O que eu sinto

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POV NICO

Depois que Jason descobriu o meu segredo as coisas andam tensas entre nós. Ele estava com aquela mania irritante de pensar que me compreende.

Agora após determos Gaia, a minha vontade de permanecer naquele navio, enquanto os outros riam na mesa do café da manhã eu me refugiei em meu quarto. Estava me sentindo hoje, muito sozinho e triste, logo que fazia quatro anos da morte de Bianca.

Levantei-me e fui até mo criado mudo, abri a gaveta e peguei um cigarro e uma foto em que eu e ela sorriamos. No dia em que tiraram essa foto tínhamos acabado de chegar ao internato, eu tinha achado durante a viajem pra lá uma carta especial de mitomagia, meu jogo favorito, e Bianca tinha tomado um sorvete enorme, nós dois estávamos muito felizes. Segurei a foto contra o peito sentindo lagrimas acumularem nos meus olhos. Acendi o cigarro, e na escuridão que estava o quarto a única coisa visível era o cigarro acesso. Aprendi a fumar a mais ou menos seis meses, quando estava muito aflito era só acender e deixar que a fumaça entra-se em meus pulmões e me sufocasse um pouco, depois de um tempo isso começou a ficar prazeroso.

Sentei na cama e deixei que todo a magoa que sentia naquele momento escorrer pelos meus olhos, soluçava baixinho para que ninguém viesse me incomodar.

– Ah Bianca eu sinto a sua falta - falei baixinho como uma prece esperando que onde estivesse ela escutasse vindo me consolar.

Bianca foi à única pessoa em que eu confiava, quando ela aceitou se juntar as caçadoras foi como um chute na boca do estomago, nunca imaginei que ela quisesse me deixar isso foi extremamente decepcionante. Enquanto pensava na morte da minha irmã e fumava o meu cigarro tranquilamente, ouvi uma leve batida na porta me assustei e quase cai da cama. Percy entrou no quarto. Ele me observava e meu coração quase saiu pela boca. Traguei mais uma vez, joguei o cigarro no chão apagando-o com o pé. Enquanto ele me observava com seus olhos verdes, eu sentia as lagrimas ainda rolarem pelo meu rosto enquanto alternava meu olhar entre o chão e seu rosto.

O que antes era tristeza agora se tornou frustração. Ele estava tão perto, e eu o amava tanto e não podia se quer toca-lo. Ele se aproximou e sentou ao meu lado

– Fumar não vai resolver o problema Nico – disse ele baixinho

– Isso não é da sua conta Jackson! – respondi secamente

– Quatro anos – ele fez uma pausa – Também sinto falta dela Nico

– Você não entende Jackson, pare de falar que compreende porque você nunca perdeu ninguém que representava alguma coisa pra você – respondi em um tom rude.

– Desculpe – disse ele se retratando, sua mão foi até a minha perna e pude imaginar milhares de coisas um tanto que pervertidas passando pela minha mente, mais ele simplesmente fez uma caricia e disse – O pessoal vai fazer uma cantoria no convés, só achei que seria bom pra você sair desse quarto, conversar um pouco.

– Ok – foi à única coisa que consegui dizer

Ele se levantou para sair do quarto e quando estava na porta virou para mim e disse

– Eu também a amava Nico!

Qualquer coisa por amorOnde histórias criam vida. Descubra agora