Capítulo 07

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Josh Beauchamp

Um pedaço gigante de laje estava se desprendendo do teto e a puxei para longe fazendo nossos corpos se chocarem contra o chão fazendo com que eu ficasse em cima de Any, muito próximos um do outro. O pedaço de concreto caiu sobre o lugar onde Any se encontrava e se eu não tivesse a tirado de lá nem sei o que podia ter acontecido.

Senti seu coração acelerar e sua respiração ficar pesada.

A biblioteca foi destruída, havia pedaços gigantes de laje no chão e a chuva caia sobre nossos rostos. E havia um grande pedaço de ferro em frente a porta, impedindo de sairmos da biblioteca.

Olhei aqueles olhos castanhos e não consegui decifrar o que se passava naquela cabecinha. Olhei seus lábios rosados e por um instante tive a cogitação de beijá-la mas não era uma hora propícia.

- Você está bem? - Agora foi a vez de eu perguntar. Saí de cima da mesma.

- Acho que sim. - falou se levantando e limpando o rosto. - Obrigada.

- Vem cá, vamos ficar em um lugar seguro. - a puxei e ficamos encolhidos até a chuva passar.

- Estou toda ensopada. - Any disse e começou a rir.

- E eu estou com frio. - falei batendo queixo.

- Não posso fazer nada em relação a isso. - deu um sorriso. - Nossa trabalho já era. - falou triste e mudou de assunto.

- Seu sorriso é bonito. - Ignorei-a.

- Devo agradecer? - Disse sem jeito.

- Não sei. - olhei para a chuva que estava parando. Foram as horas mais loucas da minha vida. - Ainda bem que estamos vivos.

- Acho que um salvou a vida do outro. - deu outro sorriso e falou se encolhendo, devia ser o frio.

- É... definitivamente seu sorriso é lindo. - ela ficou estranha.

- Por que está me elogiando?

- Não posso falar que te acho bonita? - falei logo de cara. Ela ficou vermelha.

- Obrigada mais uma vez. - ela fixou seus olhos em meu abdômen nu por alguns segundos e logo depois desviou o olhar.

- Por que sabia o que fazer a respeito de primeiros socorros? - perguntei intrigado.

- É necessário para viver. - disse simples.

- Certamente. - ficamos calados por alguns minutos, não tinhamos o que conversar e o clima ficou meio pesado.

- Quando vamos sair daqui?

- Espero que logo, isto está doendo para caramba. - fiz uma careta.

- Espera... - ela se levantou e foi até sua mochila que não se molhou tanto e pegou algo de lá. - Toma. - me entregou um remédio.

- Pra que isso?

- Para tomar, é pra dor. - me entregou uma garrafa cor de rosa que provalmente era dela. Sorri.

- Tem nojo de saliva? - perguntei antes de colocar o remédio na boca e tomar a água de sua garrafa. - Por que você é tão precavida?

- Eu tenho enxaqueca então tenho esse remédio na bolsa para qualquer emergência. - murmurei um "hum". Any era até simpática quando queria.

Meu telefone começou a tocar novamente.

- Joshua!... graças a Deus, você está bem?

- Estou dona Úrsula. Só ouve uns probleminhas, nada grave.

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⏰ Última atualização: Oct 24, 2020 ⏰

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