Capítulo único

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Depois de um péssimo dia de trabalho, tudo que eu precisava era de uma boa dose de Soju pra esfriar a cabeça. Assim que deu meu horário, sai da empresa em que trabalhava rumo ao enorme bar que havia do outro lado da rua, cuja existência eu nunca havia notado até então. Assim que entrei no estabelecimento, notei um grupo de mulheres sentadas em uma das mesas no canto, cochichando e encarando sem parar o barman que naquele momento estava de costas.

Eu precisava de uma bebida, então sem fazer cerimônias, sentei no balcão bem em frente ao barman que ainda estava de costas e coloquei minha bolsa na banqueta ao lado da minha.

- Uma dose de Soju jebal. - pedi, girando a banqueta para olhar melhor o local em que me encontrava.

Até que era um lugar legal, tinha várias mesas, prateleiras com tudo quanto é tipo de bebidas, várias janelas e pelo que parecia tinha até um andar de cima(provavelmente onde ficavam os quartos) e o balcão que eu estava apoiada era de uma madeira escura porém muito bonita. Fui tirada de meu pensamentos por uma voz levemente rouca mas decididamente bonita.

- Aqui está, só tome cuidado porque se embebedar com essa belezinha é facinho. - me virei para encarar o dono daquela voz e quase cai do banquinho com o que vi. Agora eu entendia o que aquelas mulheres tanto olhavam, o Barman era simplesmente o homem mais lindo que eu já tinha visto na minha vida.

Tinha cabelos castanhos e lisos, olhos também castanhos, bochechas levemente coradas e o que mais me chamou a atenção, uma boca em formato de coração que quando sorria mostrava uma fileira de dentes perfeitamente brancos. O homem, que eu só podia ver da cintura pra cima, usava uma camisa meio creme abotoada da metade pra baixo, deixando seu peito levemente definido um pouco a mostra, o que confesso, distraia e muito.

- Gomawo mas...- pisco algumas vezes com a visão, agradecendo pela bebida e pelo aviso. - Me embebedar é exatamente meu objetivo.

- Se não for muita intromissão da minha parte, poderia perguntar porque? - sorriu mais uma vez, apoiando os braços no balcão. Não sei porque mas ao mesmo tempo que eu queria ficar sozinha, tinha algo nele que me fazia querer deitar a cabeça em seu ombro e contar a ele todos os meus problemas. Aquele homem exalava energia boa, ele tinha uma áurea única e não era forçado, era algo dele mesmo.

- Não sei se deveria contar meus problemas para um estranho, mas sinto que posso confiar em você. - tomo um gole do Soju, sorrindo em seguida. - Minhas suposições estão corretas?

- Estão sim. Se o problema é eu ser um estranho então vamos resolver isso agora. - me estendeu a mão. - Prazer Jung Hoseok, mas pode me chamar de J-Hope.

- Na Mi Rae. - rio, apertando sua mão. - Mas porque J-Hope?

- Meus amigos me chamam assim, eles dizem que é porque eu trago esperança pro nosso grupo. - sorriu, coçando a nuca. - Agora que não sou mais um estranho, pode me contar tudo. - rimos.

- Você tem tempo? É uma história longa. - rio.

- Como pode ver está vazio hoje, então sou todo seu. - piscou. Se ele soubesse o que passou na minha mente quando disse aquilo...

Quando dei por mim, já estava contando tudo pra ele sobre meu chefe insuportável, que eu não aguentava mais trabalhar pra ele porque ele sempre estava recebendo os créditos por algo que eu havia feito. Contei sobre meu agora ex-namorado babaca que havia terminado comigo por mensagem e Hoseok parecia realmente interessado no que eu dizia. Me ouvia com atenção e só interrompia para perguntar uma coisa ou outra. Quando terminei meu monólogo, não sei porque, mas me sentia muito melhor. Foi bom desabafar com Jung Hoseok por mais que ele fosse um estranho que eu conheci no bar.

The Barman - Oneshot Jung HoseokOnde histórias criam vida. Descubra agora