Capítulo 02

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Faz poucos dias que  Álvaro retornou para casa e que mamãe vinha sendo um tanto... Carinhosa e presente.

Eu não gostava de quando ela ficava perto do papai, por que ele deixa ela beijar ele? Por que ela pode ficar o tempo todo grudada nele e eu não? Por que eles vivem dentro do quarto e o papai não me dá atenção durante esses dias?

         — Martina? – escutei uma voz grossa me chamar e ignorei voltando a desenhar até a porta ser aberta. — Eii querida, vamos jantar. – olho pra ele e o ignoro novamente pegando um lápis para colorir.

Senti seu olhar sobre mim e simplesmente fiz o favor de fingir não tê-lo visto aqui, continuei pintando com calma até que ele se abaixa perto de mim.

       — Martina? O que aconteceu? – questiona sério me olhando e bufo.

       — Pode sair daqui, por favor? – digo seca e o mesmo me olha incrédulo sem nem se mover. — O que foi? Sai daqui. – grito chateada empurrando ele de perto de mim.

Vejo ele se levantar e ir em direção a porta, pensei que ele fosse sair até escutar o barulho da porta sendo trancada e me viro vendo ele vir até mim.

O rosto vermelho indicava que ele estava estressado e por um momento temi, rapidamente me levantei e me preparei para correr para fora do quarto quando senti suas mãos me puxando forte.

Grunhi com a dor que senti no braço e o mesmo segura meu rosto forte.

      — Por que está agindo assim Martina? – fico calada evitando olhar em seus olhos. — Me responda droga. – aumenta o tom de voz e começo a espernear tentando me soltar dele.

Sem me conter acabo por ficar batendo nele em uma falha tentativa de me soltar do seu aperto e ele então o mesmo se senta e me puxa pro seu colo me fazendo sentar de frente pra ele.

         — Princesa... Conta o que houve. – pede baixo e o olho querendo chorar. — Lembra da nossa promessa de nunca esconder nada um do outro? – aceno em concordância e começo a chorar.

       — Papai vai embora de novo? – ele nega, provavelmente estranhando minha pergunta e me abraça. — Desde o dia da piscina o senhor não me dá mais atenção... O senhor e a Mamãe só ficam no quarto e... E... – me calo e escondo o rosto em seu pescoço.

      — Me perdoa bebê, prometo não fazer mais isso. – diz acariciando meus cabelos.

Suspiro me aconchegando em seu corpo e dou um beijinho em seu pescoço cheiroso.

        — Promete não me deixar mais sozinha? – pergunto baixo e ele me faz olhar em seus  olhos e assentir. — Te amo papai... – sussurro e ele diz que também me ama em um sussurro me deixando arrepiada.

Ele abre um grande sorriso e isso faz meu coraçãozinho acelerar e me deixar com o rosto quente, já li muitas histórias onde o rapaz beija a mocinha porque se amam... Então, se eu e papai nos amamos isso que dizer que podemos nos beijar, certo?...

Seguro seu rosto com ambas as mãos e me aproximo acanhada vendo ele arregalar os olhos.

       — O que está fazendo princesa? – pergunta baixo e suspiro corada.

       — Me beija? – peço baixinho e ele arfa abrindo e fechando a boca diversas vezes. — Por favor Álvaro, quero que meu primeiro beijo seja com alguém que amo... E eu te amo. – sussurro corada e ele assente.

Pude jurar que seus olhos brilharam quando disse que o amo e isso me deixou um tanto feliz. Observo ele que inicia uma carícia em meu rosto, inclino a cabeça para o lado e ele beija minha testa, arrasta os lábios por meu rosto de maneira lenta e cada vez que ele se aproximava dos meus lábios e desviava meu corpo formigava.

Estou arrepiada com os pequenos beijos que ele planta em meu rosto, meu corpo está quente e embaixo de mim tem algo duro que incomoda me fazendo arfar baixinho até sentir seus lábios sobre os meus.

Fecho os olhos e tento acompanhar seus movimentos lentos e precisos, abraço seu pescoço me acomodando em seu colo e ele então enfia uma mão entre meus cabelos e a outra desce lentamente por meu corpo.

Arfo manhosa entre o beijo e quando ele ia descendo a boca pro meu pescoço escutamos barulhos de passos nos fazendo afastar lentamente e nos olharmos ofegantes.

      — Depois continuamos, ok princesa? – sussurra e assinto animada. — Vamos sair...


Beijo ele rapidamente me afastando com cuidado dele já ansiando por seu toque em mim novamente.

Só Queria Ser AmadaOnde histórias criam vida. Descubra agora