O que vocês fariam se seu irmão caçula fosse baleado? E se os polícias arquivassem o caso? O atirador ainda está solta e tudo o que Madelyn Blanco deseja é encontrar o atirador de seu irmão. Ela estava pronta para fazer o que tiver que fazer para is...
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Nova York, a cidade onde os sonhos se realizam, mas ninguém conta que de dez sonhos, apenas um se realiza, enquanto os outros nove, vão morrendo aos poucos.
A vida é cruel, acredito que seria ótimo se crescemos sabendo disso, assim ficaria mais fácil para quando precisarmos realmente enfrentar o mundo. Se crescemos acreditando que o príncipe encantado não existe e que nós mesmos deveria ser nossos príncipes e porções mágicas, não nos machucam tanto. Minha mãe me ensinou desde pequeno isso, que o mundo é cruel, que realmente existe o bicho-papão, a única diferença é que ele não vem com um saco e olhar sombrio, o bicho-papão na realidade, é aquele com sorriso gentil e olhar doce, que te diz palavras amigáveis, mas quando você menos espera ele te apunhala pelas costas.
Ao contrário de mim, meu irmão cresceu acreditando na beleza do mundo. Meus pais decidiu criar ele diferente quando percebeu que eu amadureci cedo demais e não curti minha adolescência. Nunca acreditei no amor, aqueles de filmes onde o casal fica junto no final e não existe mais problemas, eu acredito no amor, mas sei que ele não é fácil e é muito trabalhoso conseguir fazer ele durar, não por não ser verdadeiro, e sim, porque é difícil regar um amor, quando sua mente e vida está difícil. Nunca acreditei em amizades de filmes, aquelas que todos fazem tudo por você e sempre te deseja o melhor. Porque, no fundo, todos somos um pouco egoístas, mesmo que lutemos para não sermos, dia após dia. Já meu irmão, acredita nisso cegamente, ele acredita ainda na beleza do mundo, meu menino tem apenas dezessete anos e por um milagre, ainda consegue encher beleza no mundo. Não sou mórbida, apenas sei que o mundo é difícil, nunca tive meu coração partido, mas gosto de pensar que já tive, é como se eu estivesse me preparando para o que pode vir acontecer. Não tenho muitos amigos, minha melhor amiga é minha mãe e não tenho vergonha disso, porque eu sei que ela morreria por mim.
Confesso que às vezes eu gostaria de ter curtido e vivido minha adolescência como muito jovens, talvez eu pudesse ser menos fria e ter uma vida social ativa e um namorado. A verdade, é que as pessoas pedem por sinceridade , mas nunca gostam de ouvi-la.
Analiso cada detalhe do meu irmão, Dylan Blanco, os cabelos loiros escuros, as bochechas que antes era vermelha, hoje se encontra pálida. A boca vermelha, está branca. Seu rosto está sem vida, mesmo que os aparelhos que o mantém vivo diga o contrário. Seu tórax está enfaixado, deixando claro seu ferimento. Dylan foi apenas mais uma vítima de uma bala perdida, algo que ninguém ao menos se importa, ele foi mais uma daquelas pessoas que estava no lugar errado e na hora errada. Meu irmão apenas saiu para ir visitar um amigo, e quando menos esperávamos, minha família e eu recebemos a notícia de que ele fora baleado e se encontrava em estado grave. Já faz duas semanas e tudo o que a polícia diz é que não tem mais o que fazer, que infelizmente teria que fechar o caso. Meu irmão está entre a vida e a morte, e eles ainda têm a coragem de dizer que o assassino vai permanecer solto e pode matar mais jovens como ele, mais adolescentes que estavam apenas andando, sem nem ter a oportunidade de se defender.
Seguro a mão gelada do meu irmão, encosto minha testa na dela, tentando transmitir um pouco de calor para a mesma. Eu me lembro de quando eu o vi pela primeira vez, eu tinha apenas oito anos e mesmo assim, jurei sempre protegê-lo e amá-lo com tudo de mim. Ele era tão pequeno e indefeso, ele era tão meu, era como se eu soubesse que ele seria meu melhor amigo, e foi o que aconteceu, mesmo com a diferença de idade, Dylan foi meu melhor amigo e sempre me encobria quando chega tarde ou fugia pela janela do meu quarto para ir em alguma festa que meus pais não permitiam. Dylan era meu tudo, um sempre protegendo o outro.
Sei que deveria agradecer por ele ainda estar respirando, mas não consigo parar de pensar que a pessoa que fez isso, ainda está a solta e pode vir a fazer novamente. Muitas das vezes Dylan pode ter visto algo e ele vir atrás dele, eu realmente não sei. Porque, tudo o que desejo é descobrir quem fez isso com meu menino e fazer justiça por ele. Não sei como irei fazer isso, mas não irei descansar até encontrar o responsável.
Olá amores, tudo bem com vocês? O que acharam do prólogo? Animados para o livro?
Não esqueçam de votar e comentar, beijos e até o próximo capítulo.
