Estar naquela situação era extremamente doloroso. Ele tinha que se acostumar que nunca teriam nada, era uma história inventada e apenas isso. Teria que superar. Todos diziam que deveria superar, então por qual motivo era tão difícil?
Tinha sido apaixonado por ela por anos, mas deveria seguir em frente e nada melhor do que testar o rapaz. No caso, vendo se ele conseguiria ficar no mesmo cômodo que ela. O que de fato, era uma missão impossível.
A presença dela ainda doía, estar perto era extremamente doloroso. Estar perto, mas não poder nem sequer tocá-la. Esse sempre tinha sido o medo do Potter e estava de fato se realizando. Céus, que pesadelo.
Eram tempos difíceis e ele não poderia negar, ou era o que seu melhor amigo dizia. "Você passou muito tempo apaixonado, James. Desiste e siga sua vida e talvez depois vocês fiquem juntos, deixe com que as estrelas decidam."
E era isso que ele tinha decidido fazer, ele esperaria pelo julgamento das estrelas, do universo. O que quer com que eles decidissem, Potter ouviria com atenção. Tinha aprendido com Sirius que ouvir o céu era sempre uma boa decisão, eles te ouviam - às vezes - e te respondiam -- às vezes também.
Mas o que não poderia se negar, era a dor que tinha lhe sido permitida e ele tinha, quase que, uma certeza absoluta de que era por causa de seu nome - ainda não superado - ou pela a história que ele tinha imaginado viver.
"Sua história com ela pode ser tipo aqueles ouros falsos. Pensamos que temos algo de valor, mas na verdade era apenas uma mentira. Uma mentira boa." Tinha escutado aquilo de seu colega de fraternidade e um dos seus melhores amigos, Peter Pettigrew, que muitas vezes não prestava atenção no que acontecia na vida amorosa de seus amigos.
Teria sido divertido, ele não tinha dúvidas disso. Se ela fosse a única, teria sido divertido. Mas ela não era.
Poderia ser a que tinha feito uma marca mais profunda, mas não era a única.
E a vendo do outro lado da mesa, com o mesmo sorriso grande e brilhante, com os cabelos bagunçados, os olhos em um verde mais escuros que o normal. Vendo que ela estava, sim, feliz e vivendo a vida de sua forma, isso deixava James com o coração quente e feliz por ela.
"Amor muitas vezes pode ser cruel, James. E ele existe de várias formas. Às vezes a gente quer muito que algo funcione, mas amar alguém também é deixar a pessoa ir embora e você deixou." Remus Lupin foi o responsável por lhe abrir os olhos e ver que o que tinha feito foi por amor.
"Ela ainda é uma mutante." Ele pensou consigo mesmo, antes de esquecê-la e manter-se focado nos seus amigos e no que Sirius dizia sobre sua mãe, prima e algo envolvendo fogo.
. . .
"Se fossemos estranhos novamente, o que você faria de diferente?"
Se você tivesse a oportunidade de conhecer uma pessoa novamente, onde você desejaria conhecê-la? Um parque, uma cafeteria, um cinema ou talvez um restaurante.
Certamente escolher uma festa era a decisão errada para se conhecer alguém, era a decisão que não deveria de forma alguma ser tomada. Mas isso não servia para Evans e Potter.
Ela se sentia no controle de conhecer uma pessoa nova a cada festa nova que ia, e ela amava esse controle. Ele já era motivado e seguia cegamente seus amigos, e por isso foi naquela festa patrocinada pelos irmãos Carrow. E essa era sem dúvidas a intervenção que o universo estava fazendo.
Fazendo com que eles se conhecessem.
As estrelas não gostariam de levar todo o crédito - além de que muitos poderiam não reconhecer o seu trabalho - e foi por isso que terceirizou o seu trabalho. Fazendo de que Sirius pedisse para que seu melhor amigo fosse a cozinha pegar algo para eles beberem e Alice tinha ouvido Lily dizer que estava com sede e iria atrás das bebidas.
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GIRLFRIEND
FanfictionEstar com ela fazia com que o mundo se alinhasse e mesmo com dificuldades. Poderia ser uma grande mentira a se viver, mas uma na qual James Potter estava disposto a viver por Lily Evans.