2- Campus

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Não tardou muito até chegarmos ao campus. Estava-mos as duas muito animadas e ansiosas para conhecermos as nossas duas colegas de quarto. Ficamos no 4º dormitório, no quarto B15. Quando entramos no quarto deparamo-nos com duas raparigas completamente diferentes. Uma tinha um olhar bastante distante, mas ao mesmo tempo terno; usava roupas bastante coloridas e acessórios que chamavam qualquer um á atenção. A outra tinha um olhar mais sério, um olhar que dava a toda a gente receio; usava roupas bastante sensuais e dava para notar que também tinha uma autoestima bastante elevada.

- Olá, o meu nome é Judie. Esta aqui é a minha amiga Bianca.

- Prazer, chamo-me Eleonor. - disse a rapariga cujo olhar era terno

A rapariga que ainda não se tinha apresentado levanta-se e começa a andar na nossa direção.

- Caloiras. Este ano não podia correr melhor. Chamo-me Camila.- repara na minha caixa com livros- Mais uma miúda iludida. Querida nada daquilo que esses livros contam é real. Homens só querem sexo, bebida e vícios. Não querem saber de raparigas que sonham com o seu príncipe encantado que vem a cavalgar no seu cavalo branco- expira- Bem vou apanhar ar. Fica só a dica; não toquem nas minhas coisas.

Quando a porta foi fechada, um silencio exorbitante corrompeu todo o quarto. Olhei para a Judie que mantinha os olhos em direção ao chão. Até que o silencio foi interrompido por Eleonor.

- É Bianca o teu nome não é?- consinto- Meu anjo não ligues ao que ela diz, sempre teve uma vida difícil e talvez seja por isso que é tão direta, e por vezes pode pensar que não magoa os outros. Bem vou vos deixar a sós para que guardem as vossas coisas, estou na cafetaria caso precisem de alguma coisa.

Ia já a sair do quarto quando diz:

- Já agora. Logo a noite o campus vai dar uma festa de boas vindas aos caloiros. Espero ver-vos lá- e saiu do quarto.

Começo a colocar os meus livros nas estantes do meu lado do dormitório e noto que a pessoa mais faladora do mundo não estava a falar.

- Ju, passa-se alguma coisa?

- Sou tua melhor amiga, devia ter-te defendido quando ela te disse aquelas coisas estúpidas. Desculpa Bi. - Diz-me com uma voz cabisbaixa ainda com os olhos em direção ao chão.

- Oh, vá não fiques assim, se o objetivo dela era me atingir não o conseguiu. Asserio Ju, estou bem. Vá, vou fazer uma coisa que te costuma animar. Mas a minha mãe não pode saber.

- Não me digas que é o que estou a pensar- um sorriso sobressai do rosto dela como se fosse um raio de sol.

Consinto com a cabeça- É isso mesmo, queres vir comigo à festa de receção aos caloiros ?

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