31³¹

2.2K 92 1
                                    

(Continua Narr. Maria🌺)

Ele começou a beijar meu pescoço devagar e dando umas mordidas de leve, o que me fez arrepiar querendo ou não.

Talibã: Relaxa ae–A voz rouca saiu bem no meu ouvido. Automaticamente me lembrei de todas as vezes que ele falava coisas horríveis pra mim enquanto me violentava, a mesma voz, no mesmo tom. Acabei me encolhendo um pouco e virando o rosto para o lado–Tá com medo princesa?

O tom debochado e sarcástico da voz dele me dá um certo nojo, confesso.

Senti uma mão firme apertando minhas coxas e alternando para carícias leves na parte interna delas, me fazendo respirar pesadamente.

Eu: P-Para...por favor...

Talibã: Eu sei que tu gosta...–Senti minha orelha ficando molhada com algumas mordidas lentas, na qual fez minhas pernas se arrepiarem até o último pelo–Gosta quando eu faço gostoso–A frase no meu ouvido saiu como um tiro me atingindo em cheio. Senti minha intimidade apertar e latejar por ele. O QUE PORRA É ISSO???

Eu:: A-Ahmn...–Involuntariamente um gemido escapou da minha boca quando senti algo me penetrando devagar. Só queria enfiar minha cara num buraco–P-Para...

Talibã: Tu quer que eu pare?–Um dos dedos dele entrava e saia da minha buceta lentamente, enquanto o dito cujo nem se quer saia da mesma posição, só beijava meu pescoço e ia descendo pelos meus seios cobertos pela camisola–Responde vai...–Os movimentos acabaram por ficar mais intensos e inversos. Ele mexia o dedo para cima e para baixo um tanto rapidamente, chegando próximo ao meu ponto G. Mais uma vez deixei gemidos escaparem da minha boca, fazendo ele aumentar o ritmo das penetrações.

Maria, não se entregue assim! Só por que tá muito gostoso e te dando um prazer enorme, você não pode!
Não, NÃO!

Maria:E-Eu...Quero que pare!–Falo praticamente suplicando. Depois de uns instantes ele saiu de cima de mim bruscamente e me olhou com raiva.

Talibã: Namoral, tu deveria aproveitar que tô tendo paciência contigo. Filha da puta como tu só merece ser fodida na marra.–Ele passou a mão no cabelo um tanto nervoso e saiu do quarto.

Bipolar...

[...]

Infelizmente meu vestido estava todo vomitado devido ao meu mal estar de ontem a noite, então aproveitei que estava sozinha em casa e coloquei não só ele, mas algumas roupas para lavar.

Eu: Eu até já fiz café...pra tu não vir me falar, que tá com sono e que o amor tem que esperar–Cantei.

Quando tava sacudindo umas roupas pra ver se tinha algo nos bolsos, vi um papel todo amassado cair no chão. Peguei o mesmo e desamacei. Era um bilhete com a letra toda garranchuda.

"Ae princesa, tu já tá ligada em quem tá falando. Tô passando a fita de que logo, logo vou tá te tirando daí. Tem um infiltrado meu aí de olho em tu pra te manter segura. Fica esperta nega"

Eu: Moreira?...—Falo para mim mesma.

Tento manter a calma com o que acabei de ler, mas é quase impossível. Como assim me tirar daqui?! Infiltrado?? O Moreira só pode ter perdido o juízo ou o amor a vida.

Li a mesma mensagem umas 300 vezes na tentiva de processar aquilo. Só de pensar em sair dessa prisão e das mãos do Talibã já me dá uma euforia enorme. Posso até jurar que essas poucas palavras me deram uma pontinha de esperança, por mais louca e impossível seja.

Eu: Deus nos ajude

Peguei o bilhete e joguei na água dá máquina de lavar, logo jogando mais algumas 3 peças de roupa. Liguei e vi o sabão começar a fazer espuma.
Não preciso nem duvidar do fato de que se o Talibã ou um dos homens dele pegarem esse papel, eu irei estar morta, não só eu, como muita gente envolvida.

Tentei ignorar ao máximo toda essa história e continuei fazendo minhas coisas, pelo menos até sentir uma tontura outra vez.

Ainda não tomei nenhum dos remédios que o vapor do Talibã trouxe. Não confio em medicação desses postos de saúde, ainda mais o daqui do morro. As pessoas não são higiênicas nem organizadas, não duvido que tenham remédios vencidos.

Esperei uns 5 minutos e nada do mal estar passar. O jeito foi caminhar com calma até a cozinha e beber uma água.
Aproveitei e me sentei na cadeira da mesa para tentar respirar um pouco, ou sou capaz de cair desmaiada no chão.

"Maria???"

Escuto uma voz fina e um tanto ameninada me chamar, mas ainda não tenho certeza de quem seja. Os passos vem ficando cada vez mais próximos e por fim, pude ver a Isa e a Ray se aproximando de mãos dadas.

Ray: Amiga, viramos lésbicas–Isa fez uma careta bem feia e soltou a mão dela, não consegui não rir–Escrota.

Isa: O capeta disse que tu tava sozinha e mandou nois vir pra cá.

Ray: 50 na mão–Falou fazendo uma dancinha e a Isa deu um tabefe na cabeça dela.

Eu: Ele deve estar drogado

Isa: Nem tava, tava bonzinho—Ela se sentou do meu lado—Você tá branca, o que houve?

Eu: Só passei um pouco mal

Isa: Comeu alguma coisa hoje?

Eu: Ainda não

Isa: Puta que pariu também né Maria?

Ray: Tua sorte é que nois comprou uma ruma de comida—A Rayssa saiu em direção a sala e num instante voltou com várias sacolas nas mãos—Vamo fazer a farra nos treloso.

Elas me levaram para a sala e a Ray começou a espalhar vários sacos de biscoito pelo chão e pelo sofá. Como se não bastasse, ainda tinham pipocas e refri.

Eu: Vocês assaltaram um mercado??–Pergunto olhando incrédula

Isa: Não, foi o dinheiro que o ogro deu.

Eu: Não precisavam gastar comigo.

Ray: Você tá pele e osso, então precisava sim. Nem adianta bancar a boa samaritana, porque desperdiçar comida é pecado—Mais uma vez comecei a rir. Essas duas não tem um pingo de juizo.

Isa teve a liberdade de colocar um filme lá de romace e ação. Fiquei imaginanda com a história, a mina fez de tudo por ele, até foi estuprada e no fim ele foi preso de novo. Admiro essas mulheres de traficante que fazem de tudo por un cara que só as maltrata, e em parte também sinto nojo. São bem burras.

Passamos a tarde toda comendo besteira e fofocando. Soube um babado enorme, que a Bia estava com suspeita de gravidez. Pra ser sincera, nunca mais soube dela nem do coringa. Também não quero mais problemas, então só desejo paz a ambos.

Continua...

Na Mira Do Traficante (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora