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       O castelo parecera tão grande e intimidador há uma semana quando o menino avistou o lugar pela primeira vez

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       O castelo parecera tão grande e intimidador há uma semana quando o menino avistou o lugar pela primeira vez. Naquele dia, as infinitas paredes de pedra escura formando torres enormes e muros gigantescos comparados ao seu corpinho tão miúdo fizeram com que ele apertasse um pouco mais a mão do guarda que o guiava. O homem desceu o olhar para ele e sorriu simpático como sempre fazia.

       Depois de passarem por um portão, não demorou muito para que chegassem a um pátio cheio de outros homens conversando distraídos enquanto ajeitavam as selas de seus cavalos e organizavam suprimentos em carroças. O menino não estava acostumado com tantos rostos diferentes, muito menos com todos os olhares que o dirigiam enquanto eles caminhavam até um amontoado de blocos de feno.

       O homem que o acompanhava disse que o deixaria sentado ali por alguns segundos para pegar o almoço que estavam servindo e saiu depois que o garoto assentiu silenciosamente. Ele assistiu-o se afastar e entrar em uma pequena fila a alguns passos de distância e, ao desviar sua atenção centímetros para o lado, avistou alguém que destoava do restante das outras pessoas fardadas.

       Era uma mulher usando um longo vestido escuro com um impecável avental branco por cima. O cabelo castanho estava preso em um coque perfeito, e o lenço em sua cabeça também parecia milimetricamente posicionado. Seu modo de caminhar era rígido e centrado como se ela tivesse mapeado todo o lugar e soubesse exatamente por onde passar. Mas uma interrupção brusca em seu andar decidido aconteceu quando um guarda desastrado colidiu nela, obrigando-a a girar nos calcanhares e seu olhar avistar por acaso o pequeno menino sentado no feno.

       Em seus curtos seis anos de vida, Alec não tinha sido uma pessoa agraciada com sorte, mas isso começou a mudar no momento em que aquela mulher botou os olhos nele. Ela olhou confusa para os lados algumas vezes antes de ir na direção do garoto com a mesma determinação de antes.

       ― O que está fazendo aqui? ― ela perguntou, ao parar na frente dele e começar a analisar a sujeira e a magreza em que o garoto estava. Mesmo não obtendo nenhuma resposta, ela seguiu com os questionamentos. ― Quem o trouxe?

       ― Anice! ― o homem que acompanhara Alec estava de volta. ― Queria mesmo falar com você.

       ― Graham ― ela suspirou como se o nome fosse um fardo e se voltou para ele.

       ― Que bom que já conheceu o menino.

       ― Claro que você o trouxe, quem mais poderia ser? ― ela cruzou os braços e o encarou impaciente e nada surpresa. ― De onde ele veio?

       ― O pai estava me devendo.

       ― Negociou o menino?! ― sua voz saiu mais alta e aguda do que queria, chamando a atenção de algumas pessoas ao redor, o que a fez engolir em seco e se recompor rapidamente, mas o ódio persistia na voz ao dizer: ― Onde estava com a cabeça quando negociou uma criança?

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⏰ Última atualização: May 01, 2022 ⏰

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