AMIZADE COLORIDA

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COLEÇÃO DE CONTOS ERÓTICOS DO MARCELINHO

AMIZADE COLORIDA

A sorridente Renatinha era a garota dos meus sonhos na adolescência. Uma vizinha de bairro que sempre sorria para mim e dizia que eu era bonitinho. Tinha sim uma caidinha por ela, mas parecia que algo me travava na hora de chegar junto. Conversávamos quase todos os dias e nada... No fundo eu já sabia o motivo desse bloqueio.  

Gostava mais de conversar com o Leco, um rapaz do colégio alto, bonito e de fala mansa. Estudávamos no mesmo colégio desde o primeiro grau e começamos a ficar mais íntimos quando eu tinha 17 anos e ele 18. Em uma quarta-feira, terminada a aula de Matemática, ele veio falar comigo e perguntou se eu poderia ajuda-lo na matéria em sua casa, alegando que precisava tirar 8.0 para não ficar de recuperação. Não estava muito a fim, mas fui convencido quando ele disse que me pagaria um lanche no Méqui.

Fiz minhas exigências:

- Mas tem que ser com batatinha e refri.
- Ok.

Já na casa dele, depois de uma hora de problemas, equações, contas e mais contas, paramos um pouco para assistir televisão e conversar. Passou um comercial de cerveja com uma loirona linda de biquíni vermelho na praia. Seios fartos, bundão de parar o trânsito e lábios carnudos bem sensuais. Elogiei e ouvi o Leco cair na risada todo debochado.

- Kkkkk... Você gosta mesmo de mulher, Marcelinho?
- É lógico! Tá me estranhando?
- Huuummm... Nunca te vi namorando.
- Gosto de uma garota lá do meu prédio, a Renata.
- Você já ficou com ela?
- Não. Ela é bonitona e os caras mais velhos fortões vivem em cima dela.
- Você já transou com uma mulher? Fala a verdade.
- Já, lógico, mas que pergunta!
- Muitos moleques mentem quando falam de sexo, e eu sei perceber rapidinho quando não falam a verdade. 
- Na real, não. Nunca.

A resposta encorajou-o a ir direto ao assunto que pretendia desde o início da conversa.

- Preciso confessar algo, Marcelinho. Gosto muito de você.
- Também acho você legal. Por que está dizendo isso?
- Cara, estou gamado por você.
- Kkkkk... É sério?

Sempre tive o riso solto e me arrependi disso naquele momento. Não queria magoá-lo, só achei diferente o jeito dele falar e também muito interessante. Percebi que foi mesmo com o coração, pois olhou-me nos olhos de uma forma que ninguém nunca havia olhado antes, nem mesmo a Renatinha em nossos beijos de brincadeira quando éramos mais novos. Queria mudar logo o rumo da prosa mas não sabia direito o que dizer. Talvez o Leco se sentisse melhor se eu também revelasse minhas "fraquezas", foi o que pensei em segundos de silêncio.  

- Até me sinto mais a vontade ao lado dos meninos do que das meninas, mas para ter uma relação... Aí já seria demais, né?
- Vários homens tiveram a primeira transa com um amigo gay, sabia? Serve como treino.
- Sei. Mas acho que não rolaria.
- Como assim acha? Você realmente sente atração pela Renata?
- Lógico que sinto, mas não sei se conseguiria satisfazê-la... Bem, você sabe... Se fôssemos para a cama.
- Por quê não?
- É que... Meu pênis é assim um torpedão daqueles... Os negrões tem aquelas baitas piroconas gigantes nos filmes pornô. Fico meio intimidado, sei lá...
- Pintudões como aqueles não são muitos que existem por aí, sabia? Vai por mim, sei do que estou falando.
- Confesso que também acho excitante o tesão que as atrizes sentem nas cenas mais picantes. As gostosas só faltam decolar de tanto tesão.
- Se for bem feito, você decola mesmo no sexo anal.
- Por quê você está me olhando assim, Leco? Não vem não, hein!
- Se quiser experimentar... Vem, gracinha!
- Tá louco? Para com isso, Leco!

A quem estava enganando? Tinha muitas fantasias sexuais e, em muitas delas, imaginava aquelas rolas maravilhosas dos filmes me virando do avesso. Nossa conversa foi ficando cada vez mais íntima. Meu amigo gay contou como é que se faz para deixar o cuzinho bem lubrificado, para não doer tanto, e eu ouvi fingindo desinteresse e fazendo piadinhas. Enfim, contou todos os detalhes. Por mais que eu disfarçasse, o danado sabia perfeitamente que estava instigando minha imaginação contando cada passo.

Amizade colorida (conto erótico gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora