de inocente.

- Ue não posso fazer nada se de repente eu pego uma gripe ou sei lá. - Levanta as mãos e dar de ombros enquanto sorri cínica.

- Tá bom seii - Ela vem até a bancada e se senta.

- Mas então sobre hoje.. - Eu começo a lavar a louça enquanto ela me ajuda a secar. - Tenho algumas exigências para fazer.

- Que tipo de exigências hum?

- Como eu vou ficar sozinha na festa, que eu sei que isso vai acontecer, - Ela aponta com o dedo. - Eu aviso logo que se tiver que pegar alguma piranha que não demore muito porque eu não quero ficar te procurando na festa, muito menos ter que entrar no meio da sua foda pra te chamar.

- Pode deixar. - Falo e ela desce da bancada pra guardar o prato enquanto eu a observo tentar alcançar a porta do armário. - E outra já falei que não vou te deixar sozinha okay.

Ela se vira com a sobrancelha erguida e sorri.

- Você fala isso toda vez que nós saimos juntos, e como sempre nunca cumpre.

- Eu vou comprir dessa vez. - Faço um sinal de promessa.

  Vou até ela pego o prato da sua mão e vou até o armário, e sem nehum esforço coloco o prato no armário enquanto lanço um pequeno sorriso debochando da sua altura.

  Eu sempre fui mais alto do que todo mundo quando criança, eu não me aceitava muito quando era menor mas hoje adoro meus 1,84. Ser alto me trás muitas vantagens principalmente quando estou em campo.

- Você é um poste convencido. - Faz cara de brava em uma tentativa de parecer irritada, o que a deixa mais linda do que o normal.

- E você é uma formiga revoltada. - Ela ri me joga o pano que está no seu ombro no meu rosto.

•••

Gente me desculpem pela demora pra postar capítulo novo, ultimamente tenho estado com muita preguiça e sem ideia, mas vou tentar postar toda semana sem falta.
Kiss :)

Finalmente MINHA.Onde histórias criam vida. Descubra agora