A Máfia *saga Destino *

capítulo 7

Estaciono minha moto em frete a voux , essa boate é uma das minhas preferidas em toda a Sicília; além de ter homens muito bonitos a maioria é da máfia, sim da máfia. Essa boate é uma entre tantas que a famiglia administra, porém  não tem um administrador em si , o que é estranho porque na maioria das vezes as boates tem um administrador que coloca a cara de frente aos negócios, para que não haja suspeitas de que a nossa organização administre projetos "legais ".
Mamãe sempre foi contra a prostituição nas boates e papai , como sempre , decidiu que não seria obrigatório ter prostitutas nas boates ; apenas aquelas que os administradores quisessem . Mas para a infelicidade de minha mãe todos querem prostitutas de luxo em suas boates , mesmo a famiglia tendo prostíbulos de alto padrão para os velhos barrigudos e carecas terem pelo menos uma noite de prazer .

Ando até a entrada e como sempre minha entrada é permitida , sou muito fiel a voux -em outras palavras apareço aqui quase todos os dias para beber e transar.
Me sento no balcão e logo peço o meu whisky, sei que não é comum mulheres da máfia beberem , principalmente aquelas em que fora de seu estado "normal" causam algum prejuízo à máfia, eu sou umas dessas pessoas , sim , eu sou uma dessas pessoas afinal  ; mas não me importo com isso .
Rodo em meu banco de madeira para ter uma visão privilegiada da pista de dança. Não tem nenhum homem que me chame atenção até agora . A maioria dos homens bonitos são casados ou namoram , não que eu ligue para isso , mas incomoda um pouco saber que ele vai voltar para os braços de outra mulher e que você foi apenas um passatempo.  Não queria ser a pessoa  de alguém , só queria ser especial ou pelos menos ter sido a foda especial . Mas não sou nada comparada com suas mulheres que os esperam em casa , as vezes são mães dos seus filhos ou até mesmo donas de seus corações.

Me viro novamente e olho para o barman , já dormi com ele uma vez ou outra , muito bom de cama e com uma pegada que me deixa louca; talvez tudo que eu precise é uma boa noite de sexo , já que eu vou passar três meses na seca .

-Ei!você não é  o John?

-Ei gata , sou eu mesmo -fala com um sorriso malicioso que malharia qualquer calcinha , mas não me causa muito efeito como da última vez .

-Estava afim de repetir aquela noite . Que horas acaba seu serviço? -digo enquanto chego mais perto dele e agarrou seu suspensório.

-Acho que falta vinte minutos-falou enquanto conferia o relógio de pulso e me olhava novamente com seus olhos caramelo assim como sua pele negra .

-Vou esperar então John, mas quero uma amostra do que fará mais tarde -mordo o lábios enquanto encaro sensualmente John, ele me puxa pra si e me dá um beijo , não senti fogos de artifício na barriga , nem um latejante incomodo no meu baixo ventre como quando beijei Thomas.  Mas o que é isso ? Agora vou comparar os meus beijos com os beijos de Thomas? Não posso fazer isso , tenho que lembrar que ele não é  nada pra mim .
Acho que mesmo só tendo bebido  cinco copos de whisky foi o suficiente para me dar uma leve alcoolizada.  Estou um pouco tonta e sem muita reação, acho que foi por isso que tive a ação de falar com John.  John começa a ceder os limites e leva a mão para meus seios , assim que sinto o seu toque tento me afastar , minha cabeça cria um alerta e o empurro ; mas foi em vão já que ele é um homem com muitos músculos e grande força. John me segura firme oque me dar dores nas áreas onde ele aperta com força.  Tento me afastar mesmo assim, estando bêbada do jeito que estou bêbada não tenho reação em pegar minha adaga ou minha faça que está atrás. Ele aperta com mais força meu seio e sou obrigada a empurra-lo, sinto uma dor latejante enquanto ele prende meus braços, mordo seus lábios com força e ele recua soltando sua boca da minha.

- Me solta John! Não quero mais .

-Agora a putinha vai transar comigo. 

-Você ouviu ou quer que eu repita ? -uma voz grave e grossa soa em meus ouvidos e logo minha mente entra em combustão em saber que é Thomas. 

-Quem é você play boy para dizer o que eu devo ou não fazer ? -John falou enquanto apertava meus braços e me puxava para próximo de si .

-Sou o dono dessa boate ! E um membro da máfia.  Consigliere da máfia.  E essa "putinha " como você apelidou é  a filha do  Chefe Lorenzo Bellucci. - sinto o aperto em meus braços diminuir, o que não queria já que o apoio do meu corpo estava sendo feito por aquelas mão imundas de John.  Assim que suas mãos se afasta eu Caio no chão, sempre fui forte para bebida , mas dessa vez eu não sei o que aconteceu.
Vejo dois homens de preto segurando os braços do moreno e carregando o mesmo para a saída de emergência.
Thomas caminha até mim com o maxilar travado e com os olhos negros de raiva . Sinto meu corpo gelar com a sensação de olhar aqueles dois infinitos ; mas antes que eu pudesse fazer algo ele me pega nos braços . Não posso negar que mesmo estando mais pra lá do que pra cá eu adorei estar no seu colo , sentir os músculos fortes e dele em contato com a pele dos meus dedos , sentir o cheiro almiscarado com um toque de menta . Agarrar seu pescoço com as veias saltando em sinal de raiva . A estou no paraíso, porém bêbada e letárgica. Antes que eu pudesse aproveitar mais desse contato gostoso e quente minha visão começa a ficar turva e minha boca ficar seca , um sinal de que estou prestes a apagar e me render a não sentir mais os toques da pele de Thomas.