Prólogo.

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Zach vagava descalço lentamente pelo prado verdejante banhado pela luz da lua e de estrelas brilhantes. Acabado de completar 16 anos e de encantar uma bela dama camponesa de família pobre, voltava a seu castelo andando porque seu cavalo, dos mais desobedientes e mais medrosos, fugira assim que os lobos da floresta mais próxima começavam sua caçada em busca de presas.
Zach pensava sobre como a sua primeira noite como um verdadeiro nobre, dando um de seus punhos de ouro maciço a pagamento para a bela jovem que o acompanhou.
Caminhou durante 30 minutos até chegar ao famoso cemitério de Chillwood, sua terra natal e de seus antepassados. Tropeçou e quando ergueu a cabeça praguejando devido a ser tão descuidado estava um jovem em uma lápide com uma estátua de anjo atrás. Era pouco mais velho que Zach e mais pálido mas cheio de desenhos estranhos em sua pele. Estava sujo pela terra e lama que se encontrava por aqueles campos, de cabelo tão negro que não era possível ver reflexo da luz que a lua emitia e suas vestimentas eram nada mais que uma calça castanha suja que balouçava livremente pela sua cintura e um físico de um atleta, um aprendiz de bruxo camponês pensou.
Se ergueu, ajeitou suas vestes, caminhou até ao jovem e colocou sua mão sobre sua espada. Perguntou ao jovem que não reconhecia, não sabia ainda todos os seus vassalos e seguidores.
-Quem sóis vós? - perguntou firmemente.
O jovem não respondeu, simplesmente ergueu um pouco sua cabeça e o encarou com seus olhos verdes esmeralda, quase tão brilhantes como pedras preciosas.
- Quem sóis vós? O que fazeis aqui, camponês? - perguntou novamente ao jovem que a esta pergunta respondeu com um sorriso indolente e despreocupado.
- Dizei seu nome, de imediato. Não sabeis que eu sou, o próximo duque de Chillwood, filho de Rost Albut, Zach Albut? Direi a meu pai que vós sóis um forasteiro?
- O seu pai não é o velho duque, criança.
- O que dizeis, seu insolente? - Disse Zach rispidamente e de forma irritada.
- O seu pai não é o velho duque Rost, criança. - Sorriu o jovem.
Zach retirou sua espada da bainha e a apontou a ponta para o jovem de forma ameaçadora.
- Dizei seu nome, assim poderei saber que pessoa insignificante insultou a honra de minha família.
O jovem se levantou de sua lápide e caminhou até Zach, pegou com dois dedos a ponta da espada e a encostou no pescoço.
- Tenta me matar, pequenino. Não é a primeira vez que eu morro. -sorria de forma divertida o jovem.
Zach tremia de raiva e ao erguer sua espada para fazer o primeiro golpe o seu corpo parou. Simplesmente parou. Seus olhos se esbugalharam e tentou se mexer o mais que pode mas a cada tentativa começava a faltar ar, aos poucos.
- Jura que você é meu, e te soltarei, criança. - o jovem moveu os dedos e Zach caiu por terra de joelhos sufocando.
- J-Jamais.. p-prestarei.. i-isso.. - cuspiu vermelho de raiva.
- Por favor, não me obrigue a ser mais violento do que estou a ser, apenas diga as palavras.. você aprendeu como isso funciona as coisas, não foi? Diga, criança. - o jovem se ajoelhou na frente de Zach com um olhar penetrante e quase letal embora seu sorriso bobo quase o disfarcasse.
- S-senhor, eu me torno seu vassalo.. e s-seu seguidor. - disse, cheio de vel.
O jovem se levantou estalou os dedos, Zach caiu no chão respirando como se nunca tivesse respirado na sua vida.
- Voltarei daqui a 5 luas, criança. Seus serviços vão me ser úteis e não precisa gastar palavras nobres. - sorriu e caminhou na direção oposta.
Zach ergueu o olhar e olhou as costas do mesmo, que estavam marcadas de runas e cicatrizes tão horríveis que dava náuseas a quem olharia elas.
- Vós.. vós sóis um deles, não é? - gritou Zach com raiva - Qual seu nome? Eu exigo saber que serviços irei prestar!
O riso do jovem ecoou pelo ar.

The PhantomOnde histórias criam vida. Descubra agora