Mais um dia, hoje ainda é segunda, mas parece sexta, eu me perco demais, a minha mente viaja mas eu continuo no mesmo lugar.Podem me chamar de Jhon, com 18 anos isso tudo parece uma loucura, eu sei, mas é real.
Eu estou cansado, mas não de jogar tudo para o alto e deitar numa cama confortável como se não houvesse o amanhã, o meu eu aqui dentro cansado de olhar para mim, através de um espelho sujo e manchado é como se eu não fizesse parte do que eu vejo ali.
Lá estava eu, pronto para ir para o lugar mais terrível que um adolescente como eu poderia ir, escola. Não, eu amava os estudos, o terrível eram as pessoas que faziam daquele lugar maravilhoso, um lixo, repleto de desigualdade e preconceito, eu era o "diferentão", mas amava não ser considerado como todos.Quando olham com um olhar torto, como se você fosse de outro mundo por apenas não estar nos padrões da sociedade, já se sentiram assim? Sim ou sempre?O corredor do desespero, a porta sem volta, este sou eu com os meus pensamentos entrando na escola, não tenho novidades, é sempre assim, fones no ouvido, calça jeans, uma camisa larga branca e um moletom preto, ouvindo músicas tristes até o meu armário.
Lá estava ela, cabelos curtos castanho claro, aquele olhar sincero, um sorrisão daqueles, eu amava aquele estilo, sorrindo atoa enquanto pegava os meus materiais, sempre deixo escapar um, ou vários, eu nunca contei.Talvez eu seja o clichê em pessoa, e não ser nada do que me descrevem e me rotulam, a verdade é que não sabem nada sobre mim, e sobre ninguém. Eu pareço cansado para você? A verdade é que, eu já estou morto a muito tempo, no ponto a desistir do meu eu. Afinal, Caruliny o nome dela.
Eu não me sentia bem comigo mesmo, imagina me sentir bem em algum lugar por aí. Uma das piores partes, entrar na sala. Eu queria muito ignorar todos aqueles olhares e simplesmente sair correndo dali, mas pensando bem, não valeria muito apena.
Quanto mais rápido eu queria chegar a minha carteira parecia intensamente demorado, era como se todos me vissem mas ao mesmo tempo eu nunca estivesse ali.Eu estava no 3°ano, ela no 2°ano do ensino médio, eu mal a via pelos corredores. Eu era invisível para muitos mas, o principal alvo de bullying de idiotas.
"Eu estou pensando em acabar com tudo." Era o meu pensamento mais real até ali, eu estava muito mal na escola, estava prestes a terminar o ano e eu passei cada segundo dos meus dias trancado em meu quarto, ninguém sabia de nada, afinal eu sou um belo ator da minha própria vida.Era música para os meus ouvidos, o sinal tocando, porém, uma das piores partes, eu saia correndo antes que viessem me incomodar, nem sempre eu conseguia fugir desses babacas. Eu estava cansado demais e não tinha como piorar, nada mais me atingia, eu estava imóvel bem ali, enquanto me xingavam e me agrediam.
"Eu estou pensando em acabar com tudo".
Mas eu fui para casa, eu tinha de ir. Parecia uma eternidade, caminhando de cabeça baixa, olhando para o nada mas pensando em tudo, em tudo que eu pensava em por um fim bem ali.Eu abro a porta, dou de cara com o meu eu só, nunca há ninguém aqui, meus pais ocupados demais em trabalhos, eu sendo filho único, talvez eu só quisesse os seus olhos diante aos meus mas, a verdade é que, não são capazes de olharem para si mesmo, quanto mais para alguém ao seu lado. Não estão vivendo a muito tempo e não sabem, estão sobrevivendo para o trabalho, e olha só quem está falando em viver.
Eu entro em direção a cozinha, pego algo pronto para um lanche, subo as escadas, eu largo a mochila no chão como se tirasse um peso de minhas costas, me jogo na cama e ponho uma música triste a qual me faz companhia o resto do dia, todos os dias. Mas, eu não queria aquela rotina, por mais nenhum dia existente. Não sou eu, é a minha mente.
O meu pensamento estava longe demais, eu estava fora de mim, já era noite, chuva com trovões, eu estava certo. "Eu estou pensando em acabar com tudo."Eu corri até um prédio abandonado, ele tinha a melhor vista da cidade, subi as escadas até o topo e me joguei, sem pensar.
Eu consegui segurar a sua mão, sentir cada curva de seu corpo, a coloquei em cima do meu peito amortecendo toda a sua queda.
Caruliny o nome dela. Ela é o meu lugar incrível, ainda consigo senti-la mesmo sem poder toca-la, consigo ver o seu sorriso mesmo sem estar. Eu não sabia para onde estava indo aquela noite mas, eu cheguei até ali, quando eu a vi na beira do prédio com tanta coragem, aquele sorriso nunca foi real, mas só eu a via. Eu a salvei de sua própria mente, pondo um fim no que eu mais queria.
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O meu incrível?
Любовные романыDois adolescentes se encontram inesperadamente mergulhados nos mesmos pensamentos, prontos para acabar com tudo, tudo que os torturavam. Jhon Kosher, um garoto diferentão, vítima de bullying, consumido pela depressão. O seu incrível? Caruliny o nome...