Proteja-me!

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~É UM INCÊNDIO, UM INCÊNDIO!

A enfermeira entrou desesperada fazendo eu e Chanyeol quase cairmos da cadeira de susto! Como assim um incêndio?? Ele levantou apressado e começou a correr com a enfermeira para fora da sala pra ver esse tal incêndio e claro, eu fui atrás.

Quando saí da sala e fui para uma certa distância dela, acabei percebendo que me perdi no meio do corredor porque afinal, não conhecia aquele hospital... Mas eu não contava que do nada quando atravessava o corredor, alguém apareceu por trás de mim com um pano de cheiro um tanto esquisito e tapar a minha boca. Na hora eu ia gritar e fazer o maior escândalo, mas a pessoa me segurou por trás nos braços e colocou aquele pano no meu nariz, fazendo eu respirar nada além daquele cheiro... ~Shhh! Quietinha, menina! Nada de escândalos, okay? Vamos agora!

Aquele cheiro só podia ser uma droga pra me fazer dormir profundamente, e foi o que aconteceu...

(Horas depois)

Eu acordei lentamente, mas com os pulsos forçados e latejando. Quando dei por mim estava amarrada à uma cadeira com uma corda muito forte da qual eu não consegui me soltar. Meus pés, minhas mãos, minha cintura, estava completamente amarrada sem poder ao menos me mecher direito! Olhei à minha volta e me deparei com uma cabana velha num campo muito calmo do qual parecia isolado do resto do mundo... Comecei a gritar como uma retardada por socorro, mas ninguém me ouvia a não ser um cachorro enorme e sinistro que parecia pronto pra me atacar se eu fizesse besteira.

~Muito bem, Thunder! Vai receber sua recompensa por cuidar bem da prisioneira!

Quando fiz força pra conseguir virar meu pescoço um pouco, vi dois homens altos que riam de mim. O mais novo parecia mais escuro que o outro e usava roupas mais ousadas em estilo, ria da situação com uma arma na mão. O mais velho era bem mais branco e sério, parecia ser superior ao outro e suas roupas eram mais sóbrias, pretas como as do outro, mas este não usava armas e sim luvas pretas muito estranhas. Ele veio até mim e se agachou para ver meu rosto. Ele parecia ser bonito e atraente demais para um criminoso. ~E como está a menina aqui, hein? Dormiu bem, bela adormecida? (Passou de leve uma faca em meu rosto)

~Claro que ela deve ter dormido, hyung! Deve ter conseguido forças o suficiente para fazer o que a gente quer... (Sua voz era estranha)

~O que?? Eu não estou pronta pra nada, ouviram? Me tirem daqui agora se não eu vou gritar mais alto e todos vão ouvir!!

~Nem adianta, princesinha! Não há ninguém aqui nesse lado da cidade, estamos sozinhos! A única coisa que existe aqui por milagre é sinal de telefone... (Ele começou a rir de um jeito que me fez sentir tão insegura e sem proteção que comecei a chorar) Calma, criancinha! Não precisa chorar por coisas que você deve fazer, que são sua obrigação!

~O que vocês querem fazer comigo? Por favor, não se aproveitem de mim, por tudo de sagrado que existe pra vocês!

(O mais velho perdeu seu sorriso e teve um olhar vingativo) ~Claro que sim! Mas não queremos você para satisfazer desejos sem causa, não, precisamos de você para outra coisa, para vingar o que era de mais sagrado nesse mundo pra mim!

O mais velho se levantou e começou a andar pra lá e pra cá um pouco pensativo. Pegou uma faca muito maior que a outra e um celular. ~Pronto, menina! Agora você vai me dizer o telefone do Sehun, o seu marido, ou melhor, daquele infeliz filho de uma mãe! Kai! Pegue o telefone agora e disque o telefone que a nossa princesa vai dizer... (Aquele que se chamava Kai apontou a arma pra mim pegando o mesmo)

~Diga o número, princesa!

~E se eu não quiser? (Bati o pé tentando me livrar da cadeira) Vocês não vão fazer nada com o Sehun, não vão preocupar a pessoa que eu mais amo nessa vida! (Por um momento não entendi essa minha frase. O mais velho colocou a faca no meu rosto)

~Ah, vai dizer! Por bem ou por mal! Não vai querer que ele morra de susto por ver sua esposa morta, além de suas filhas sofrerem pela mãe! (Isso doeu no meu coração imenso)

~Ok, eu vou dizer... 94683...8587...

~Boa menina! Agora ligue, Kai! Rápido antes que você mesmo esqueça!

O mais novo ligou para o número que disse e logo ouvi no viva-voz a doce voz preocupada de Sehun dizer alô. Kai começou a falar toda a situação para ele e depois me fez falar com Sehun para confirmá-lo que aquilo não se passava da mais pura verdade e não um trote. ~Sehunnie, não faça o que eles querem, por favor! Eu vou ficar bem, não se preocupe! Cuide das meninas pra mim, por favor! Não dê o dinheiro pra eles eu imploro!

Logo o mais velho se irritou comigo e me deu um tapa muito forte no rosto pra me fazer parar de lamentar. Ele pegou o telefone e eu pude ouvir a preocupação extrema e a raiva de Sehun pela situação. Ele fechou os trâmites e logo desligou o telefone, deixando Sehun completamente assustado e furioso. Então os dois taparam a minha boca com um pano e foram fazer os acertos para encontrar Sehun na hora e local marcado para me devolver e pegar um dinheirinho com isso, mas eu sabia que eles não iriam fazer só isso...

Fiquei tão triste e comecei a chorar e a pedir pra Deus me ajudar naquele momento horrível... ~Meu Deus, o que vou fazer? Fui sequestrada, não tenho como fugir desse cárcere e ainda estou sendo premeditada pra morrer! O que eu faço? Preciso de ajuda, por favor!

Então do nada se ouve uma explosão do lado de fora. Os dois saem correndo para ver o que era e eu fico sozinha. Derrepente vejo alguém, certamente um anjo para me salvar! A pessoa veio por trás de mim e com a faca cortou todas as minhas amarras e me pegou no colo, me jogando sobre seus ombros. ~Vem, rápido antes que os cretinos voltem! Lunna, segure nos meus ombros, temos que correr!

Eu não fiz mais nada, só obedeci aquele anjinho! Não consegui ver seu rosto à tempo porque foi rápida a nossa fuga pela janela da cabana... Mas, como ele sabia meu nome e o que estava fazendo naquele lugar deserto? Logo eu encontrei mais na frente uma menina muito fofa que nos esperava. Nós três então começamos uma fuga, mas logo vimos os bandidos nos verem do outro lado e a correr atrás de nós. Corremos tanto pra fugir da morte que aquilo pareceu uma maratona, eles de carro e nós à pé. O anjinho poderia estar sentindo dor nas costas por me levar nos ombros, pensei, mas aquilo o deixava cada vez mais rápido e o carro dos bandidos não nos alcançava...

Derrepente ficamos sem saída de frente a um barranco e eles se aproximavam! Então o anjo me colocou no chão e me abraçou. ~Confie em mim, Lunna! Eu vou te proteger! Me abraça!

Logo eu apertei o anjinho com força e a menina nos empurrou pro barranco, logo indo junto de nós rolando naquele precipício. Os bandidos não conseguiram nos alcançar a tempo por sorte e certamente depois de termos caído lá eles pensarão que morremos... Mas, o anjo, ele não se feriu quando caímos no final do barranco, ele se manteve firme o tempo inteiro e quando eu estava caída e completamente dolorida, ele sorriu pra mim, fechou minha boca para eu não gritar de dor. ~Finja que morreu, rápido! Assim eles não poderão vir aqui!

Eu fiz o que ele pediu e 10 minutos depois não se ouvia nada além dos pássaros a cantar e a nossa respiração lenta... ~D.O, já podemos levantar?

Continua...

Don't Wanna ForgetOnde histórias criam vida. Descubra agora