Love is hard for otakus

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Narumi se sentia feliz naquele momento por ter alguém que ficasse ao seu lado e a aceitasse,mesmo sendo uma otaku e para variar uma fujoshi.Todos seus relacionamentos não davam certo por não a aceitarem assim.O que levou a mesma a esconder ser otaku de todos.

Mais com Hirotaka,ela se sentia tranquila,na verdade desde que conheceu ele,ela sentia aquela sensação.Eles conversavam sobre coisas que gostavam:Games,mangás,animes e tudo o que era relacionado.

Ainda eram um pouco diferentes dos outros casais,mais não importava.

Todos os dias que o via eram como se o relógio parasse e eles ainda se sentissem como amigos de infância.Como se o tempo não tivesse passado e eram as mesmas crianças que gostavam de jogar-Mesmo Momose sendo terrível-,e de conversar sobre os animes que viam.

Era tão estranho.

Mais porque ela estava com medo de dizer?A garota de cabelos rosados sabia,mais mesmo assim perguntava-se de vez em vez para se certificar que não era isso mesmo.

Ela tinha medo.

Sim,seria um poblema peder um bom amigo com uma confissão sem ter sentimentos mútuos por ela.Se ele falasse algo como "Nunca mais me veja" seria um problema,ela não teria a única pessoa que a entendia.

Porém,Momose Narumi queria ficar ao seu lado,mesmo sem entender o sentimento em seu coração com toda a certeza.Ficar ao lado de Nifuji era reconfortante.

O outro também sentia algo parecido,queria ser estranho e esquisito como definiam os otakus,mais com Narumi.

Ambos ficavam em pânico e as vezes perdiam o chão com o quão forte era aquele sentimento.Queriam se amar,unicamente isso.
Até a ficha acabar,iam se entendendo aos poucos,disso tinham um pouco de certeza.

Algumas vezes em animes românticos,Narumi se lembrava de Hirotaka e ficava feliz,mais de fato bem confusa porque aquele sentimento aparecia novamente.

Uma vez,sua melhor amiga otaku,Koyanagi Hanako comentou sobre o instinto feminino ser instável por padrão.

Então,tudo o que ela disse que não deu a impressão correta,tudo isso...Ela gostaria de pedir desculpas se algo desse errado,e justamente por isso não iria se confessar por saber que sofreria com a rejeição.

E por mais que perguntassem para ambos,as respostas eram as mesmas:

"-Porque não?

-Somos insensíveis

-Vocês não são

-Mais porque eu penso que sim?"

E eles sabiam.Se perguntavam as vezes porque um se comportava tão atenciosamente,de forma tão carinhosa.

E sabiam que eram assim para garantir que se chorassem,iriam estar ao lado um do outro.E mesmo assim,não eram honestos com os próprios sentimentos.

É tão entediante continuar naquele estado,a relação não evoluia.

E era hilário o fato de que sabiam disso e ainda não fizeram um mínimo esforço para desfazer aquela situação.

Estavam acomodados?Talvez.

Tinham medo de seus sentimentos?Exatamente.

E por isso se acomodaram a aquela situação dramaticamente dolorosa de viver,por medo de amar alguém que não sentia o mesmo.

Era inútil permanecer em uma relação daquele jeito,porém os amigos de infância ainda continuavam se aproximando mais e mais.

Esse era o jeito de ambos fazerem as coisas.

Era o jeito que encontraram para não sofrerem.

E mesmo se o relacionamento mudasse,eles ainda seriam eles de qualquer forma.

Narumi ainda seria a garota que ele chamava de "tábua",de personalidade marcante,uma pessoa que o compreendia e ele não tinha medo de mostrar seu verdadeiro eu.

E Hirotaka ainda seria o cara sério que fumava,nunca ficava bêbado e ajudava com as suas quests em MMO's,era o Gamer determinado da qual ela não tinha medo de conversar sobre assuntos otakus.

E mesmo desse jeito,se começassem a se entender seria uma mentira.Ainda eram muito confusos para aceitarem todos os sentimentos de uma hora para a outra.

Mais o sentimento do primeiro amor que ia da infância até aqueles dias estava ali.As provas eram seus corações acelerados quando perto um do outro,o seu nervosismo e a ansiedade.

O diagnóstico era óbvio:Amor.

E isso ficava se repetindo e ganhando velocidade.Cada vez mais,não demoraria para estourar e ambos dizerem que se amavam.

"Eu amo muito você.",parecia comum mais ainda assim era muita coisa,todo o peso daquelas palavras...

Mais ainda assim é reconfortante eu estar um ao lado do outro,a sensação iria aumentando e o sentimento também,e iam se amando até a ficha cair.

Iriam se entendendo aos poucos,isso era uma certeza.

-No fliperama de sempre?Não cansa desse tipo de encontro?-Perguntou.

-Não,e na verdade não me canso de te arrastar para lá.-Respondeu,dando uma última tragada em um cigarro e o jogando próximo a uma lixeira.

-Então,vamos?-Um sorriso levemente se desabrochou nos lábios de ambos.

-Vamos.

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