Capítulo 2

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CINCO ANOS DEPOIS

"Eles não são adoráveis?" Narcissa Malfoy suspirou, enquanto observava três crianças perseguindo umas às outras em torno de um dos jardins da Mansão Malfoy. Ela e Lily Potter sentaram-se pacificamente na varanda, aproveitando o brilhante dia de primavera. Seus maridos estavam fazendo trabalho no Ministério, junto com seus amigos, Sirius Black e Remus Lupin.

"Eles são. E tão inocentes. É uma bênção que eles possam viver em um mundo tão despreocupado!" Lily riu, observando enquanto Adrian lutava com Draco para o chão. Amaryllis ficou acima deles, rindo, até que a puxaram para a briga também.

"Eles fazem uma imagem tão bonita," Narcissa murmurou, apoiando o queixo na mão. Lily suspirou suavemente.

"Eu só queria que Harry participasse. Ele está perdendo muito," ela comentou, enquanto seus olhos pousavam na figura de seu filho mais novo. Ele se sentou em silêncio em um banco de pedra branca sob uma árvore frondosa, lendo um livro chocantemente grosso para alguém de sua idade. Um pequeno par de óculos residia em seu nariz de botão, e seus lábios estavam pressionados pensativamente. Ele era bem pequeno para sua idade, e já um pouco menor que seus irmãos e Draco. Sua pele estava pálida, embora não fosse prejudicial à saúde. Ocasionalmente, ele levantava os olhos quando as outras crianças falavam muito alto, mas seus olhos logo encontravam o caminho de volta para o livro em seu colo.

"Oh, ele é apenas tímido. Ele vai mudar de ideia", disse sua amiga com segurança. Lily franziu a testa, desejando ter tanta certeza disso quanto sua amiga parecia.

"E, de qualquer maneira, ele terá que se acostumar conosco no longo prazo. Afinal, seremos uma família!" A voz de Narcissa aumentou para um guincho aqui, e Lily se viu sorrindo.

Na verdade, isso era verdade. Empolgados com o progresso que seus filhos fizeram com o herdeiro Malfoy, os Potters (poucos dias antes) concordaram com uma proposta que Lucius Malfoy havia feito alguns meses antes. Ele sugeriu que, para manter suas linhagens de sangue puras, eles casariam Draco com uma das crianças Potter.

Amarílis, sendo a única criança do sexo feminino, era a escolha óbvia. E, os pais acrescentaram, se as preferências de Draco estivessem no outro gênero, seria bem fácil envolvê-lo mais tarde com Adrian, já que ele era o filho mais velho.

Até o momento, as crianças não demonstraram aversão à ideia, principalmente porque não tinham ideia do que significava 'prometido'. Então Draco ainda obedientemente deu um beijo de despedida em seus companheiros, sem perceber que toda vez que ele o fazia, suas mães ficariam tontas de empolgação com o evento distante.

Hoje não foi diferente. Enquanto os pais se despediam na sala de estar, as crianças ficavam do lado de fora, no hall de entrada, fazendo o mesmo.

"Venha brincar em nossa casa amanhã. É mais divertido", disse Adrian com seu jeito impetuoso de criança de cinco anos. Draco franziu a testa.

"Não é!" Ele sibilou, antes de pressionar os lábios na bochecha do outro garoto, como era seu costume. Amaryllis deu uma risadinha.

"É também!" Ela defendeu o irmão, pois ela também recebeu o mesmo beijo do loiro. Adrian riu e agarrou a mão dela, arrastando-a para a sala com os adultos. Draco então se virou e suspirou.

Harry se sentou em silêncio em um dos bancos de mármore próximos, seus olhos no livro em seu colo. Essa foi a parte mais difícil do ritual. Enquanto os dois trigêmeos mais velhos aceitavam de bom grado o beijo exigido, Harry geralmente recuava com o movimento, tornando-o muito desconfortável para o outro garoto. Mas Draco fez o que sua mãe ordenou e continuou a beijar sua bochecha relutante.

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