Dia 1
O inspetor Glit olhava preucupado pela janela de seu carro, aquela era uma situação onde ele não via nenhuma saída.
Chegara cedo no trabalho e na pressa esqueceu seu guarda-chuva, e ela não dava sinal de que iria parar por agora. Com o carro estacionado em frente ao prédio de investigação ele procurava um meio de se molhar o mínimo possível.
- Merda, e agora.
Falou com a voz meio rouca, coçava a barba mal feita enquanto procura uma solução, logo lembrou de uma pasta antiga que ele guardava em baixo do banco do passageiro, a pegou e olhou rapidamente para ver se tinha algo que não pudesse ser molhado. Apenas umas pastas antigas uma varinha magi e alguns selos que ele já não usava mais, tudo da época dos estudos.
Após entrar no prédio usando a pasta para minimizar os estranhos em seu terno foi direto a sua mesa, ao chegar lá viu um lembrete que ele mesmo havia posto ali.
"Reunião hoje às 8:00"
Olhou no relógio que trazia no pulso, 8:01, pulou da cadeira ao menso tempo que solava um sermão nele mesmo.
- Seu merda,como foi se esquecer da reunião hoje.
Dizia enquanto ia a passos apresados até a sala do chefe, no caminho trombou em alguém, provavelmente um de seus companheiros.
- Perdão.
Disse ele ao menso tempo que o outro.
Logo estava de frente para a porta de madeira maciça com uma placa dourada pendurada, nela estava escrito em letras grandes"Sargento Magi". Deu três batidas rápidas.
- Entre.
Falou uma voz grossa vinda de dentro.
- Queria me ver senhor ?
Sentado a sua frente em uma cadeira de couro estava o sargento, o corpo grande era resultado de sua genética grande com muitas horas de musculação, o suspensório que estava presso a sua calça parecia estar prestes a arrebentar assim como a blusa de botão.
- Sim queira sim, sente-se.
Disse ele olhando para o relógio na parede e fazendo uma cara de decepção.
- Senhor eu sei que estou atrasado, mas a chuva me prendeu no trânsito, e meu guarda-chuva não estava no carro e ...
- Glit, Glit calma meu rapaz, eu sei que você sempre se atrassa, a juventude faz o tempo passar tão rápido que nem notamos.
Ele faz uma pequena pausa e com as grandes mãos pega delicadamente um álbum na estante atrás dele.
- Reconhece ele ?
Diz apontando para um rapaz jovem, no seu pescoço o típico colar de detetive se destacava em sua blusa toda branca, na legenda podia se ler " academia de polícia Magi - 1998.
- Sim, é meu pai logo após forma na academia, se não me engano nessa foto ele estava pronto pro seu primeiro caso.
- Justamente, e sabe quem é aquele lá atrás ?
Olhando novamente para a foto viu outro jovem bem grande também com o colar de detetive, ele examinava algo no chão com suas mãos grandes.
- Mas, esse é...
- Sou eu, éramos uma dupla e tanto, ele era muito ativo, sempre pronto para a ação, quando ele ganhava um caso novo mergulhava de cabeça nele, já eu era os "pés no chão dele".
Glit não entendia mais nada, porquê ele estava mostrando aquilo para ele justo agora.
- Senhor...
- Afff.
Ele solta um suspiro longo enquanto olha novamente o relógio. 8:15.
- Vice seria apresentado ao seu novo parceiro hoje, porém tenho ter encontrado alguém que se atrasa mais que você.
Nesse momento três batidas foram ouvidas na porta.
- Entre.
Nada, alguns segundos de silêncio e novamente mais três batidas.
Com um sinal de cabeça pediu para que Glit abrisse a porta.
Quando ele se levantou um vulto saiu de sua sombra reckando de repente um sujeito. sentado na janela do outro lado da pequena sala.
- Desculpe a demora senhores, eu não queria atrapalhar a conversa.
Glit por puro instinto puxou sua arma e apontou para o invasor.
- Como entrou aqui ?
- Ora pois, com magia é claro.
Ele vestia uma sobretudo preto que escondia boa parte de seu corpo,um cartola bem preservada, e luvas brancas que faziam contraste com o conjunto mas combinava com a máscara, que trazia apenas dois buracos para os olhos e um sorriso que incomodava Glit.
- Calma rapazes, não há necessidade disso.
Falou o sargento enquanto levantava ambas as mãos uma para cada um deles.
Se acalmando permaneceran em silêncio enquanto a voz do sargento era ouvida.
- A parti de hoje vocês são parceiros, Glit lhe apresento M, especialista em magis e por acaso um Magi também, M lhe apresento Glit , um dia melhores detetive maga que temos, formando com honra na academia.
- Prazer.
Disse M estendendo a mão com a luva.
- Mas senhor ele não é nem um detetive, como posso confiar nele em campo ?
Antes que o sargento falasse M lhe fez uma pergunta.
- Você, está de frente com um Magi, ele usa uma jaqueta do capuz e você não vê a boca dele, logo começa a ouvir esse encanto,o sanhor tos rios batro fikua a totos akuala kua ma asolam, o que você faz ?
Ele falava e gesticulava muito sempre encarando ele.
- Eu tentaria imobilizar ele, já que enquanto recita o encanto ele está vuneravel.
Ele da dois passo para trás enquanto solta uma risada claramente forçada.
- E assim você acabaria com um detetive petrificado e um Magi ainda solto.
- O que ?
- Era um encanto de pedrificação, e todos sabemos que um encanto precisa apenas ser falado em voz alta para surti efeito, a menso que você o cale de imediato você será atingido.
- Mas magis com poder suficiente para usar tal encanto é difícil de encontrar.
- E quando você o encontar saberá o que fazer, graças a mim não tem de que.
Totalmente confuso e com raiva daquela situação olhou para o sargento que apenas levantou os ombros.
- Muito bem vamos ao trabalho.
Disse ele saindo pela porta com aquele sorriso estampado na máscara.
- Boa sorte Glit.Assim que saiu da sala do sargento Glit foi seguindo M até o saguão principal, onde finalmente conseguiu interceptar ele.
— Oi, será que você poderia me esperar ?
Disse pegando em seu ombro por trás dele, porém assim que tocou no sobretudo ele caiu vazio no chão. Assutado pego a peça de roupa com cuidado e começou a analisar e procurar por seu novo parceiro.
— Então, o que você quer ?
Disse ele que estava bem atrás de Glit com os braços cruzados e sem o sobretudo, mas com uma roupa que chamou a atenção do detetive. Uma camisa branca de botão meio amarrotada junto com um colete de uma tonalidade azul, peça geralmente usada junto com terno, e uma gravata preta, ele tinha até que bom gosto.
— Podemos conversar um pouco ?
— Que tal fazermos isso enquanto vamos até o local do crime ?
Disse ele pegando seu sobretudo de novo e indo até a porta.
— Mas ainda não tem nenhum crime para...
— Caso de assasinato com peça Magi, solicita investigação.
Gritou um jovem que descia as escada apresado, em sua mão o papel com os detalhes.
— Vamos ?
Perguntou M abrindo a porta e fazendo sinal para que ele passa-se, como um mordomo.
Resmungando algo em voz baixa aceitou a mordomia do companheiro e foi em direção ao carro.
Ja dentro do carro da firma Glit notou que que M estava impaciente, ficava toda hora mexendo no vidro, ou então balançando as mãos.
— Você está bem ?
Perguntou por fim.
— Estou sim, só animado com meu primeiro caso.
— Por que decidiu se torna um detetive Magi ?
— Eu sei o que você quer fazer, obter informações para depois ter um norte na hora de investigar sobre meu passado...
Antes que Glit pudesse falar mais alguma coisa M continuou.
— Você não vai achar muita coisa, eu tecnicamente morri aos dez anos...
Aquilo não fazia o menor sentido, mas ele teria que guardar as perguntas para mais tarde pois eles haviam chegado ao local do crime.Assim que chegaram viram uma grande multidão parada em frente a um dos prédios mais altos da cidade, ao passarem pela multidão e pela fita de isolamento da policial se indentificaram para um dia guardas e foram até o chefa no local.
— Detetives.
— Capitão, o que temos aqui ?
O capitão da policial era um rapaz bem jovem, Glit o conhecia já ha algum tempo, ele era inocente as vezes porme muito competente e esforçado.
— Um suspeito entrou no saguão principal com uma varinha em mãos já no meio de um feitiço, depois mirou e matou um dia empregados daqui, Jorge Anto, pelo visto era por causa de dinheiro de jogatinas.
— Ele era viciado em jogo com apostas?
— É o que me contaram.
Enquanto conversavam M olhava ao seu redor com as mãos no bolso do sobretudo analisando cada detalhe.
— Glit, posso saber o que esse fantasiado está fazendo com você ?
— Meu novo parceiro, ordens do sargento.
Disse indo em direção ao corpo que ainda estava no mesmo local apenas coberto com um pano branco para não chamar mais curiosos.
Tirando um pouco o pano viu um corpo todo carbonizado, comprovando magia elemental.
— M vamos, parece que não tem mais o que fazer aqui.
M olhava para a entrada e depois para o corpo de maneira que chamou a atenção de Glit.
— O que foi ?
Disse se aproximando.
— Veja o local que o corpo está, o local da entrada.
— Sim, e daí ?
— Viu que está na diagonal ?
— Vi, má e daí, ele pode ter entrado se virado e atirado.
Explicou ele.
— Sim, isso faria sentido se ele não tivesse atirado reto !
E como você sabe que ele atirou reto ?
Apontando para um detalhe logo atrás deles M revelou um pequeno sinal de queimado no chão polido do saguão.
— Cinzas, do feitiço de carbonização, esse feitiço só solta cinzas quando toca em algo.
— Isso quer dizer que ele atirou em outra coisa...
— E essa coisa desviou o ataque para o nosso pobre coitado.
Olhando para os lados botava que aquele caso estava ficando um pouco Interresante, então chamando o capitão novamente fez algumas perguntas a ele.
— Capitão, quantas pessoa viram o ataque ?
— Não muitas, foi em um horário não muito movimentado aqui, as poucas que estavam não prestaram atenção nos fatos.
— Entendo, você tem uma lista das pessoas que estavam aqui, que deram testemunha ?
— Tenho sim.
Disse ele pegando um bloco de notas e folheando ele.
— Glit !
Chamou M apontando para uma câmera escondida na parede que pegava todo o saguão.
— Onde é a sala de vídeo ?
Disse indo até o balcão e perguntando para uma das atendentes.
— Por aqui.
Disse ela os guiando pelos corredores da empresa, o tapete vermelho que cobria todo os corredores abafava os sons dias sapatos e tamancos que andavam apresado até a pequena sala no final dele.
Quando a final abriram a porta se depararam com todo o equipamento de filmagem quebrado e nenhuma pista visível de quem havia feito aquilo.
— Da para recuperar as filmagens ?
Perguntou M.
— Duvido muito, o HD está acabado.
— Por que um Magi que domina o magia de carbonização quebraria o equipamento de filmagem sem usar magia ?
— Boa pergunta.
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Departamento Anti Magi
FantasyKabital, uma das primeiras cidades a aceitar magis como cidadãos,durante muitos anos magis e não magis estiveram em pé de guerra, enquanto um lado alegavam ser a raça suprema o outro lado falava que eles eram os demônios do apocalipse. Após anos de...