founding love - jikook abo

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Jimin POV

Pensando aqui, mesmo ele sendo do jeito que ele é, ele não negaria um filho certo? Antes de nos relacionarmos ele havia me dito que ia ser pai, mas sua ômega tinha morrido no parto junto com a criança, isso há uns dois ou três anos atrás. Ele ficaria feliz sabendo que terá um filho? Eu vou descobrir isso agora.
Cheguei em casa e assim que abri a porta eu o encontrei na mesa de frente pra porta, me olhando fixamente até resolver abrir a boca.

- onde estava? ~ me perguntou com sua voz grossa, quase usando a voz de alfa.

- fui na farmácia, eu prec-

- eu deixei você sair? ~ me cortou sério.

- não, mas foi necessário eu fui ape-

- pegou o meu cartão sem a minha permissão? ~ ele não me deixar falar me tirava do sério, mas o medo do que ele faria com o meu filhote era maior, talvez ele não fique tão feliz.

- eu estou grávido.

Eu senti o ar da casa toda mudar só que ele se levantou e veio em minha direção, colocou uma mão no meu ombro e a outra na minha barriga.

- e eu te pedi um filho? ~ falou com a boca na minha orelha e apertando sua mão com força no meu ombro.

- e você usou camisinha? pediu pra que eu tomasse anticoncepcionais? ~ me afastei dele e o enfrentei, da última vez que eu fiz isso, eu apanhei, mas não vai ser dessa vez agora.

- está me respondendo park? ~ disse ele com a voz de alfa, eu sou um lúpus, dói muito menos em mim do que em qualquer ômega e isso me deu forças pra usar algo que usei com ele apenas uma vez e o resultado em mim foi horrível, minha voz lupina.

- estou me defendendo Kim Woojin, defendendo a mim e ao meu filhote ~ enquanto falava eu via o desconforto dele e de certa forma, me aliviava saber que isso causava efeito nele.

- se você usar essa porcaria de voz comigo mais uma vez eu te mato! ~ disse com ódio, muito ódio.

Eu não era idiota, sabia que eu estava em um relacionamento abusivo e eu sabia que não me livraria desse tão fácil, e engravidar não era uma opção pra quem queria fugir.
Eu vou sair dessa casa, vivo ou morto.

- você tem coragem de me matar? ~ perguntei perdendo o medo que eu tinha, ao ver ele piscar atordoado e ficar paralisado ainda me olhando com raiva.

Isso me fez soltar um sorriso ladino e ir pro quarto que eu dividia com ele, comecei a juntar minhas coisas e liguei pro Taehyung, enquanto ele ainda estava na sala. Se ele aparecesse, era só usar a minha voz lupina, agora que tenho idade o suficiente pra usá-la, vou fazer bom uso, da primeira vez que tentei usar ela falhou e ele conseguiu me bater, um braço quebrado e uma costela luxada.
Escutei o barulho da porta ser aberta e me virei ficando em silêncio e apenas ouvindo a voz do meu amigo nos fones de ouvido me perguntando se eu ainda estava na linha, vi que na sua sua mão direita ele estava segurando um taco de basebol e assim que abri boca pra falar algo ele foi mais rápido e virou a cabeça, mostrando os tampões de orelha, que tiravam o efeito da voz. Arregalei os olhos por que eu imaginava o que iria vir, então eu agi mais rápido e por impulso.
Me lembro de em algum dia ter colocado um canivete pequeno na minha gaveta de cuecas, que estava aberta ao meu lado, com cuidado peguei ele e abri sem fazer muito barulho ainda encarando ele.
Eu criei coragem e falei pro tae que ainda estava na ligação.

- Taehyung chama a polícia e uma ambulância e vem pra minha casa agora! ~ ao que eu falei isso eu ouvi um "cuidado, já estou indo" do Taehyung e Woojin veio pra cima de mim.

Ele ia me dar uma tacada na cabeça, mas eu abaixei e deixei um corte na sua coxa direita o ouvindo gritar de dor rapidamente, ele usou a outra perna e me empurrou pra trás, segurei o taco que estava na sua mão e pelo menos esse ataque eu me livrei, eu só não esperava que ele me desse um chute certeiro no pé da barriga, o que me fez começar a chorar de dor e desespero por causa do meu filhote, assim que eu consegui força pra chutar a sua perna machucada bem no corte, eu ouvi batidas na porta e policiais falando que iriam arrombar.
Me levantei com dificuldade e olhei pra ele que vinha pra perto de mim, antes que eu falasse qualquer coisa um estrondo foi ouvido e três policiais entraram e pelo cheiro, eram alfas, mas um cheiro se destacava entre eles, era um lúpus.
Ele aproveitou que eu estava distraído me apoiando na parede e bateu o taco na parte de trás da minha coxa, com o meu grito eles apareceram no lugar que estávamos e então eu ouvi o barulho de um tiro, esse que foi no braço do Woojin, que soltou o taco e apertou o braço com força. Um policial veio até mim, me ajudando a ficar de pé, o outro estava ligando pra uma ambulância e o lúpus foi pra cima do Woojin.

- desgraçado! Saiu da cadeia a pouco mais de um ano e já tá acabando com a vida de outro ômega? Jinwoo já não foi o bastante?!? ~ ouvi o lúpus falar e chutar ele ao mesmo tempo, sem dó.

- tenente Jeon! ~ o que estava ao meu lado gritou, jeon...

- calado soldado Min! ~ ele gritou e olhou pra mim pela primeira vez ~ prenda esse verme enquanto eu falo com a vítima ~ disse mais calmo.

Enquanto Min ia até woojin que choramingava no chão, Jeon veio até mim e me olhou com cuidado antes de falar qualquer coisa, e com isso eu lembrei do meu filhote, começando a ficar agitado.

- meu filho! Eu preciso de uma ambulância! ~ eu gritava com uma mão na barriga e a outra me ajudando a ficar em pé ~ senhor eu estava grávido de pouco mais de um mês, eu preciso saber como está o meu filhote!
~ falei já nervoso e chorando mais uma vez, com isso ele se aproximou e me abraçou com cuidado.

- soldado Jung! ~ gritou o outro que estava voltando da sala e da ronda que ele fazia pela casa ~ chamou uma ambulância? ~ perguntou sério.

- sim senhor, chega em cinco minutos ~ disse firme.

Então o policial virou pra mim e me olhou nos olhos, em seguida pra minha barriga não aparente.

- o filho é dele? ~ me perguntou e eu assenti ~ e mesmo assim ele te agrediu? ~ assenti de novo sentindo ele segurando minha mão e então comecei a chorar mais alto, aí eu ouvi a voz do tae.

- Minnie? A ambulância chegou! ~ ele disse vindo até mim ~ céus ele fez pior que da última vez... ~ disse e eu senti o olhar do policial sobre mim de novo, como se estivesse preocupado~ vem, eu vou te acompanhar Minnie...

Disse e eu vi os paramédicos vindo até mim e me colocando com cuidado na cama, eu só sabia falar do meu filho e como eu estava muito nervoso, me colocaram pra dormir, mas a última coisa que eu escutei foi o policial falando que também me acompanharia até o hospital pra ver como eu estava.

Continua...