o sol estava se pondo no horizonte e alguns raios de luz ainda iluminavam o quarto, graças a cortina mal fechada. com certo esforço, abro os olhos, me deparando com a cena mais linda que já tinha visto. harry dormindo como um bebê ao meu lado, seu cabelo bagunçado e uma expressão tão angelical que faz qualquer um se apaixonar. como eu estou, talvez?
me levantei com o maior cuidado para não acorda-lo, e caminhei até o banheiro, parando na frente do espelho. encarei a imagem refletida por alguns segundos até perceber que styles tinha acordado e estava encostado na porta com um sorriso sonolento.
– oi raio de sol – ele bocejou em resposta. aquilo me fez rir. coçou os olhos e me olhou novamente.
– aceita jantar comigo, louis tomlinson? – harry dispara
– claro, gatinho sonolento – digo, passando por ele e dando um beijo em sua bochecha. o vejo arrumar seu cabelo com a mão enquanto eu caminhava até o closet para procurar algo para vestir. sim, eu já tinha roupas minhas em seu closet e dormia no quarto dele quando estava em sua casa.
eu estava terminando de me arrumar quando o vi sair do banheiro, pronto. e deus! como ele tava lindo. era como se os planetas certos tivessem se alinhado, as estrelas estivessem o iluminando como se fosse o centro do universo. toda aquela graça, aquele corpo, o rosto angelical, me faziam querer ama-lo mais e mais... amar?
por um momento, eu esqueci de que estava na terra e senti aquelas borboletas no estômago. quando me dei conta, apressei para terminar de ajeitar o cabelo.
– pronto?
– sim
– então vamos – e harry estendeu sua mão para mim. assenti e a peguei, entrelaçando nossos dedos. a soltei somente quando entremos no carro, mas ele, vez ou outra, colocava a mão em minha coxa e fazia carinho.
estacionamos em um restaurante bem fino. as luzes do local davam um ar sofisticado e uma ambientação tranquila. a atendente nos guiou até nossa mesa, que ficava perto da janela no 2° andar. era possível ver a cidade, que parecia distante, com vários pontinhos brilhantes.
nos sentamos um de frente para o outro. eu coloquei minha mão em cima da mesa, que logo foi entrelaçada pelas mãos de harry. e nossos olhares se encontraram. por um momento, jurei que seus olhos tinham brilhado.
após os pedidos serem feitos, peguei o celular para ver que horas eram. 18:50. o fato de escurecer cedo, fazia com que a movimentação aumentasse.
– lou? – o de olhos verdes chamou, tirando-me dos meus devaneios.
– eu – ofereci um sorriso, para que entendesse que tinha minha total atenção.
– eu queria te dizer algo. quero que ouça primeiro antes de falar algo, tá bem? – apenas assenti
– eu não sabia como começar a dizer isso. sinceramente, pareço perder todas as palavras quando se trata de você. – ele riu consigo mesmo – você é a pessoa que eu percebi que vale a pena lutar. por quem eu quero correr o risco de ter um coração partido ou a felicidade pro resto da vida. você é essa pessoa, lou. eu me apaixonei pelo seu jeito, pelos seus detalhes, pelo fato de você amar sem esperar nada em troca e fazer de tudo pra ver quem você ama feliz. e eu sou muito feliz. ao seu lado, eu sou eu mesmo. não o cantor famoso. apenas harry, o garoto de holmes chapel. – ele sorriu, e uma lágrima teimosa insistiu em cair dos meus olhos – eu sou apenas um garoto parado diante de outro garoto, pedindo a ele que o ame. então, louis william tomlinson, você aceita namorar comigo?
foi aí que a ficha caiu. as lágrimas começaram a cair e eu abri um sorriso, olhando pra ele como se ele fosse um deus. e talvez fosse.
– sim.
