Confissão

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Depois de conversar com seu senpai, Tobio já sabia o que faria. Nishinoya lhe garantiu que daria certo e que os dois estariam sozinhos na quadra para a limpeza.

Quando a prática foi finalizada, Daichi entregou a chave para Asahi limpar tudo e fechar, e essa era a oportunidade perfeita.

— Asahi-san! — Yuu chamou, o puxando para o lado. — Preciso de um favor!

Quem os conhecia, sabia, Azumane não negava praticamente nada a Nishinoya. E quando o mais baixo pediu para o mais velho chamar Kageyama e Hinata para juntarem as bolas, enquanto ele e Asahi limpavam o chão, o mais velho aceitou praticamente sem questionar.

Yuu puxou Asahi para a porta da quadra, com a desculpa de lhe mostrar algo interessante que só se podia ver na luz do Sol poente; mas não sem antes dar um joinha para Tobio que já estava ansioso com uma bola nas mãos.

— Boke... — chamou, enquanto brincava com a bola. — pensa rápido!

Todavia, Shoyou não pensou rápido. Seu rosto foi acertado precisamente com a bola, e ele ficou irritado e já foi para cima de Kageyama para brigar.

— Você tá maluco, Baka-keyama? — reclamou, com o rosto vermelho.

— Porque você tem que ser tão idiota, Hinata-boke!

— Você que é um idiota! Jogou uma bola na minha cara!

— Por que você tem que ser tão lerdo e não pode pegar com a mão?!

— Porque eu não vi que você estava jogando!

— Mas eu disse para pensar rápido!

— MAS EU NÃO PENSEI! — retorquiu, bravo — Por que você jogou a bola no meu rosto?

— EU ESTOU TENTANDO TE CHAMAR PARA SAIR! — respondeu, afoito e irritado.

Um silêncio tomou conta da quadra. Hinata corado e sem entender nada, Kageyama irritado por sua paixonite não entender nada; de quebra havia Yuu e Asahi que assistiam tudo da porta.

— Asahi-san, vou te comprar um picolé hoje! — comentou, casualmente.

— Nishinoya, eu nem vou perguntar nada sobre aquilo. — balançando a cabeça negativamente, puxou o outro para saírem dali e dar privacidade para os dois pombinhos.

Kageyama ainda encarava Hinata, sem saber ao certo como continuar. Por que mesmo ele havia dado ouvidos a Nishinoya?

— Você... você ia me chamar para sair? — Shouyou perguntou, baixinho.

— Sim... olha a bola que joguei para você.

O ruivo fez o que foi pedido, foi só então que notou uma frase escrita na bola "Gosto de você". Se o menino já estava corado antes, nesse momento o rubor tomou todo seu rosto e descia pelo pescoço.

— V-você gosta de mim? — indagou, desacreditado.

— É o que estou dizendo, boke. — respondeu em tom baixo, se aproximando devagar. — Você... você aceita meus sentimentos?

Tobio parou de respirar, sentiu seu estômago revirar em ansiedade. Era agora ou nunca. O suor descia por sua têmpora, e quanto mais Hinata corava e ficava em silêncio, mais nervoso ele estava.

— A-aceito. — sussurrou, envergonhado.

A primeira paixão é sempre desesperadora.

Tobio apostou em se confessar, mesmo sabendo que havia a possibilidade de não ser correspondido. Mas ali estava ele, diante de sua paixão que não só correspondia, mas também iria sair com ele no fim de semana.

A primeira paixão é sempre desesperadora, mas Tobio tinha um sorriso doce e envergonhado quando Shouyou segurou sua mão na volta para casa àquela noite. 



Notas do autor:
O próximo será um pequeno bônus e fimmmm ♥

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