Bem bolado

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Bolei um cigarro em poesia
Acendi as ideias ali no papel
Puxei tudo aquilo que é prazeroso pra dentro
Segurei toda sinestesia e nela me deliciei como beber uma sutil Soda
E deixei que as fumaças amenizassem meus problemas
Dai relaxei com a alma lombrada deitada em meu peito.

Nisso tudo deu fome de liberdade
A pança clama pelo vã alimento
Clama pelo denso mel extraído das rochas...que é o que me faz poeta
Dai desenbestei atrás do desconhecido
Tive e tenho medo da escuridão
Eu me refaço nas boas amizades e vou avante
Vou levando pedras invisiveis pra construir meu castelo
E assim vou...sangrando, rindo e romantizando com o mal.

Tudo passa, volto pro início
É um ciclo de loops desencadeando novas realidades
Daí um outro eu surge a cada mundo
Visto na arrogância de morar no silêncio
Deixo ele falar no ventro
Deixo ele criar no ventre do seu eu o seu próprio fim
E fujo pra mata
Namoro a natureza
E na certeza do meu bem estar
Bolo outro cigarro na essência dessa poesia.

No fundo dos meus poemasOnde histórias criam vida. Descubra agora