Emma coçou seus olhos e em seguida os abriu, entediada. Não tinha algo que ela detestasse mais do que ser acordada, e seu pai era um especialista no assunto. Olhou a figura masculina, que abria as cortinas de seu quarto, em seguida bocejou e voltou a se cobrir, sem muita paciência.
— Emma! — Oliver gritou pela vigésima vez, enquanto descobria a filha.
— Mais cinco minutos papai — a menina disse afogando a cabeça no travesseiro.
— Você diz isso há mais de vinte minutos — rolou os olhos, tirando por fim o edredom da cama.
— Para Oliver — choramingou, se levantando emburrada.
— Oliver não — ele ralhou contrariado. — Eu sou seu pai... Por mais que não pareça tanto assim, eu sou — olhando-a tirar a calcinha do bumbum, enquanto caminhava em direção ao banheiro. — Vou esperar você lá embaixo — se retirando.
— Que mala — Emma disse apertando o creme dental na escova.
Oliver MacMillan desceu, cumprimentou a mãe e sentou-se à mesa, Sarah MacMillan morava com eles desde que Emma tinha quatro anos, tempo em que ela se separou do ex-marido, Bob. Sua mãe era peça fundamental na criação de Emma e ele seria eternamente grato a ela pela ajuda que lhe dava.
O homem estava em uma ótima fase de sua vida, estava no auge de seu sucesso como empresário, sua agência publicitária estava no topo. Sua vida amorosa também não ficava para trás, estava sempre rodeado de belas mulheres, para o desespero e chateação de sua filha, que não queria dividi-lo com ninguém.
Até certo ponto ele entendia Emma, desde os dois meses ela tinha apenas a ele, não que fosse órfã, ou melhor, se ela era órfã nem ele mesmo sabia. Sophia, a mãe da menina, sumiu do mapa de um dia para outro e nunca mais se soube nada dela, procurou por incessantes seis meses e nem sinal da garota. Sophia era um pouco problemática, mas ele tinha que admitir que nunca conseguiu esquecê-la e vivia sonhando com aquela mulher, fora a primeira de sua vida e seria eternamente o seu grande amor. Imaginava como ela estaria depois de tanto tempo.
Com a falta da mãe, Emma se tornara uma criança carente, mimada ao extremo e completamente apaixonada pelo pai. Coisa que o deixava muito satisfeito, afinal, com seus vinte e nove anos o que mais ele podia querer? Novo demais, certo? Digamos que ele abriu sua fábrica um pouquinho cedo, com quinze anos já era pai, e o pior: pai solteiro!
— Bom dia família — Oliver saiu de seus pensamentos ao ouvir a voz de Emma, que chegou com sua mochila e os fones de ouvido no pescoço. — Vovó — abraçou Sarah, que sorriu.
— Bom dia querida — Sarah sorriu. — Vovó já serviu você!
— Valeu vó.
— Já passou o mau humor matinal filha? — Oliver perguntou, tomando um gole de cappuccino.
— Um pouco — ela suspirou enquanto a empregada colocava um bolo na mesa. — Papai me deixa ficar em casa hoje — pediu com um bico.
— E porque você quer ficar em casa, Emma? — suspirando.
— Porque sim, todo dia eu tenho que ir para essa escola idiota — chorosa. — Eu estou com muito sono.
— Você irá mesmo assim — disse sem olhá-la.
— Mas papai...
— Mas nada, e vamos logo que você já está atrasada — a olhou por fim.
— Saco — bufou e voltou a tomar seu café.
Logo os dois estavam a caminho do colégio. Emma ouvia músicas em seu Ipod e Oliver falava ao celular. Segundos depois ele desliga e chama a atenção dela.
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Nossa Filha Mimada [DEGUSTAÇÃO]
Humor+16 | Sophia e Oliver se conheceram no colégio e logo engataram um namorinho adolescente, se apaixonaram e por fim os dois decidiram dar o segundo passo da relação. Ela engravidou com quatorze anos de idade, já que o seu parceiro, um inexperiente de...