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point of view Noah

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point of view Noah

Minhas pernas estão balançando na beirada. O fundo da garrafa é meu único amigo, acho que vou cortar meus pulsos de novo. O estômago cheio de remédios não funcionou novamente. Vou por uma bala na minha cabeça e vou ir.

Estou sentado na beira com os meus dois melhores amigos, alguns medicamentos e uma garrafa de gin. Estou no vigésimo andar, exatamente, eu estou no topo. Acabei de arremessar essa garrafa lá embaixo e agora ela está me puxando. 

"O asfalto nunca me pareceu tão macio."

Escrevi na carta que deixei pra minha mãe, não poderia deixá-la sem explicações.

Aposto que ela já encontrou a mesma e agora está chamando a polícia.

Tenho que aproveitar essa oportunidade antes que eu a perca. Já estou ouvindo as sirenes e elas não estão muito longe. 

Acredite em mim quando eu digo que eu fui persistente, porque eu estou marcado, mais marcado que meu pulso. Estive tentando muito com essa faca cega, Mas ontem à noite eu tenho certeza que afiei duas vezes. 

Nunca comprei um terno em toda a minha vida, mas quando se vai conhecer Deus, você quer parecer bem.

"Então se eu sobreviver, nos vemos amanhã. Sim, eu te verei amanhã."

Escrevi na carta da minha mãe para ela falar para a minha melhor amiga.

 -- Noah! -- Olha que coincidência! Ela está gritando meu nome agora.

point of view S/n

Chego em casa depois do último dia de aula naquele inferno, que também é meu último dia na escola, até nunca mais.

Noah, meu melhor amigo, não foi hoje. Não estranhei essa parte já que nunca vamos nesse dia, mas ele não me avisou nada. Aí tem coisa.

 -- Filha. -- Minha mãe me chama e eu olho pra ela. -- Noah falou comigo ontem de noite e me pediu pra que você fosse para a casa dele depois que chegasse da escola. -- Ok, isso tá muito estranho.

 -- Ok, vou tomar banho e já vou lá. -- Subo as escadas correndo e vou para o meu quarto. 

Jogo a minha mochila no chão e corro pro meu banheiro para tomar banho.

Termino de tomar meu banho e vou até a casa do meu amigo. Chegando lá, vejo duas viaturas da polícia. E tia Wendy chorando com um papel em sua mão. 

 -- Wendy! O que aconteceu? -- Pergunto abraçando ela.

 -- S/n, preciso que você vá com a polícia, eles precisam achar Noah, leia isso e ajude-os, por favor. Não faça por mim, mas por Noah. -- Ela fala e entrega o papel que estava em sua mão e um policial me puxa para dentro da viatura e diz para eu ler a tal carta

"Oi mamãe, tudo bem? Provavelmente não, deve estar se perguntando onde estou já que sumi desde ontem. Mas o motivo é simples. Cansei desta vida, o mundo hoje em dia é difícil de se lidar, pessoas julgam umas as outras sem razão, reclamam, fingem amizades e pior, eu não me aguento. Eu simplesmente não aguento mais a mim mesmo, sempre usei uma máscara que nem eu mesmo enxergava, sou muito grato por ter a senhora na minha vida, que batalhou e que cuidou de mim, aqui está uma carta aberta sobre o porque de eu simplesmente querer me jogar. Diga a S/n que eu amava muito ela, sempre estará no meu coração e que se ela sentir falta é só lembrar disso. Então diga a ela, que se eu sobreviver, nós nos veremos amanhã, sim, eu verei ela amanhã. Sei que no momento você está a minha procura, mas nem tente, ou eu estou em um lugar que só S/n sabe, ou eu acho que já estarei abraçado a vovó, quem sempre cuidou de nós, e que é um dos outros milhares de motivos da minha decisão. Lembra? Que a saudade dói? Pois bem, tente evitar ela. No momento que você está lendo essa carta, eu estou no vigésimo andar, sim eu estou no topo. Você não dizia que eu tinha que enfrentar meus medos? Então, acho que vou começar pelo de altura, termino de enfrentar os outros lá em cima, com Deus. O asfalto nunca me pareceu tão macio, acho que posso adormecer nele.
Com amor, Urrea."

Termino de ler a carta chorando, pensando na frase:

"...eu estou em um lugar que só S/n sabe..."

 -- Ei! -- Chamo o policial que estava dirigindo. -- Edifício Lemonade. -- Ele assente e segue o trajeto até o local que eu disse.

Chegamos no prédio e eu tentei sair do carro mas o mesmo policial que me puxou para dentro da viatura na frente da casa de Noah, me segurou e disse que eu não iria com eles, até que provavelmente uma de suas companheiras chega e diz para o mesmo.

 -- Ei, suba com o resto, ela vai subir comigo. -- O policial assente e sai andando, e a mulher me ajuda a sair do carro e começa a falar novamente. -- Ele é seu melhor amigo, certo? -- Eu assinto. -- Ok, vai nos ajudar a pegá-lo. Não se aproxime muito rápido, ele pode se jogar antes de você o pegar, fale com ele, acalme-o, e depois se aproxime. Entendido? -- Eu assinto novamente e ela segura minha mão, começando a andar em direção ao elevador.

Eu estava suando frio, eu iria ajudar a salvar meu melhor amigo. Um pouco apavorante, talvez. 

Vejo a porta abrir e pronto, estou na cobertura do prédio que venho todo fim de semana com Noah, por isso só eu sei, não sou tão burra em não pensar nesse lugar.

 -- Chame-o agora. -- A mulher sussurra em meu ouvido e vai para o lado dos outros policiais.

 -- Noah! -- Grito e o mesmo olha para trás.

point of view Noah

Olho pra trás após ouvir a mesma gritar meu nome e vejo vários policiais armados atrás da mesma, mas não mirando em mim.

 -- Sabia que mamãe tinha chamado a polícia. -- digo ficando em pé na beirada do prédio.

 -- Noah, não faça isso, tenha certeza, se você fizer isso agora, você vai me ter como companhia amanhã. -- S/n diz e eu olho para a mesma.

 -- Não faria isso por mim. Ninguém faria isso por mim.

 -- Olha que legal, troquei de nome no cartório, agora me chamo ninguém. Agora o senhor poderia me falar o por que de você estar querendo fazer isso?

 -- Quando você dorme, bem, você consegue sonhar, se você não sonha, qual é o sentido da vida, S/n? Me diga, qual é o sentido da vida? -- Falo me alterando e ela continua parada. -- Todo dia, velhos ficam mais velhos e nós não nos importamos, esquecemos que hoje pode ser o último dia do mesmo aqui. Mas quando alguém novo morre, todos nos importamos. -- S/n olhava para o chão enquanto eu gritava. -- O que aconteceu com o pai que jurou ficar? Eu não sei, porque ninguém me disse, agora minha mãe se sente culpada, sim, minha mãe sente dor por conta disso. -- Termino de falar. 

Percebi que sobraram poucos policiais na cobertura onde nós estávamos.

 -- Eu queria poder voar, bem alto lá no céu. -- Começo a falar me acalmando e S/n se aproxima devagar. -- Como um pássaro lá em cima. Oh, eu posso só tentar. -- Continuo falando, mas agora olhando fixamente para a minha melhor amiga que se encontrava parada, em minha frente. -- Eu queria poder voar, bem alto lá no céu. -- Falo novamente, começando a chorar. -- Como um pássaro lá em cima -- S/n estica sua mão para mim, eu a seguro e sento onde até agora, eu estava de pé. -- Oh, eu posso tentar, eu posso só tentar. -- Ela me abraça e eu choro em seu ombro.


shorei escrevendo a

espero que vocês tenham gostado do primeiro imagine k


𝗶𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲𝘀. Onde histórias criam vida. Descubra agora