Capítulo Único

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Olá sejam bem vindes, essa fanfic é a terceira e última dedicada ao Jilytober 2020 e novamente quero fazer um agradecimento muito especial a cada uma das organizadoras por terem feito desse mês o mais lindo de todos com toda a organização linda e o empenho em manter o fandom unido nessa época do ano tão importante. Quero agradecer também a cada um que participou do projeto com suas lindas histórias tão especiais.

Tenham uma boa leitura e feliz jilytober!

Lily despertou de mais um sonho terrível e que infelizmente parecia ser muito real. Todo o quarto girava à sua volta e até conseguir focalizar a visão e controlar a respiração a figura loira de Marlene McKinnon já estava diante dela com seus olhos azuis muito arregalados.

— Lily, tá tudo bem? — sua voz era distante, mas era evidente a preocupação em seu rosto. Ela afastava os cabelos úmidos por suor do rosto da ruiva.

Quando finalmente conseguiu unir forças, disse:

— Era o mesmo sonho, Lene — Sussurrou para tentar não acordar Mary e Alice que dormiam nas camas próximas, por mais que ela soubesse que talvez já estivessem acordadas apenas ouvindo tudo. — Eu não sei o que significa, mas parece sempre tão real e é sempre a mesma luz verde, a mesma mulher gritando. — As lágrimas tomaram conta de Lily e ela não conseguiu dizer mais nada. Marlene entendeu que o melhor que poderia fazer naquele momento era abraçá-la e tentar acalmá-la até que pegasse no sono novamente.

Mais um típico final de semana de outubro se iniciava e as visitas a Hogsmeade começariam naquele sábado. Chegava a ser cômico o contraste entre os alunos do último ano que estavam cheios desses passeios e os do terceiro que estariam indo pela primeira vez.

Nos últimos dois anos ela se lembra de ter ido apenas para o Halloween e talvez uma vez ou outra porque Alice queria sair com Frank, mas não queria ir sozinha até o vilarejo. No entanto, Lily sentia uma vontade imensurável de apenas deixar aquele castelo e tentar esfriar a cabeça antes que seus pensamentos a elouquecessem.

— Se você vai, avise logo ao Potter. Ele não parece muito animado, mas aposto como vai ficar se souber que estará lá — Mary comentou com uma risada que fez Lily revirar os olhos.

Não é que ela odiasse James Potter com unhas e dentes, na verdade ele se mostrou minimamente agradável certas vezes. Principalmente quando a defendeu de um aluno da sonserina, Severus Snape, que parecia obcecado por ela desde o segundo ano por toda a coisa dela ser "a garota que sobreviveu a você-sabe-quem". Ele e os amigos viviam para chamá-la, e outros alunos nascidos trouxas, de sangue ruim.

No entanto, James era sempre muito cheio de si, irritante, imaturo e... ah, está bem. Ela tinha uma queda por ele desde o quinto ano, mas decididamente fingia que não para não insuflar mais ainda seu enorme ego. Em geral seus momentos repentinos de raiva por ele facilmente se associavam ao ciúmes que acabava sentindo quando estava flertando com alguma aluna pelos corredores, algo muito recorrente para falar a verdade.

E talvez possa surgir a pergunta como "então por que ela não vai lá e diz a ele o que sente?". Bom, apesar dele ter demonstrado um certo interesse por ela há alguns anos, ter sido legal diversas vezes e nunca tê-la visto como "a eleita", "a escolhida", mas apenas como Lily, ela ainda era o que era e estava sempre tão envolvida em alguma coisa sombria que tinha medo disso lhe custar mais pessoas queridas do que já lhe custou.

Lily era só um bebê quando tudo aconteceu, mas as lembranças permaneciam estranhamente muito vivas em sua mente. Era sempre um lampejo verde, um grito agudo e então tudo desaparecia. Quando contou a Dumbledore sobre isso certa vez ele lhe disse que provavelmente era a primeira e última lembrança que tinha de sua mãe, na noite em que morreu para tentar salvar sua vida.

The Girl Who LivedOnde histórias criam vida. Descubra agora