Capítulo 2

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(Scott na multimídia).

Duas semanas depois...

Finalmente chegou, meu deus, não consigo acreditar, tenho vontade de gritar a cada minuto que passa, sabe quando você sai com um cachorro e deixa ele ficar na janela, ele fica todo alegre, com a língua saindo toda hora para fora da boca? Então, a diferença é que no meu caso eu quero gritar de felicidade e não sou um cachorro.

Essas duas semanas foram uma loucura, despedi dos meus amigos, dos meus avos, fiquei de despedir dos meus pais na hora do embarque lá no aeroporto, eu sei que parece que não quero uma despedida descente deles, mas o que realmente estava evitando era de ficar triste logo.

- Filha, fala pro papai que você vai ser mais responsável, que não vai arrumar namorado, que vai focar nos estudos, ai meu deus, eu não consigo Jo, eu não consigo.. - Meu pai fala já desbando em choro.

- Eu não sei o que eu vi em você Leandro, você prometeu que não ia chorar. - Minha mãe diz, mas seus olhos já estavam marejados.

- Não se preocupem, eu vou cuidar de mim, vou manter contato com vocês, eu amo vocês! -Respondo.

- E os namoradinhos filha, você não respondeu. - Ele fala num tom de choro, tentando se recompor.

- Relaxa pai!

- Deixa a menina Leandro.

Meu pai solta um suspiro frustrado, mas logo vem me abraçar e a mamãe também, ficamos os três abraçados por um tempo, até o meu voo ser chamado.

- Eu tenho que ir. - falo já tentando evitar mais choro.

- Eu te amo filha, promete que qualquer coisa, qualquer coisinha mesmo vai ligar pra mim, eu não penso duas vezes antes de ir te socorrer. - Minha mãe diz já em choro, Jordana finalmente chorou.

- Eu te amo filha, nos te amamos muito, minha menina cresceu Jo.

- Prometo, agora eu preciso ir, beijos eu amo vocês. - Falo dando um ultimo abraço neles e indo para o avião.

Entro no avião procurando meu número para poder sentar, sento, em seguida um cara senta ao meu lado, eu ainda estava me recuperando da despedida, limpando o choro, provavelmente com a cara toda borrada de maquiagem. Tento ficar calma e ir limpando o rosto, com o reflexo da janela, pois, o avião ainda não tinha decolado, até que a comissária avisa que vamos decolar, tento me segurar e trabalhar na respiração, porque é sempre uma merda quando o avião levanta, da um frio na barriga, parece que você vai voltar para o chão a qualquer momento.

Enquanto estava tentando me tranquilizar, senti que onde estou me segurado é muito fofo, abro os olhos, vejo uma mulher linda com os olhos arregalados olhando para mim.

- Perdeu alguma coisa? Esta passando mal? - Pergunto ainda me segurando.

- Eu que te pergunto, você está desde a hora que o avião decolou me segurando, o pior que meu braço agora esta doendo por causa dessas suas unhas. - Ela responde.

- Me desculpa, eu não percebi, sempre fico nervosas nessas horas.

- Pois traga uma almofada alguma coisa né. - Ela diz de forma grossa

- Olha já pedi desculpas, está bom? Não precisa ficar falando e falando não. - Falo cruzando os braços e virando o rosto para a janela.

Que mulher folgada, tudo bem que eu machuquei ela, mas não foi de proposito, não precisava falar assim comigo.

Fiquei um tempo da viagem brava e depois acabei dormindo, acordei algumas vezes, depois o que era para ser um cochilo virou uma soneca, cujo só acordei quando cheguei.

Garota CompulsivaOnde histórias criam vida. Descubra agora