- Capítulo Vinte e Nove -

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Acordo com batidas na porta do meu quarto, resmungo abraçando meu travesseiro e voltando a dormir, de repente a batida fica ainda mais forte, mais que diabos, minha mãe não bate desse jeito. Me levanto tirando algumas pequenas mechas de cabelo do rosto um pouco agressiva, aperto a maçaneta e abro a porta de uma vez.

— Bom dia gatinha. — Vin diz com um sorriso de lado. O... o que? Vin?!

Arregalo os olhos e bato a porta com força trancando-a em seguida. Aí meu Deus eu havia esquecido que marcamos de sair hoje, ele me convidou ontem antes de sair. Mais que merda!

— Não demore muito. — Escuto sua voz mais afastada da porta.

Corro para o banheiro quase tropeçando nos meus pés, depois de tomar banho e fazer minha higiene matinal, eu amarro meu cabelo em um rabo de cavalo, eu queria saber para onde ele vai me levar, odeio surpresas. Termino de vestir uma saia jeans azul, seguida por visto uma camiseta branca lisa, por fim calço meus sapatos e coloco minhas coisas em uma bolsa preta de alça longa.

— Verônica! — Escuto Vin gritar. — Eu quero sair com você enquanto ainda sou novo! — Solto uma risada.

— Já estou descendo. — Digo passando perfume. Esse é o meu primeiro encontro sozinha com um garoto e eu estou animada por isso, então, quero ir perfeita.

— Sério, não estou te vendo na escada. — Sorrio.

Desço as escadas e vejo Vin encostado na parede em frente a escada me esperando, assim que me vê ele abre um sorriso.

— Vamos. — Falo animada, ele agarra minha mão.

— Caramba, você está tão bonita. — Ele me gira e deposita um beijo em minha testa.

— Ah, para eu me visto assim todos os dias. — Digo o guiando para a porta.

— Exatamente, você está linda todos os dias.

Fomos para a varanda e nos encontramos com a minha mãe que estava tomando café com a nossa vizinha, sempre que minha mãe está de folga toda vez elas se reúnem na varanda para tomar café, comer alguns biscoitos e fofocar, gosto da ralação delas, ela ajudou muito minha mãe a superar o divórcio.

— Bom dia filha. — Ela diz ajeitando sua postura na cadeira.

— Bom dia mãe — falo com um sorriso —, bom dia senhora Smith. — Ela sorri me cumprimentando com aceno.

— Bom, temos que ir agora. — Vin diz abrindo a porta do carro para mim.

— Se comportem. — Minha mãe diz se levantando.

— Está bem mãe. — Digo entrando no carro e colocando o cinto.

(...)

Estávamos um bom tempo no carro, Vin estava tão concentrado na estrada a frente que me permitia observa-lo várias vezes se corar as bochechas. Não estamos namorando, estamos... conhecendo um ao outro devagar, sem pressa, eu gosto disso. O dia estava tão bonito, olho para a janela vendo as árvores passarem rápido, abro a janela e coloco apenas minha mão para fora sentido o ar frio e o vento se chocando contra a mesma, faço movimentos de ondas, de repente sinto a mão quente do Vin na minha coxa, olho para o mesmo que continua olhando para a estrada. Eu estava morrendo de curiosidade, já perguntei mil vezes para onde ele estava me levando, mas ele sempre fala para que eu ter paciência.

— Vamos parar aqui para comprar algumas coisas ok? — Ele diz estacionando o carro em frente a um mercadinho.

— Tudo bem. — Falo saindo do carro.

Observo Vin sair do carro e tranca-lo depois de pegar uma mochila no banco de trás.

— Estou curiosa para saber o porquê da mochila. — Falo indo para o seu lado.

Me Ame! - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora