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“Algo sobre isso que me traz à vida
Sim, eu sei todas as consequências, não me importo
Esta santa redenção nos rasga em dois
Eu não posso virar as costas para você”
Queen of the night – Hey Violet

Algo em seu modo de andar, seu modo de agir estava fazendo duas almas pecadoras naquele local retumbarem no peito, ela caminhava aflita, mordendo os lábios, cerrando o maxilar enquanto sentia olhos atentos lhe observarem

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Algo em seu modo de andar, seu modo de agir estava fazendo duas almas pecadoras naquele local retumbarem no peito, ela caminhava aflita, mordendo os lábios, cerrando o maxilar enquanto sentia olhos atentos lhe observarem.

O corpete lhe apertava o corpo, arrancando ar de seu interior, mal conseguia respirar, o vestido carmesim se estendia e arrastava pelo chão de madeira do gigantesco salão, as mãos cobertas por luvas vermelhas, o cabelo preto preso no alto da cabeça, ela os fitou.

O de olhos verdes e cabelo loiro manifestava um sorriso sacana nos lábios, repleto de malícia e travessura, enquanto o de cabelos pretos possuía um olhar apaziguador e tranquilo, mas sua expressão era séria enquanto analisava a garota.

Ela certamente estava curiosa para saber o porquê daqueles dois não pararem de olhar para ela, estava quase ao ponto de ir lá e perguntar, mas não faria isso, seria indelicado uma dama chegar assim e causar no meio da festa de um dos condes mais influentes da Paris de 1890.

O loiro foi mais rápido, Marinette notou que o moreno havia segurado a mão dele com um olhar de aviso, mas aquele havia ignorado e seguido rumo a garota de vermelho.

Se aproximou vagarosamente, o andar de um felino, assim como seus olhos verdes de gato a analisaram, parou atrás dela, esta tinha noção da presença do rapaz, mas fingiu surpresa quando ele pigarreou:

- Senhorita, me concede uma dança? – ela virou exibindo um sorriso doce forçado para o loiro.

- Seria uma honra – fez uma reverência, seu olhar analisando-o da cabeça aos pés, ele era realmente estranho comparado aos outros cavalheiros, inclusive aquele que o acompanhava.

Notou o colarinho da camisa branca aberto, exibindo meia dúzia de colares, um destes possuía uma cruz de prata na ponta, com detalhes entalhados, era o mais comprido dos demais, a corrente fina de prata cintilava no pescoço exposto, olhou os demais, contas de madeira eram alternadas com Ônix e ametista, havia também um com um pequeno pingente de esmeralda, não, olhou mais de perto, tratava-se de uma turmalina verde, da cor de seus olhos.

Marinette estava encantada com a quantidade de pedras preciosas que adornavam o pescoço, os pulsos cobertos por pulseiras de couro e outras jóias, olhou para a mão estendida analisando o anel que possuía uma safira gigantesca.

- Sabe como é, gosto de pedras e jóias – ele sorriu convencido e Marinette então se pegou olhando para o rosto dele, o maxilar marcado, olhos levemente sombreados na linha d’água, o cabelo caindo bagunçado pela testa e se questionou se ele talvez fosse um pirata, o que significaria que era um tanto perigoso – gosto do seu colar de rubi.

Redenção - LukadrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora