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Eddie não podia acreditar que aquilo estava acontecendo.
Seus dedos apertaram com mais força a bara de metal em que se apóia.O moreno morde a língua contendo um palavrão percorrendo com os olhos o vagão do trem para se certificar de que ninguém está reparando nele.
Não podia acreditar naquilo.
"Pare já com isso!"
Ele tenta mandar o máximo de agressividade possível em seus pensamentos.
O que o jornalista recebeu foi exatamente o contrário do que esperava obter com sua ordem.
"Por que eu devia parar?"
A voz grave ecoa dentro da cabeça de Eddie enquanto o moreno luta para aparentar total tranquilidade no trem lotado.
Sua garganta sobe e desce quando ele engole uma quantidade enorme de saliva.
A sensação escorregando por entre suas costas faz Eddie respirar um pouco mais alto.
"Pare, Venom!"
Eddie tenta novamente.
E novamente suas palavras são ignoradas.
O simbionte desliza por todos os cantos do humano causando reações estranhas em todo o corpo de Eddie.Uma atitude totalmente inédita por parte do alienígena.Para o desespero do homem.Ele não entende o porque de seu hospede estar agindo de tal maneira.
Com uma respiração profunda de alivio,o moreno sai rápido pelas portas de ferro quando elas se abrem.Pelo menos no meio da rua ele não tem que se preocupar em alguém notar sua "situação desconfortante".E para ter ainda mais eficiência Eddie puxa o capuz para cobrir os cabelos e abaixa a cabeça.
- Tudo bem.-O moreno sussurra.-O que você quer? Mais comida?
O simbionte não responde, mas a estranha frieza de sua massa se dirige diretamente para o peito de Eddie.
- Me diz o que você quer!-Eddie sofre para manter sua voz baixa.-Nós podemos dar um jeito.Apenas... Apenas me diz o que você quer merda!
Venom se movimenta na pele de Eddie como se fosse um maldito polvo.
"Já tenho o que eu quero."
Ao contrário do normal, em que o moreno escuta o alien dentro de sua cabeça, dessa vez parecia que Venom estava falando diretamente ao lado do ouvido de Eddie.O jornalista torceu tão fervorosamente para que o simbionte não tivesse se materializado para fora de seu corpo que nem dá atenção as palavras da criatura.
De repente,ele sente como se duas enormes mãos com garras tivessem segurado os montes de carne de sua bunda e para de caminhar na entrada de seu prédio.
