Seoul - 2034, 7:50 da manhã.
"Sentir a brisa da manhã, o aroma fresco das flores, os leves raios de sol, poder ouvir o canto dos pássaros, é uma sensação tão... Libertadora, é tão bom poder sentir isso"
Era oque passava pela cabeça do moreno, modelo-JK.197, Jeon Jungkook, batizado assim por seu mestre, o renomado escritor literário Park Jimin.
Jungkook andava tranquilamente de volta pra casa, levando consigo pães quentinhos e um capuccino simples, pedidos de seu mestre. Oque intrigava os pensamentos do androide é que seu processador lhe permite aprender, compreender e raciocinar inúmeras informações, porém... Há uma única informação que ele não consegue decifrar, uma que o perturba sempre que está próximo de seu mestre Jimin.
O avanço tecnológico pode ter sido revolucionário, mas eles nunca foram capazes de desenvolver sentimentos aos androides, apenas os modelos modernos tem uma certa facilidade à mais em desenvolver a sensação de liberdade, então por quê... - identificação, por favor. - Seus pensamentos foram interrompidos pela voz robótica, exigindo-lhe identificação para entrar na casa, o rapaz estava tão distraído que ele nem havia percebido que já tinha chegado ao seu destino.
O moreno direciona seu olho direito para a câmera ao seu lado, e assim é liberado sua passagem, na enorme mansão que abrigava Park Jimin, um dos maiores escritores da Coreia, reconhecido no mundo todo por suas histórias que envolviam principalmente o romance.
Ao entrar na residência, o moreno houve uma melodia muito agradável, ecoando por todo o local. - Mestre? Estou de volta. - Ele exclama, na esperança de ser respondido por Park.
- Ah, Jungkook! Estou aqui no jardim, venha. - À passos rápidos o moreno chega ao jardim, encontrando lá o seu jovem mestre, que tocava em seu lindo piano branco. - Que bom que não demorou, Jungkook, eu estava sentindo sua falta. - Enuncia, com seu típico tom meigo e sereno.
- Eu trouxe oque me pediu, mestre, pães franceses e um capuccino. - Posiciona tudo em uma mesinha que tinha ali. - Eu irei fritar uns ovos para o senhor, se me der licença. - Quando o maior iria se retirar ele sente uma mão segurando seu antebraço, voltando sua visão à Park, que encarava com preocupação o seu rosto.
- Oque houve com seu rosto? - Jimin passa suavemente seus dedos pelo leve hematoma na bochecha de Jeon.
- Foi apenas uns manifestantes, nada do que se preocupar, senhor. - Responde, sendo direto como de costume. O Park nega com a cabeça, abrindo um sorriso fraco.
- Se eles soubessem o quanto você é doce, eles jamais fariam isso. - Mais uma vez aquela sensação se vê presente, ele não sabia oque era, não tinha nem ideia do que podia ser. Jimin afaga os escuros cabelos de Jeon, deixando o androide sem reação alguma.
- E-Eu vou fritar os ovos, volto em alguns instantes. - Ele se retira, todas aquelas sensações estavam o deixando louco.
Com os ovos já fritos, Jeon retorna para o magnifico jardim, posicionando os ovos à mesa. - É horrível o que está acontecendo na cidade, pensei que Seoul não precisaria se preocupar com os androides rebeldes, mas aparentemente... - Jimin lia as notícias em seu notebook, enquanto tragava um cigarro, que é retirado de seus lábios por Jungkook, que o repreende.
- Você sabe que não deve fumar, mestre.
- E você sabe que não precisa me chamar de mestre, eu já lhe pedi para me chamar de Jimin. - Retruca, deixando o androide mai uma vez sem reação.
- E-Eu fui programado para lhe chamar assim. - Usa o primeiro argumento que lhe vem à cabeça.
- Ha, bobagem. - O park se levanta da cadeira. - Você é um modelo bastante moderno, Jeon, eu sei que você tem a "noção" de liberdade, foi isso oque mais me interessou em você. - Ele mantém seu tom baixo e sereno. Jungkook não conseguia proferir uma palavra sequer, atormentado com a mesma sensação de antes. - Oque está havendo? Sinto em você uma certa angústia. - Ele caminha calmamente para perto do androide, que morde o lábio inferior.
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É possível amar?
FanfictionO ano é 2034. A tecnologia evoluiu e tomou conta de todo o mundo. E com esse avanço tecnológico, criaram-se os androides, que substituíram os humanos na indústria trabalhística, ocasionando em diversas revoltas. O que tem de comum entre um escritor...