Piloto

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Luna vivia em Cancún com seus pais, Mônica e Miguel. Sua vida era simples, mas muito boa. Seus pais eram atenciosos e cuidadosos, pessoas de bom coração e Luna sempre foi uma jovem encantadora e muito animada. 
Até que um trágico dia, Luna recebeu uma ligação da emergência ao chegar da escola: seus pais sofreram um grave acidente de carro e estavam em estado terminal. Pouco tempo depois, ambos faleceram e Luna teve que se mudar para Buenos Aires, onde sua tia Sharon vivia.

POV Luna

Eu sei que já faz alguns meses desde aquele terrível dia, mas ainda sinto a mesma sensação que havia sentido no momento em que atendi aquela ligação. Parece que esse ano passou em segundos e eu ainda não consegui me livrar da dor e angústia que senti naquela tarde de Abril. E finalmente estou a caminho de uma nova jornada, longe dos meus amigos e longe de quem eu um dia amei, espero que isso não seja doloroso, não mais do que já está sendo.

Desembarquei do avião com um olhar perdido, caçando rapidamente com os olhos alguma placa com meu nome e encontrei. Rey, o funcionário de minha tia estava me aguardando com uma cara séria e sem nenhuma espécie de felicidade, o que é bem comum da parte dele.
Ele me levou até a casa da tia Sharon e levou minhas malas enquanto eu era recebida por minha tia e minha prima.

- Tia Sharon! Quanto tempo - Disse a abraçando desajeitadamente
- Luna! - Responde ela, tentando se livrar do meu forte abraço - Vejo que não mudou nada mesmo.
- Ámbar!!! - Digo empolgada largando os braços da tia Sharon e indo abraçá-la - Que saudades, priminha!!
- Calma Luna - diz Ámbar sufocada com meu abraço - Tá muito empolgada, amiga - Diz zombando de mim.
- Faz tempo que não as vejo, senti falta desse ambiente calmo e refinado - Digo admirando a mansão - A decoração ainda é a mesma e o ar de gente almofadinha também.
- Não fale bobagem Luna, sua avó projetou essa casa para ser um lar. Seu lar e lar dos seus futuros filhos. Aqui não é um ambiente intimidador como você faz parecer - Diz Tia Sharon, com calma
- Sim, mamãe, mas essa casa será MINHA e dos MEUS filhos, certo? - Diz Ámbar
- Na verdade não - Diz Sharon, deixando Ámbar confusa - no testamento de sua avó, a casa fica para Lili, e no testamento de Lili a casa fica para sua prima. Como sua avó já se foi e Lili também, a casa é de Luna contanto que ela queira.
- O que??? Peraí, essa casa é todinha minha???? - Falo empolgada.
- Mamãe! A casa é todinha dela????? - Diz Ámbar com ciúme.
- Sim garotas, tecnicamente sim. Cada móvel e poeira presentes nessa casa pertencem á Sol Benson, ou melhor, Luna Valente.
- Isso é incrível! - Respondo, mas logo repenso - Mas, bem, acho que se a Ámbar desejar, eu nem quero tanto assim.
- Não preciso de nenhuma caridade Luna, valeu - Diz Ámbar entrando no quarto e batendo a porta.
- Ela não mudou nada né - Digo me retirando da sala de estar.
- Não, Luna. Não mudou - Diz tia Sharon, de saída.

Na Segunda-feira

Meu primeiro dia na Blake é hoje. Espero que seja tudo perfeito. Já arrumei meu material e minha roupa, agora só falta escovar meus dentes e arrumar meu cabelo, não vou demorar. 

- ME ESPEREM! JÁ TÔ INDO CALMA AÍ ÁMBAR- digo enquanto calço os sapatos e corro para o carro

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- ME ESPEREM! JÁ TÔ INDO CALMA AÍ ÁMBAR- digo enquanto calço os sapatos e corro para o carro.
- Rápido, molenga. Temos 15 minutos! - Grita Ámbar
- CHEGUEI!!!! TO AQUI - Digo ofegante.
- Ufa, né. Vamos Rey. - Diz Ámbar estressada.

Chegando no Blake, conheci Nina, uma doce menina e muito inteligente também, combinamos de almoçar juntas e conversamos antes de entrar para a sala. Até que um esbarrão nos interrompe.

- Ai meu cabelo!! Garoto meu cabelo!!! - Digo, desprendendo um fone de meu cabelo.
- Me desculpa mesmo, foi um acidente - Diz o menino - Você é nova? Eu sou o Matteo.
- Sou sim Matteo, eu sou a Luna - Falo estendendo a mão.
- É um prazer Luna, sinto muito pelo seu cabelo - Ele me responde.
- Tá tão feio assim? Eu tava com pressa - Falo brincando
- Bem, você ficou linda até mesmo com um fone preso no cabelo - Fala Matteo acariciando ninha bochecha
- Obrigada eu acho - Digo tirando a mão dele - Foi um prazer, Matteo.
- Até mais, Luna. - diz se retirando

- Luna? O que foi isso? - Me pergunta Nina.
- Isso o quê? Eu nem entendi o que esse menino veio procurar.
- Amiga ele é o cara mais gato da escola! - Diz Nina - O segundo, depois do Gastón.
- Então essa escola não tem garotos muito bonitos - Digo em tom de deboche
- Bem, isso é o que você pensa. Eu tenho aula agora então te vejo no almoço - Fala Nina fechando seu armário.
- Ok, Nina. Te vejo depois. - Digo indo para minha primeira aula.

Abaixo minha cabeça por um instante para tentar entender as anotações de salas no papel que me entregaram e peço informação pro primeiro aluno que me aparece.

- Com licença, você sabe onde fica a sala da professora Alba de física? - pergunto sem reparar com quem falo.
- Fica no segundo prédio, andar superior, sala 12. - Me responde o aluno.
- Valeu - Olho para o aluno para agradecer - Você de novo?
- Você que me procurou dessa vez, nem reclame. - Diz zombando de mim.
- Tanto faz - Falo saindo.
- Espera aí, Luna - Diz segurando meu braço
- Fala - Respondo
- Você tem planos depois da aula?
- Não tenho, e nem pretendo ter - respondo estressada.
- Por que você se irrita tão facilmente comigo se mal nos conhecemos? Sei que você é nova por aqui, tô tentando te oferecer minha amizade mas você não colabora - Diz ele.
- Tá bom Matteo, mas só um passeio. Não vou nem fazer questão de me arrumar
- Você não precisa, já te disse. Você é linda de todo jeito - Diz ele, se retirando.
 - Ai, Matteo... o que eu faço com você? - sussurro para mim mesma.

 o que eu faço com você? - sussurro para mim mesma

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Continua.

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