Borboletas dançantes em meu estômago

Por favor, me responda: por que todas essas borboletas dançam em meu estômago quando eu penso em ti?

Às vezes tudo o que eu queria era que aquele maldito beijo jamais tivesse acontecido, e outras que ele nunca cessasse.

Maldita seja sua boca, que se encostou na minha e me roubou a sapiência.

Maldito seja você, que, sem que eu me desse conta, roubou meu coração.

Mas também, maldita seja eu, que me deixei levar. Tanto Métis avisou-me sobre isso, e mesmo assim eu a ignorei.

Ah, antes eu a tivesse ouvido.
Antes não tivesse caído em amores por ti.

Talvez isso, esse amor, seja uma punição de Anteros sobre mim, por desdenhar do amor.

— Eu não preciso de amor, só tolos se apaixonam.

E, agora, aqui estou eu. Suspirando feito uma tola pelos cantos, com borboletas dançantes voando em meu estômago e peito.

Okay, Anteros, eu admito, talvez eu tenha merecido isso — só talvez, okay? —, agora, por favor, eu te imploro, faça -o tornar a beijar meus lábios.