Capítulo XIII

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Eu juro que não sabia que tinha passado tanto tempo, parece que atualizei semana passada.


Preparem as emoções, porque esse capítulo promete. É SÉRIO!

Foi betado pela @kaipoetical

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Não sei por quanto tempo fiquei paralisado olhando para eles, despertei com KyungSoo tocando meu braço, chamando por meu nome.

— Se foi? Como assim ele se foi? Para onde? - perguntei enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.

— Descobrimos onde os renegados que sumiram estão. - MinSeok começou a explicar - Eles se espalharam pelo mundo, assim não teria aumento significativo em lugar algum, não chamando nossa atenção ou de qualquer organização. Eles foram muito espertos.

Eu ouvia, porém minha mente não processava bem a informação. ChanYeol tinha ido embora, ele tinha me abandonado. Isso explicava a noite passada, ele estava se despedindo de forma indireta. ChanYeol foi cruel comigo, da pior forma possível. Mantinha meu olhar fixo no chão, eu me recusava a chorar por ele, não por isso.

— Baek, imagino que esteja com raiva, mas nos ouça. - JongIn falou - Não estou defendendo ele, porque foi babaquice, ele tinha que ter se despedido. Só entenda porquê ele não fez isso.

— Entender, JongIn? Entender o que? Ele foi embora sem nem dizer "adeus" ou qualquer coisa do tipo. Ontem ele falou que me amava, ele... - foi nesse momento que o choro veio.

— Ele não se despediu, pois sabia que não conseguiria ir, ele não conseguiria te deixar. - a voz de JongIn também era sofrida - Não estou te pedindo para perdoar ele, mas, por favor, entenda, ele precisava ir. É uma missão muito complicada, lidar com outros esquadrões é complicado, os líderes sempre batem de frente, porém ChanYeol é respeitado no mundo todo. Seu pai é um dos antigos, e de certa forma, ele também. Tinha que ser ele no comando.

— Vou para casa. - foi a única coisa que fui capaz de dizer antes de me virar e sair meio que me arrastando pela rua.

Ouvi passos apressados, passos humanos, uma mão segurou a minha de forma calorosa.

—Não quer ir para casa de um de nós ou talvez que a gente vá com você? - era JongDae.

Sacudi a cabeça em não.

— Só quero ficar sozinho agora. - me soltei dele e segui até em casa.

No apartamento, peguei Mongryong no colo e fui para o quarto, não acendi luz alguma. Me deitar naquela cama foi dolorido, o cheiro do guerreiro estava impregnado no lençol, na fronha, em todo lugar. Tudo me lembrava dele.

Tentei muito não chorar naquela noite, uma luta em vão, pois chorei até dormir de exaustão, abraçado com meu fiel amigo, o único que eu sei que jamais me abandonaria.

Os primeiros meses sem o ChanYeol foram os mais difíceis, eu chorei mais do que queria, mais do que devia. Eu praticamente virei um zumbi, cheguei num ponto que meus amigos ficaram preocupados ao extremo. Fui obrigado a morar com eles por um tempo, revezava entre as casas, já que durante o dia os membros da raça estariam em casa, e de noite, os companheiros ficavam de babá. Fui obrigado a comer, a beber, a viver.

Na época, eu odiei os quatro. Eu odiava tudo que eles me obrigavam a fazer, mas hoje agradeço. KyungSoo como um bom psicólogo, orientou os outros e agiu como tal profissional comigo, mesmo que não fosse ético.

HyunWoo foi uma anjo em minha vida, sempre foi um ótimo amigo, e durante esses longos seis meses, me ajudou de tantas formas. Com sua presença constante, foi impossível não nos aproximarmos ainda mais. Começou com uma noite em que eu já estava em meu apartamento e decidi ficar bebendo sábado de noite agarrado a um dos sobretudos de ChanYeol. Uma cena bem patética, admito.

Shadows of the night | ChanBaekOnde histórias criam vida. Descubra agora