A floresta estava submersa num nevoeiro gélido, as folhas chocalhavam entre si naquela pequena, mas forte brisa. Apesar de ser 23 horas daquela noite, a lanterna não dava conta de tamanha escuridão e não alcançava uma visão nítida à sua frente. O garoto arrastava seus pés devido a ferimentos provocados na fuga; sua mente estava em branco, seu coração batia lenta, mas fortemente; o mesmo tinha a sensação de que seu coração estava batendo em seus ouvidos. O medo pairava em volta de seu corpo machucado, cada barulho já era algo que alertava a paranóia, no entanto, ele mantinha a calma para que pudesse raciocinar caso voltasse a encontrar aquele ser.
Não era um animal conhecido, muito menos era humano apesar de ter algumas caraterísticas, o que seria que atacou? Seu coração falhou uma batida ao ouvir um estranho barulho, mesmo barulho parecido ao que a tal criatura fez quando o atacou.
- Por favor Deus... Me ajude..
O garoto acelerou seu passo por entre os arbustos de ramos cortantes, o sangue escorria vagarosamente pelo seu corpo sujo e cortado. Por um segundo, apenas um segundo, viu um vulto e sentiu algo quente... seu pescoço havia sido cortado sem problema algum e, seu sangue quente, escorria como um mar vermelho. O garoto se deitou no chão lentamente enquanto segurava sua garganta como se tentasse impedir o sangue de sair. Ele fixou seu olhar para a lua, e a tal criatura aproximou-se do mesmo e o olhou; os olhos do garoto pareciam vidro. Este havia ido para a floresta numa visita de estudo, na qual acabou por se perder dos seus colegas; para desgraça deste, ele entrou e nunca mais saiu.
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Pequenos Contos
RandomSomente pequenos contos, tanto como românticos, como de terror/horror, sanguinários e entre outros variados. A criatividade tem de estar no auge da vida enquanto que a dor me motiva.