• AQUELE DAS MEMÓRIAS DE JENNIE •

463 75 24
                                    

⚠️ CAPÍTULO NÃO REVISADO ⚠️

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Havia passado uma semana em que Jennie estava morando sozinha. Uma semana em que havia ido naquele café e não retornou. Durante esses dias ela passeou pela cidade em seu "tempo livre", apesar de passar maior parte do tempo arrumando suas coisas, agora, seu apartamento estava completamente arrumado, exceto pela cozinha, ela não fazia ideia de como organizar aquele cômodo da casa. 

Durante essa semana ela explorou um pouco seu bairro. Encontrou três livrarias próximas a sua casa, uma academia, até pensou em se cadastrar, mas desistiu no mesmo segundo, não teria disposição nenhuma para isso, e seu prédio já fornecia uma academia. Encontrou novos cafés e restaurantes, mas nada tão charmoso quanto aquele da semana passada. Ela pensava sim em retornar lá, gostaria de experimentar todo o menu do estabelecimento, era algo que gostava de fazer na Coreia. Saía sozinha aos finais de semana a procura de um lugar novo e quando achava, ia lá, todo final de semana provar uma refeição diferente do menu. Levou sua mãe uma vez, e as duas criaram esse hábito, agora, a senhora Chahee faz o mesmo que a filha e Kwan ainda tem que ser cobaia quando a comida não a agrada. 

Em certo momento ela chegou a se perder, sempre com seus fones de ouvidos plugados na orelha como uma adolescente de quinze anos revoltada com o mundo, ela andava pelas ruas, com o pensamento longe, admirada e boba por tudo que via ao seu redor, e dado momento não sabia mais onde estava e muito menos como voltava para seu apartamento. Por sorte, passavam muitos táxis onde estava e a primeira coisa que fez quando chegou em Seattle, foi decorar seu endereço, pois ela já sabia que iria se perder em alguma hora, e assim o fez, depois de 40 minutos estava em frente a portaria de seu prédio, ficou perguntando-se como tinha ido tão longe e não tinha ficado cansada, afinal, ela não era muito de andar por horas, ela não era de sair de casa, e logo sorriu com esse pensamento, ao ver que a Jennie da Coreia estava realmente mudando e não havia percebido. 

[...] 

Enfim, sábado. Para algumas pessoas, ficar aos sábados à noite em casa é deprimente, já para Jennie, é um momento sagrado, afinal, seus finais de semanas ela usa para relaxar, não que ela faça muita coisa para ficar sobrecarregada, longe disso, mas sim porque ela coloca sua leitura em dias, maratona alguma série, ou fica horas e horas tocando seu violão, com seu diário all black ao lado quase lotado de suas composições que alguém jamais chegou a ouvir a não ser ela e o cachorro de sua mãe, Albert, ela sentia falta dele durante essa semana, ela não era completamente sozinha pois ele a fazia companhia. Quando sua mãe ganhou de Kwan, logo o nomeou de Albert, a pequena Jennie e Kwan caíram na risada, não era um nome comum para cachorros, mas a mãe de Jennie alegou sentir uma certa atração por Albert Einstein e seu cérebro brilhante, passou horas falando sobre isso, e Kwan já estava com uma carranca no rosto, o que apenas divertiu ainda mais a garota, porém, decidiu chamá-lo de Albie, declarando ser um nome menos agressivo e estranho para um cachorrinho. 

Cansada de ficar esparramada em seu sofá de frente para a TV tentando decidir qual filme novo do catálogo da Netflix iria assistir, deu-se por vencida vendo que já era 17:30h e foi tomar um banho. Queria sair, já que não conhecia ninguém, pretendia dar uma volta no parque próximo a sua casa e depois jantaria no restaurante de Tzuyu. Não esqueceu do nome da mulher, muito menos da mulher dos olhos verdes, esperava encontrá-la lá essa noite, mas descartou essa possibilidade quando lembrou que era sábado à noite e a única solitária no mundo inteiro era ela mesmo, pois, ninguém chegava a ser tão deprimente como Jennie Kim. 

Já estava vestida com seu kit Jennie de sempre, o que consistia em uma roupa completamente preta, dos pés à cabeça, para varia, não queria por suas lentes, sentiu seus olhos levemente irritados por ter passado boa parte do dia assistindo TV, então ficou mesmo de óculos. 

Green EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora