Indecisão

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1 mês depois...

Pov's Leon

Estou na rodoviária nesse momento esperando meu ônibus pra ir pra Goiânia ver a Nilce. Depois do nosso primeiro encontro nos aproximamos muito e acho que estamos de fato no caminho pra algo sério. O problema é que nas últimas duas semanas ela está um pouco estranha comigo, nossas ligações passaram a ser mais curtas e ela até pediu pra eu adiar o nosso segundo encontro, já que era pra eu ter ido pra Goiânia na semana passada.

Tentei conversar com ela sobre o que estava acontecendo mas ela sempre me dizia que não era nada e que só estava cansada do trabalho, mas no fundo eu sabia que não era só isso. Espero que indo até lá eu descubra o que ta rolando e possa ajudar, mas confesso que também estou com medo de descobrir que talvez o problema seja eu...

Sou acordado de meus pensamentos quando meu ônibus chega na rodoviária. E lá vamos nós, pra mais 23hrs de viagem. Espero que valha a pena.

No dia seguinte...

Chego na rodoviária de Goiânia, são 22:45 de uma sexta-feira. De longe vejo Nilce me esperando, ela é tão linda. Tudo que eu queria era ir correndo abraçá-la, perguntar se está tudo bem e poder ajudá-la. Queria ver o sorriso que a alguns dias vem me fazendo falta, mesmo que virtualmente.
Cheguei até ela dizendo um "oi" e indo em sua direção para lhe dar um selinho, mas fui pego de surpresa quando ela virou o rosto e eu beijei apenas sua bochecha.

N: Oi Leon - ela diz com um sorriso sem graça.

Droga cara, será que eu fiz algo de errado? Preciso entender o que está acontecendo!

Caminhamos em silêncio até o carro dela, que ela apelida carinhosamente de Jaime, coloco minhas malas no Porta-malas e entramos ambos no carro.
Essa situação está me deixando muito aflito, ela não mandaria eu vir até aqui pra terminar comigo, né? Então resolvo quebrar o silêncio...

L: Nilce?

N: Hm?

L: Você está bem? O que tá acontecendo? Tem dias que você anda agindo estranho e mal nos falamos. Pode confiar em mim pra contar qualquer coisa, ok? Principalmente se for sobre mim.

Ela dá um longo suspiro e rapidamente me lança olhar preocupante.

N: Olha Leon, eu... não sei, ultimamente não sei de mais nada pra ser sincera. De repente tudo a minha volta pareceu perder o sentido, minha vida, meu trabalho principalmente e...

L: Nós?

N: É. Nós também.

Isso não pode ficar assim cara, eu nunca senti por ninguém o que sinto pela Nilce. A melhor parte dos meus dias é esperar pra falar com ela pelo Skype e todas as vezes que nos vemos sinto sentimentos que nem sei nomear. Tentei continuar o assunto mas logo fui interrompido.

N: Deixa pra gente falar sobre isso amanhã, tá bom? Estamos chegando já, está tarde e você deve estar cansado da viagem.

L: É, pode ser.

Chegamos em seu apartamento depois de alguns minutos e como já estava tarde fomos cada um para seu quarto e dormimos.

No dia seguinte...

Abro os olhos e ainda meio sonolento pego meu celular para ver que horas são, 8:37 da manhã. Me levanto, faço minha higiene pessoal e vou até a cozinha procurar a Nilce.
Me assusto ao perceber que ela não estava em casa, mas havia me deixado um bilhete grudado com um ímã na geladeira.

O início de um sonho - LeonilOnde histórias criam vida. Descubra agora