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<Catarina>

Estamos deitados na cama, nossos corpos enroscados. O cheiro dele é tão bom. Ele está acariciando minha cabeça e eu gostaria de ver o seu rosto, eu tenho a sensação de que ele está satisfeito. Ele vai passar a noite comigo, mas amanhã de manhã o levarei de volta para o seu hotel. Eu não quero pensar muito nisso porque eu não quero me despedir dele.

Eu abro meus olhos e já é manhã. A luz do sol está entrando pelas frestas da cortina, mas o quarto ainda está escuro. Ele está dormindo ao meu lado, virado para mim. Eu não vi nem quando nem como nós pegamos no sono. Eu não posso evitar e sorrio pelo o que vejo.

Eu me levanto e vou direto para o banheiro, eu estou muito apertada. Eu lavo minhas mãos, meu rosto e escovo os dentes. Eu decido deixá-lo dormir à vontade e então sigo para meu escritório, em vez de voltar para o quarto. Eu coloco um disco para tocar na minha vitrola num volume bem baixinho e ligo meu computador para checar minhas mensagens e e-mails.

Eu estou chegando minha agenda para a próxima semana quando o ouço entrando no escritório. Ele olha ao seu redor, se aproxima e me beija nos lábios. Eu aponto uma cadeira próxima da porta que ele pode usar e ele a arrasta até o meu lado para se sentar.

— Bom dia.

— Bom dia para você também

— Eu acordei sozinho na cama.

— Eu achei melhor te deixar dormir então vim conferir minha caixa de mensagens e minha agenda para a próxima semana l.

— Muitos compromissos?

— Na verdade não. Eu tenho uma consulta amanhã às 11 da manhã e eu vou encontrar alguns amigos na quarta-feira à noite... mas basicamente é isso.

— Boas notícias pra mim, então.

Nós sorrimos um para o outro.

— O que você está ouvindo?

— É uma banda chamada Isis.

— É bem intenso, sombrio.

— Eu concordo com você, é bastante intenso. Não sei se eu diria que é sombrio. Talvez denso? Eu acho muito bonito.

— É desse tipo de música que você gosta? A playslist que você tocou para mim ontem também era bem intensa, mas diferente dessa música de hoje.

— Eu diria que gosto de rock... principalmente punk rock, hardcore e gêneros que gravitam em torno deles.

— Entendo... e como foi que você virou ARMY?

— Eu acho eu precisa do BTS quando vocês entraram no meu radar. As letras são bem escritas, as músicas bem produzidas, os membros são interessantes e os fãs apaixonados. Tudo isso somado resulta em algo bastante auspicioso. Não é por que não é óbvio, que não faz sentido.

— E como eu me tornei o seu bias?

— Eu acho que também não foi uma escolha racional. Eu comecei a tentar aprender os seus nomes e a assistir os vídeos clipes e algumas entrevistas e você começou a chamar a minha atenção. Eu achei que você era um homem bastante bonito e, ao mesmo tempo, fofo. Você dança bem, tem muito estilo e uma pose de malandro atraente, principalmente quando está fazendo seu rap. Sua atitude nas entrevistas e as coisas que você dizia também ajudaram a aumentar o meu interesse por você. Eu achei você inteligente. E eu gostei de como você era sério, mas também bastante engraçado.

— E você disse que não me conhecia.

— Mas eu não te conhecia. Eu não te conheço. Eu estou te conhecendo agora. Tudo isso que eu falei que te tornaram o meu bias são apenas as impressões que tive de você.

Fortuna [ Min Yoongi - Fanfiction | PT-BR ]Onde histórias criam vida. Descubra agora