Em busca do assassino

Perguntas...

"Quem é o assassino?", "Quem será o próximo?"
Duas perguntas que pairam sem parar na mente e boca dos cidadãos da cidade, agora julgada, estranha. A jovem moça não fora a primeira a ser assassinada, sem sentido, e para muitas mentes pessimistas e realistas, não será a última.
Uma triste, mais realista, realidade.
{•••}
Seu momento de já está em casa, se passou a 45 minutos atrás. Seus passos são apressados para chegar logo em sua residência, tinha em mente que seus pais irão a matar por esta tão atrasada para o aniversário de oitenta e dois anos de sua bisavô, mais não foi por querer, não tinha culpa alguma se o trânsito estava parado e o ônibus que pegou, nele estava. 
Ao curvar o beco que corta seu percurso para chegar mais rápido, um grito saiu de sua boca rosada, pelo batom horas atrás passado. A loira de olhos verdes, não sabia o que fazer naquele exato momento, nunca tinha dado de cara com tal acontecimento e para piorar, estava paralisada por ver tanto sangue. Mesmo depois de tempos, Carolina ainda sente um forte medo por sangue, o que não ajuda muito no prosseguimento de sua carreira, vulgo ser médica cirurgiã. 
Sua mão trêmula segura firmemente, com dificuldades, seu celular, já sua voz busca um nexo enquanto tenta se concentrar a parar de chorar, para poder explicar com detalhes ao policial o que está acontecendo. Não demorou muito para a equipe específica chegar ao local do crime. Junto com ela, a morena que a momentos atrás, discutia histericamente com seu chefe. 
{•••}
Instituto de Criminalística.
r, R. Pedro I, 28 - Centro - RJ/RJ.
Domingo - 07:59pm.
Horas atrás…
A raiva já tomava conta da morena. Ela queria o caso para si, mais por motivos não ditos por seu chefe, ele não a estava permitindo. Ela queria explodir, já pedirá mais de dez vezes, mais todas as respostas foram as mesmas. 
Respirou fundo e tentou perguntar novamente, só que desta vez em um tom mais baixo e educada, ou pelo menos é o que queria ter feito. 
— EU QUERO ESSE CASO! — Sua voz esbanjou autoridade e nervosismo, seu tom aumentou em um nível desrespeitoso ao pensar do seu chefe, que acabou cedendo, pois, tinha mais coisas a fazer do que discutir com sua agente, que querendo ou não, era a mais apta e qualificada para esse caso. Saindo de lá satisfeita, Bella Johnson se dirigiu a cena do crime, juntamente com o restante da equipe. 
{•••}
Cena do crime - Giovanni de Macedo.
Beco - almirante cochrane.
Domingo - 08:19pm.
Minutos depois
A noite esfriou bastante, mais isso não atrapalhou o serviço dos, que ali estam dando tudo de si para encontrar nem que seja, um fio de cabelo do assassino. O estalo feito quanto a luva colidiu no início de seu pulso, indicou que a jovem perita estava pronta para começar seu trabalho. 
Mexendo com cuidado na bolsa da jovem, agora sem vida, Bella está a procura de algo a qual irá indicar quem é a, tragicamente, morta. 
Analisando com cuidado, tudo que passava aos olhos da morena, era anotado em sua pequena caderneta de mão. Precisava coletar o máximo de informações possíveis para passar ao seu instituto, que irá analisar e responder às diversas perguntas. 
Uma pontada de dó, ressaltou em seu coração. "Tão jovem, pena que teve um fim tão trágico"- Pensou parando ao lado do seu amigo de trabalho Lucas, um fotógrafo criminalístico. 
O silêncio reinou entre os dois, enquanto ambos olhavam os outros policiais fazerem o restante do trabalho. 
— Ela não irá demorar aparecer — o homem de aparência jovem, mas que carrega trinta e cinco anos nas costas, decide quebra o silêncio, causando uma dúvida na mesma referente a frase a pouco dita, mais que preferiu  ignora quando finalmente o carro chegou para buscar o corpo da jovem. 
{•••}
Instituto Médico Legal.
Av. Francisco Bicalho, 300 - centro - RJ/RJ.
Domingo - 04:21am 
Horas depois...
Após o reconhecimento da família, o corpo foi identificado com um número que remete a documentos como o RG e o Boletim de Ocorrência. Tudo que fora encontrado junto ao seu corpo, foi mandado para o instituto de criminalística, da polícia científica.
O primeiro passo que aconteceu com o corpo, foi ir para a sala de necropsia, onde foi feito um exame com análise externa do corpo. Jason, médico responsável junto do seu auxiliar João, começam a procurar por furos de bala, lesões e até sinais que podem identificar o morto. Todos os detalhes são anotados, pois, farão parte do documento emitido pelo IML. O próximo passo foi o exame interno, pela abertura das cavidades do cadáver e pelo exame minucioso de suas vísceras.
 Os órgãos agredidos que podem ajudar na descoberta da causa da morte são retirados e examinados. É feita tanto uma análise geral quanto microscópica e os resultados são combinados no relatório final. Depois dos órgãos do tórax, o médico corta o couro cabeludo de uma orelha a outra para remover o cérebro. Ao final da análise, os órgãos são inseridos e o corpo é fechado.
O processo inteiro, da chegada à liberação do corpo, durou de quatro a cinco horas. A necropsia levou duas horas. Ao fim do exame, A Perita Bella, pegou a declaração de óbito, com a identificação e o motivo da morte, emitido pelos mesmos. 
Bella esperou na recepção até que Jason estivesse pronto para poder atendê - la e dar suas devidas explicações e observações.
— O que acha Jason?- já fazia tempos que não via o moreno, talvez cinco a seis anos, ou até mesmo mais. Sua felicidade era grande, queria o encher de pergunta, de como foi todo o seu caminho até que se tornasse quem é hoje - Um dos melhores médicos legista do país - Mais infelizmente estava em horário de trabalho, e as perguntas não eram nada relacionadas ao caminho trabalhoso que tivera. 
— Analisando tudo, o atirador se mostrou alguém bem dotado na área de miragem, ele apresentou uma ótima mira — Olhou as fotos do corpo da garota na ficha — Apesar dos meus conhecimentos com armas não serem os melhores, não foi só uma mera coincidência o tiro certeiro. — finalizou entregando a ficha para Bella. 
— Não é querendo ser pessimista, mais esse caso não será nenhum pouco fácil, nem um pouco mesmo! —
{•••}