The Door With Light - Stlijah

Tarde da Noite

Olá, como vão nessa sexta-feira?
Eu vou bem do lado dessa piscina e sorvete :D

Como vocês decidiram, pela votação que fiz, que a oneshot seria Stlijah, está aqui!
Apresento-lhes "The Door With Light", é curta e não tem muitos detalhes.

Ah, antes que perguntem, Elijah aqui será uma pessoa demissexual, ou seja, ele só se relaciona com alguém que possui um vínculo emocional/psico ou de conhecimento.

Esperto que curtam, como sempre :p

Até lá embaixo :)

(3.003 palavras)

*

Com um suspiro, o homem de terno de fina costura repousa suas costas no suporte e larga a quantia de papéis que teve que assinar desde a hora que chegou, somente parando para ir ao banheiro ou durante seu almoço; sequer foi sortudo o suficiente para ter tempo de ir às reuniões chatas dos investidores e do conselho sobre a fusão entre a Mikaelson's e os Labonair, tendo que mandar Niklaus, seu irmão, no lugar.

Ele encara uma última vez os papéis e vira a cadeira, observando a noite reinar sob aquelas construções de cimento e metal, e pensa quanto tempo estava naquele escritório para já estar escuro e com pouca movimentação pelas ruas. Sua mesa fora organizada por si para se ter o máximo de eficiência possível, isso e o TOC que desenvolveu com o estresse, para no dia seguinte não ter tanto trabalho ao procurar documento, e mesmo assim ainda tinha o que fazer. Era desgastante.

O cansaço atingia todas as partes de seu corpo, fazendo-o respirar fundo e expirar instantes depois, tornando mais perceptível seu estado. Estava pior do que pensava. Ele já não tinha toda a energia de quando era mais jovem e conseguia resolver diversos assuntos até altas horas da noite, por vezes até o dia amanhecer. Tudo o que precisava era de sua cama, uma boa noite de sono e, quem sabe, um dia de folga sem nada ligado ao trabalho, pois até nesses dias ficava em seu escritório resolvendo assuntos.

Rebekah havia o alertado diversas vezes em suas visitas periódicas, sempre dizendo o quanto ele ficava preso dentro daquelas paredes de concreto pintadas de branco e que suas correntes eram os incontáveis contratos, além de que aquilo só mudaria quando o mesmo se apaixonasse e colocasse seu trabalho como segundo plano. Como se realmente fosse acontecer. Ele não se lembrava nem a última vez que saiu para se divertir, talvez durante a época da faculdade ou, então, a uns anos atrás, no aniversário de Kol, quando ele deu uma festa em sua casa, como se fosse uma balada.

Sua irmã era uma romântica incurável, dizendo para todos os seus irmãos que o amor era lindo e que todos eles sentiriam o que ela sente por seu marido, Marcel. Kol foi o único que concordou com o que ela disse a vida inteira, mesmo sendo inseguro quanto a isso, e o encontrou em Davina, uma universitária de Biologia. Klaus tinha uma vida devassa e ele era um caso perdido, não tinha tempo para se conectar à alguém e ter o tão sonhado romance de Rebekah para ele.

Levantou-se de sua cadeira de couro e pôs a guardar tudo em seu devido lugar para o dia seguinte. Pegou sua maleta no pé da mesa e saiu da sala, pondo-se a andar em direção ao elevador, na parte destinada ao trabalho dos funcionários. Geralmente ele ia pelo privativo, mas queria andar um pouco, faria bem a suas pernas que ficaram paradas o dia inteiro.

Enquanto caminhava até lá, olhava aos arredores percebendo tudo desligado e sem nenhuma alma viva, deixando óbvio que o horário de turno deles já havia passado e que não estaria mais ninguém ali. No entanto, sua conclusão de que só haveria ele no prédio fora derrubada assim que chegou mais próximo da caixa de metal que o levaria para a garagem.